Sou seu Quase Amor Odeio meio Termos
Me mantenha informado,quero estar ao seu lado,não me deixe afastado pois estou apaixonado.
E Sempre me sinto culpado
Sabedoria da velhice
Seu Juventino era meu vizinho de apartamento. Era, porque faleceu. Sua única filha, solteira por opção, trabalhava fora o dia todo, e sua esposa, dona Norma, é quem ficava com a obrigação de cuidar do homem que no passado fora um empertigado militar, mas que devido a um câncer no cérebro deitou-se um dia e não conseguiu mais levantar. Quando dona Norma saía para o mercado vinha a minha porta e pedia: ‘pode olhar o Juventino um pouco?’ Era uma mulher admirável essa senhora. Em cima de seus setenta anos era mais forte que qualquer um. Em corpo e espírito.
Quando eu chegava para ‘olhar’ o doente, sentava a seu lado e ele, ainda muito lúcido apesar das dores, desfiava a falar e falar, quase um monólogo. Eu o deixava ir em seus devaneios de doente que não tem muito com quem conversar.
Uma das coisas que Seu Juventino gostava de repetir era, que os velhos como ele, a cada dia deteriora algo. Toda manhã percebia alguma coisa deixando de funcionar direito. É claro que um pouco pela doença. Mas a maior parte pela velhice e inanição. ‘E o pior é que as pessoas acostumam com isso’, ele dizia. Um dia um zumbido no ouvido, outro uma dor no joelho, e às vezes até surdez. Vão perdendo a audição devagarzinho, e quando dão por si estão surdos e nem sabem como foi. A cegueira também. ‘Já vi muito velho cego e surdo e nem sabe que é’ ele falava quase sussurrando. Eu ria muito com suas conversas, mas tenho que admitir ser a pura verdade. Velho não gosta de ser velho. Mulher então! Nem pensar! Depois que faz quarenta esquece-se de fazer aniversário pelo resto da vida. Pelo menos a maioria delas.
Agora, verdade seja dita, não acontece só com os velhos não. A pessoa entra na cozinha para fazer alguma coisa e esquece. Aí lembra que tem de fazer algo na sala, só que quando chega lá não lembra mais o que tinha que fazer. Coloca o celular no bolso e sai pela casa à procura do tal que não sabe onde o deixou. Passa a procurar a chave do carro e acha o celular no bolso, mas aí não sabe mais onde está a chave do carro. Velhice? Coisa nenhuma! Todos se esquecem um pouquinho das coisas.
Seu Juventino gostava de lembrar-se de seu tempo no Exército. Tempo bom era aquele! Corrida por três horas a fio pelas ruas comandando um pelotão de rapazes fortes e saudáveis. Subindo e descendo morros. Pulando obstáculos e caindo no rio para travessia a nado. E ele não cansava. Os jovens sim.
Nunca falava sobre sua doença. Não gostava. Afinal, fora ela, a doença traiçoeira que o deixara fora da vida por quase dez anos. Dez anos de sofrimento.
Quando ele morreu fiz um pequeno poema em sua homenagem. Dona Norma mandou inscrever na lousa de seu túmulo. ‘Ele vai ficar feliz’, disse-me ela. Assim espero. Porque lá eu disse o quanto era importante ser velho e sábio como ele fora. E que amigos não se escolhe pela saúde, cor ou religião, mas pelo conteúdo da alma.
E velhos não são os que têm muita idade. Velhos são os que não acumulam sabedoria. Em qualquer idade.
Sorria pois por mais que você não mude o seu mundo, com certeza você mudará ao menos o dia de alguém.
Nunca deixe de seguir a sua lua, pra ficar contando estrelas pois quando perceber seu foguete já pode ter saído.
Influência
O sol, mesmo com toda seu resplandecer, não consegue afastar da lua o seu poder.
A mar pode até ofuscar com toda aquela imponência,
Mas não consegue afastar da lua sua influência.
E ainda que existissem dois sóis,
Sempre seguiremos quem está mais perto de nós.
o segredo está em parar de querer que a vida te ofereça algo, e começar você a oferecer o seu melhor a ela...
Deus sempre estará ao seu lado, porém com mais
assiduidade nos teus piores momentos.
Portanto quando frente á suas maiores angustias,
regozije-se, pois, sua proteção sempre estará reforçada.
(teorilang)
—Eu confesso que admiro esse seu jeito de aconselhar os outros tendo uma vida caótica e triste. Isso não é ruim para você?—Mas se é bom para os outros e já estou destruída, o que custa salvar algumas almas, né?
—Lua Kalt.
Você será sempre seu, as pessoas não. Quer se sentir insuficiente? Sinta que você deu sorrisos insuficientes todos os dias e busque sorrir mais. Quer ficar correndo atrás de alguém? Então, por que não substitui a pessoa que você tanto quer que saiba a sua existência, por si mesmo? Mostre para si que você existe, e está vivo para viver em prol de si, e não sobrevivendo em busca do afeto de outrem.
Enxergo em seu corpo vários traços da evolução, eles se encontram e formam o mais belo desenho de superação. As tensões que correm em seu interior, já não são causadas pelos mesmos motivos. A euforia lhe invade, a felicidade adentra a sua alma, e a força, faz morada em você.
— Lua Kalt (deliberar).
Puxa a minha cintura e me tira de órbita só me trazendo para perto do seu corpo, deixe-me viajar na nave que é a sua cama. Faça com que eu arrepie todo o meu corpo e feche os olhos para contemplar o paraíso das nuvens que você me levou.
Lua Kalt (deliberar).
