Sou Pessoas de Riso Facil e Choro Tambem
Ora, meu filho, o desespero é o resultado de uma visão errada da vida. Pare e pense. Erga a cabeça, que ela não foi feita apenas para ficar cheia de miolos, não. Pense, organize os seus pensamentos. Reorganize a sua vida e continue andando. Mesmo devagarzinho, ande. Não se permita ficar parado. Deus abençoa, mas é preciso ter coragem para a maior experiência do mundo - que é viver. Sempre há uma solução. Não existe dor, sofrimento ou mal que não tragam o seu ensinamento; não há problema que não tenha a resposta certa da vida.
Se uma águia fende os ares e arrebata
esse que é forma pura e que é suspiro
de terrenas delícias combinadas;
e se essa forma pura, degradando-se,
mais perfeita se eleva, pois atinge
a tortura do embate, no arremate
de uma exaustão suavíssima, tributo
com que se paga o vôo mais cortante;
se, por amor de uma ave, ei-la recusa
o pasto natural aberto aos homens,
e pela via hermética e defesa
vai demandando o cândido alimento
que a alma faminta implora até o extremo;
se esses raptos terríveis se repetem
já nos campos e já pelas noturnas
portas de pérola dúbia das boates;
e se há no beijo estéril um soluço
esquivo e refolhado, cinza em núpcias,
e tudo é triste sob o céu flamante
(que o pecado cristão, ora jungido
ao mistério pagão, mais o alanceia),
baixemos nossos olhos ao desígnio
da natureza ambígua e reticente:
ela tece, dobrando-lhe o amargor,
outra forma de amar no acerbo amor.
Coitado! que em um tempo choro e rio
Coitado! que em um tempo choro e rio;
Espero e temo, quero e aborreço;
Juntamente me alegro e entristeço;
Du~a cousa confio e desconfio.
Voo sem asas; estou cego e guio;
E no que valho mais menos mereço.
Calo e dou vozes, falo e emudeço,
Nada me contradiz, e eu aporfio.
Queria, se ser pudesse, o impossível;
Queria poder mudar-me e estar quedo;
Usar de liberdade e estar cativo;
Queria que visto fosse e invisível;
Queira desenredar-me e mais me enredo:
Tais os extremos em que triste vivo!
Choro as dores e humilhações do meu Senhor. O que mais me faz chorar é que os homens, por quem Ele sofreu tanto, vivem esquecidos dele.
Eu sempre falei: Por homem eu não choro!E muito menos por amor! (...)
... E tantas foram às vezes que eu chorei por eles.
O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto de neve fria, e em mim converte em choro um doce canto. E afora este mudar-se a cada dia, outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soia.
Já não fujo...
Ainda temo, mas não choro...
Simplesmente procuro viver...
Pela primeira vez tenho noção da vida e não me contenho...
Tornei-me aquilo que sempre quis ser...
Escondo através de lembranças, momentos, onde apenas eu poderei matá-lo ou o fazer renascer...
No entanto conheço-me e sei que jamais vou desistir do que neste momento me vejo construir...
A vida muda.
Não sei o que aconteceu, mas eu não choro mais. Ou melhor, não choro mais como eu já chorei. Posso falar algo, lembrar-me de algo, de alguma das tantas decepções que tive e chorar, mas as lágrimas caem e logo páram, a tristeza não dói mais como já doeu.
Não sei se eu fiquei mais forte ou se, simplesmente, não sinto mais como eu já senti, não lamento mais o que já lamentei e nem minha tristeza é tão triste como já foi.
Aos poucos vamos tendo a certeza de que não vale a pena derrubar uma lágrima por nada que tenhamos deixado para trás. A maturidade nos revoluciona a mente e nos deixa realmente lucidos, com o passar dos dias a vida nos mostra quem é quem, quem merece nossa consideração e quem não merece nada, absolutamente nada que venha de nós.
Aos poucos temos a certeza de que aqueles que realmente nos importam jamais serão por nós abandonados e, principalmente, jamais vão nos fazer chorar ou nos decepcionar a ponto de nos entristescer.
As decepções nos ensinam, a vida nos ensina, os acontecimentos tristes ou não nos ensinam e nos revelam um mundo novo, um mundo real onde o que já passou deixa de ser importante, onde o que esta por vir passa a ser, realmente, interessante.
Podemos ter algumas lágrimas ainda para chorar, mas temos muitas metas e muitas novidades para desvelarmos. Algumas coisas na verdade, deixam de ter importância a ponto de em segundos recompormos nossa face e seguirmos adiante sem pensar no que outrora nos causava grande tristeza e do que já nos magoou demais. A vida muda e isso é o que realmente faz sentido no mundo.
Ando chorando a noite, ate sessar a dor que sinto pela a sua ausencia, choro tanto que nao percebo quando o sono me abraça, me embalando pro mundo dos sonhos dando assim um sossego para o meu coração aflito, e fazendo sumir mesmo que momentaniamente o aperto da dor da saudade e no fim de um amor que nunca esteve ao meu alcance
Choro e perco o sono
Num desespero afônico
Abandono-me às horas, sentindo o calor de uma ferida acesa.
Em mim, o precipício entre sim e não faz-me sentir desejos interinos.
Perco o tino, desafino sem clareza; sem espaço.
Num compasso, desafino e divago sobre meus desejos mais censurados.
O poeta, disse, outrora: ''Viver é melhor que sonhar''.
Mas o que seriam os sonhos senão uma coleção em desvãos daquilo que não tenho coragem de viver?
Ciclo de terror
Sofro, por me ver agora;
Choro, com o gosto amargo da derrota;
Minha mente oferece cenas repetitivas e impiedosas, sem pedir permissão;
Grito com meu coração, por ser tão teimoso;
Me debato na cama com a dor da saudade;
Abraço o cansaço, que neste momento é o único remédio que tenho para dormir por alguns minutos, evitando todo este ciclo.
"Aprenda a expressar ao invés de impressionar. Expressar evoca uma atitude de 'eu também', enquanto impressionar evoca uma atitude de 'e daí?'"
Vai namorar comigo sim,
Vai por mim igual nós dois não tem.
Se reclamar cê vai casar também, com comunhão de bens.
Seu o coração é meu, e o meu é seu também.
Vai namorar comigo sim!
Aligia-se e irritava-se assim com essas perguntas experimentando também um certo prazer. Aliás, essas perguntas não eram de maneira nenhuma novas, nem repentinas, eram já velhas, dolorosas, antigas. Havia já algum tempo que vinham ferindo-lhe e corroendo-lhe o coração. Muito; havia já muito tempo que se enraizara e crescera nele toda essa tristeza atual; nos últimos tempos se acumularam e reconcentraram, assumindo a forma de uma horrível, bárbara e fantástica interrogação que lhe torturava o coração e a alma, reclamando uma resposta urgente. (...)Era evidente que agora não se tratava de ficar triste, de sofrer passivamente, fazendo apenas apreciações acerca da insolubilidade daqueles problemas, mas de fazer impreterivelmente qualquer coisa, imediatamente, o mais depressa possível. Fosse o que fosse, era preciso tomar uma decisão ou...
"Ou renunciar completamente à vida!", exclamou de repente com raiva. "Aceitar o destino docilmente, tal como é, de uma vez para sempre, e abafar tudo no seu íntimo, renunciando a todo o direito à ação, a viver e a amar!
"Compreende, meu senhor, o senhor compreende o que quer dizer isso de não ter para onde ir?", de repente veio-lhe à memória a pergunta que Marmieládov lhe dirigira na noite anterior. "Porque todo homem precisa de ter algum lugar aonde ir!"
