Sou porque tu Es Pablo Neruda
Quando te encontrei
Tu eras uma semente pequena
Mas tão linda!
Para ti, escolhi o lugar
Mais fértil do meu coração
E te plantei ali.
Te reguei por meses e meses.
Então começou a brotar
E cresceu a árvore mais linda
Que eu já havia visto.
Essa árvore era o nosso amor.
E você foi capaz de cortar
A árvore grande e bonita
Que cresceu no meu peito.
Afinal, ela havia crescido
Apenas no meu peito,
Porque no seu coração
Era impossível nascer
Qualquer coisa.
"Deus maravilhoso em sua infinita sabedoria, conecta e reconecta as pessoas no tempo certo, tudo pela construção de um mundo melhor"
só não esquece que as tuas cicatrizes
dizem mais sobre você
do que a roupa que tu usa.
só não esquece
que o teu jeito intenso de amar
diz mais sobre ti
do que aqueles que partiram.
só não esquece
em nenhum segundo
que você é um universo inteiro
e quem te deixou
era só um cometa,
perdido na tua imensidão.
ARREPENDIMENTO
Sei que tu não me amas
Isso é fato consumado
Pois o tempo que você me amava
Já pertence ao passado
Antes você me amava
Eu não lhe dava valor
E agora só me resta
Curtir pra sempre essa dor
Hoje sou eu que te amo
E você por mim só tem amizade
Do tempo que eu não lhe queria
Só me restou a saudade
Edvaldo José / Mensagens & Poesias
Compaixão da Virgem na morte do filho
Por que ao profundo sono, alma, tu te abandonas,
e em pesado dormir, tão fundo assim ressonas?
Não te move a aflição dessa mãe toda em pranto,
que a morte tão cruel do filho chora tanto?
O seio que de dor amargado esmorece,
ao ver, ali presente, as chagas que padece?
Onde a vista pousar, tudo o que é de Jesus,
ocorre ao teu olhar vertendo sangue a flux.
Olha como, prostrado ante a face do Pai,
todo o sangue em suor do corpo se lhe esvai.
Olha como a ladrão essas bárbaras hordas
pisam-no e lhe retêm o colo e mãos com cordas.
Olha, perante Anás, como duro soldado
o esbofeteia mau, com punho bem cerrado.
Vê como, ante Caifás, em humildes meneios,
agüenta opróbrios mil, punhos, escarros feios.
Não afasta seu rosto ao que o bate, e se abeira
do que duro lhe arranca a barba e cabeleira.
Olha com que azorrague o carrasco sombrio
retalha do Senhor a meiga carne a frio.
Olha como lhe rasga a cerviz rijo espinho,
e o sangue puro risca a face toda arminho.
Pois não vês que seu corpo, incivilmente leso,
mal susterá ao ombro o desumano peso?
Vê como a dextra má finca em lenho de escravo
as inocentes mãos com aguçado cravo.
Olha como na cruz finca a mão do algoz cego
os inocentes pés com aguçado prego.
Ei-lo, rasgado jaz nesse tronco inimigo,
e c'o sangue a escorrer paga teu furto antigo!
Vê como larga chaga abre o peito, e deságua
misturado com sangue um rio todo d'água.
Se o não sabes, a mãe dolorosa reclama
para si quanto vês sofrer ao filho que ama.
Pois quanto ele aguentou em seu corpo desfeito,
tanto suporta a mãe no compassivo peito.
Ergue-te pois e, atrás da muralha ferina
cheio de compaixão, procura a mãe divina.
Deixaram-te uma e outro em sinais bem marcada
a passagem: assim, tornou-se clara a estrada.
Ele aos rastros tingiu com seu sangue tais sendas,
ela o solo regou com lágrimas tremendas.
Procura a boa mãe, e a seu pranto sossega,
se acaso ainda aflita às lágrimas se entrega.
Mas se essa imensa dor tal consolo invalida,
porque a morte matou a vida à sua vida,
ao menos chorarás todo o teu latrocínio,
que foi toda a razão do horrível assassínio.
Mas onde te arrastou, mãe, borrasca tão forte?
que terra te acolheu a prantear tal morte?
Ouvirá teu gemido e lamento a colina,
em que de ossos mortais a terra podre mina?
Sofres acaso tu junto à planta do odor,
em que pendeu Jesus, em que pendeu o amor?
Eis-te aí lacrimosa a curtir pena inteira,
pagando o mau prazer de nossa mãe primeira!
Sob a planta vedada, ela fez-se corruta:
colheu boba e loquaz, com mão audaz a fruta.
Mas a fruta preciosa, em teu seio nascida,
à própria boa mãe dá para sempre a vida,
e a seus filhos de amor que morreram na rega
do primeiro veneno, a ti os ergue e entrega.
Mas findou tua vida, essa doce vivência
do amante coração: caiu-te a resistência!
O inimigo arrastou a essa cruz tão amarga
quem dos seios, em ti, pendeu qual doce carga.
Sucumbiu teu Jesus transpassado de chagas,
ele, o fulgor, a glória, a luz em que divagas.
Quantas chagas sofreu, doutras tantas te dóis:
era uma só e a mesma a vida de vós dois!
Pois se teu coração o conserva, e jamais
deixou de se hospedar dentro de teus umbrais,
para ferido assim crua morte o tragar,
com lança foi mister teu coração rasgar.
Rompeu-te o coração seu terrível flagelo,
e o espinho ensangüentou teu coração tão belo.
Conjurou contra ti, com seus cravos sangrentos,
quanto arrastou na cruz o filho, de tormentos.
Mas, inda vives tu, morto Deus, tua vida?
e não foste arrastada em morte parecida?
