Sou porque tu Es Pablo Neruda
SPECTRUM
Já não me reconheço,
Porém, sei bem o que sou,
O que vejo, o que tornou
-se meu Eu: tão avesso!
Volto sempre ao começo
De uma estrada sem fim,
Que se perde dentro de mim...
Aonde vou!? Sempre esqueço.
Amém, Senhor. Grato sou por iluminar o meu dia que parecia em trevas. Você mostra, Pai, que cada vez que me acho certo, estou enganado. Você não diz que estou errado — mostra que está mais certo. És incrível, Senhor. Foi ousada, sim — mas me prosto diante de Ti, ó Pai. Essa ousadia vem da alegria que puseste em meu ser. Até me emociono. Tu és o validador da minha vida, ó Pai.
Sou Capoeira da Tribo de Judá.
Sou Capoeira sou,
Sou Capoeira.
Sou Capoeira da Tribo de Judá.
De Salvador eu vir, para brincar,
Sou Capoeira; da Tribo de Judá.
Seja bem vindo irmão de coração,
Por gentileza, aperte a minha,
Vamos saudar o mestre do berimbau,
Vamos fazer uma rodada genial.
Aqui estou irmão para brincar, Sou capoeira da Tribo de Judá.
Já fui furacão,
Já fui tornardo,
Já fui tempestade,
Já fui ventania,
Agora sou chuvisco,
Mas, ainda molho....
Gero a escassez, coloco a necessidade, dou as migalhas, por fim, sou caridoso, democrático e ótimo gestor.
Eu, sou...
Uma vida
Que renasce a cada
Dia.
Diante
Da luz que beija à alma
O espirito e sobretudo
O coração.
Não sou de outro planeta.
Sou apenas de um mundo onde a verdade não se mascara,
e onde as perguntas valem mais do que as respostas prontas.
Eu hoje sou um ser humano em processo de evolução, compreender as minhas falhas e erros, corrigir com dignidade e maturidade me faz um homem mais abençoado, hoje estou encontrando caminhos para ser a cada dia uma ser humano melhor. Tenho muito a aprender, mas aprendi a usar o tempo ao meu favor, e por onde eu passar vou sempre deixar o melhor de mim.
ENGRENAGEM
Sou o que resta quando tudo se consome,
O nome que ninguém lembra, mas que assina.
Sou o tempo que não tem dono nem fome,
A máquina que gira, mas não caminha.
Me moldam conforme a demanda do dia,
Me usam até que eu perca o sentido.
Sou função, não sou alma, nem poesia,
Sou silêncio num sistema ruído.
Não há prêmio no esforço contínuo,
Nem descanso no suor que se espalha.
Só há ordem, tarefa e domínio,
E um corpo que nunca se falha.
Mas sigo, porque parar é morrer,
E viver é apenas obedecer.
Jerónimo Cesarina
CICLO
Sou a engrenagem que gira, sem rumo,
O passo que ecoa no chão sem memória.
Faço o que devo, e o que devo é tudo,
Mas tudo é nada na boca da história.
Sou útil até que me tornem obsoleto,
Sou bom até que chegue alguém melhor.
Sou peça num jogo que nunca é completo,
E sigo, quebrado, sem grito, sem cor.
Não há glória no suor que escorre,
Nem medalha no tempo que se vai.
Só há o dever que nunca morre,
E a rotina que nunca me trai.
Trabalho, porque o mundo exige.
Respiro, porque ainda não caí.
Mas sei que o fim não tem vestígio,
E que tudo, no fim, se desfaz em si.
Jerónimo Cesarina
Cada perda foi lição que adotei, ensinar-me tornou-se tarefa de respeito, sou aluno e mestre do mesmo tempo.
Quando a sorte faltou, inventei processo, o processo substitui a sorte com hábito, hoje sou fruto dessa construção.
Sou um observador, e é óbvio que percebo as pessoas que vivem de aparências.
Procuro compreender o motivo pelo qual alguém cria uma realidade irreal — algo que chamo de pleonasmopsicótico (adjetivo criado por mim) —, pois o indivíduo passa a viver na ilusão de que seu modo de ser ou de viver trará benefícios reais para si.
E, nesse engano, acredita que todos ao redor são incapazes de perceber que aquela performance é falsa — uma simples ilusão que sustenta o próprio vazio.
Entranhas da Estranha
Eu quero ser o intenso que sou
Experimentar no plural o singula
Sem me limitar a espinho ou flor
Quero ser chegada, partida
E ainda assim ser lar