E como é que, ao morrer, não roubou teus sentidos,
se sempre uma alma só reteve os dois unidos?
Não puderas, confesso, agüentar mal tamanho,
se não te sustentasse amor assim estranho;
se não te erguesse o filho em seu válido busto,
deixando-te mais dor ao coração robusto.
Vives ainda, ó mãe, p'ra sofrer mais canseira:
já te envolve no mar uma onda derradeira.
Esconde, mãe, o rosto e o olhar no regaço:
eis que a lança a vibrar voa no leve espaço.
Rasga o sagrado peito a teu filho já morto,
fincando-se a tremer no coração absorto.
Faltava a tanta dor esta síntese finda,
faltava ao teu penar tal complemento ainda!
Faltava ao teu suplício esta última chaga!
tão grave dor e pena achou ainda vaga!
Com o filho na cruz tu querias bem mais:
que pregassem teus pés, teus punhos virginais.
Ele tomou p'ra si todo o cravo e madeiro
e deu-te a rija lança ao coração inteiro.
Podes mãe, descansar; já tens quanto querias:
Varam-te o coração todas as agonias.
Este golpe encontrou o seu corpo desfeito:
só tu colhes o golpe em compassivo peito.
Chaga santa, eis te abriu, mais que o ferro da lança,
o amor de nosso amor, que amou sem temperança!
Ó rio, que confluis das nascentes do Edém,
todo se embebe o chão das águas que retém!
Ó caminho real, áurea porta da altura!
Torre de fortaleza, abrigo da alma pura!
Ó rosa a trescalar santo odor que embriaga!
Jóia com que no céu o pobre um trono paga!
Doce ninho no qual pombas põem seus ovinhos
e casta rola nutre os tenros filhotinhos!
Ó chaga que és rubi de ornamento e esplendor,
cravas os peitos bons de divinal amor!
Ó ferida a ferir corações de imprevisto,
abres estrada larga ao coração de Cristo!
Prova do estranho amor, que nos força à unidade!
Porto a que se recolhe a barca em tempestade!
Refugiam-se a ti os que o mau pisa e afronta:
mas tu a todo o mal és medicina pronta!
Quem se verga em tristeza, em consolo se alarga:
por ti, depõe do peito a dura sobrecarga!
Por ti, o pecador, firme em sua esperança,
sem temor, chega ao lar da bem-aventurança!
Ó morada de paz! sempre viva cisterna
da torrente que jorra até a vida eterna!
Esta ferida, ó mãe, só se abriu em teu peito:
quem a sofre és tu só, só tu lhe tens direito.
Que nesse peito aberto eu me possa meter,
possa no coração de meu Senhor viver!
Por aí entrarei ao amor descoberto,
terei aí descanso, aí meu pouso certo!
No sangue que jorrou lavarei meus delitos,
e manchas delirei em seus caudais benditos!
Se neste teto e lar decorrer minha sorte,
me será doce a vida, e será doce a morte!
Hoje eu só quero agradecer. Obrigada Senhor, pelas bênçãos que Tu tens derramado na minha vida e na vida de todos aqueles que eu amo.Obrigada pela Tua presença constante em cada momento da minha existência. Obrigada por me fazer entender que teus planos são sempre os melhores para mim, e que se alguma vez as coisas não acontecem como eu quero, é porque não é daquilo que eu preciso. Amém!
Tu pode até andar no caminho dos outros, até o fim, mas poucos serão os que andarão no seu até o fim. A maioria quer, mas não dá. Se continuar assim é como preferes, continua, pois continuará a ser como poucos.
Nada é mais lindo que a natureza, mas seguimos orgulhosos de sermos criados à imagem Daquele que tudo criou, como se mais importantes fossemos que tudo o mais, devendo ser na verdade uma parte deste tudo.
Você que faz a pessoa se sentir um lixo, espera que daqui a pouco tu vai gostar de alguém que vai te tratar da mesma forma.
Há pessoas que te ganham com sorrisos, outras com olhar...há também as que te perdem por falta de tudo isso.
Tu arranca de mim o meu melhor sorriso, me faz criança. Me lambuza, me derrete..Me faz brincar de ser feliz !
Lá vem tu na madrugada me trazendo lembranças...na mochila um bocado de momentos não vividos...trás o cheiro da saudade.
Amo teus olhos castanhos, verdes, azuis...Mudam de cor. Amo tua voz disfarçada, calada...Ah, essa tua boca que cala, que grita o quero ouvir ! Ouço teus gemidos, vejo teus arrepios, prazer...Teus desejos contidos, escondidos, disfarces !
26/11/2018
Quando me olhas
meus olhos são chaves,
o muro tem segredos,
meu temor palavras, poemas.
Só tu fazes de minha memória
uma viajante fascinada,
um fogo incessante
Sintonia de almas
Tu encaixou perfeitamente no meu coração.
Que penso que não tem formato de gente, mas de girassol.
Toda vez que me olho por dentro, meu sorriso se abre.
É o girassol, buscando o brilho do sol para trazer a paz de um dia de coragem.
Essa é a sua simplicidade;
Quando me olha me ganha.
Quando me solta me prende.
Me faz voltar a idade divina.
Em que viver é sonhar.
E que amar, é dar mais linha ao laço.
Nessa infinita vastidão de tempo.
Vivo por te amar.
Por te amar eu vivo.
Viver é deixar o coração livre
Para florescer noutro coração,
o ano inteiro.
Poema autoria #Andrea_Domingues
Todos os direitos autorais reservados 27/06/2020 às 18:30
Inspirado na música de #JaneiroaJaneiro #RobertaCampos & #NandoReis
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