Sou Pessoas de Riso Facil e Choro Tambem

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CACTOS FERIDOS


Arrancaram-se os cactos
onde era o nosso ninho.
E cortaram-se os espinhos!
Perdi meu diamante nas brumas
de uma noite triste!

Desfolharam a flor estranha,
a mais bela do jardim!

Talvez o tempo! O tempo!

E, nossa casa tão sonhada,
ao som de tristes ventos,
em horas caladas se desmoronou...

Não seremos o que sonhamos:
“Pobrezinhos, de mãos dadas
a andar pelos caminhos...”
Bastavam-nos nossos cactos
onde fizemos um ninho!

Talvez o tempo... O tempo!
Roubaram nossa morada
e a arremessaram aos ventos!
Talvez o tempo... O tempo!

Inserida por joanaoviedo

VEM!


Toca minha alma com os teus lábios ...
e com os dedos perfura-me a epiderme,
e ultrapassa, fantasmagoricamente, a derme!
Se não podes tocá-la nem com os olhos...
Posso sentir os espinheiros, esses abrolhos.
Sou a felina dos outeiros, que dança na selva
e nos picadeiros, onde tudo se faz verdade.
Até a ilusão da eterna felicidade.

Vem! Toma meu corpo junto ao seu...
Olha na janela já se faz breu!
Por entre os montes os pingos regam
a relva que nosso corpo um dia acolheu.
Vem! Que o tempo passa... E se passa,
não há como esticar o braço para, com sofreguidão,
segurar, em desespero, o meu abraço.

Vem alma minha, pois minha alma perde-se a calma,
enquanto aninha-se em outros ninhos...
Lembro-me o doce perfume, em agonia
das longas noites sem seus carinhos.
-Vem, toma meu corpo junto ao seu!

Inserida por joanaoviedo

TAÇAS QUEBRADAS


Na quimera daquelas taças levantadas aos ventos,
firmamos um eterno compromisso de trilhar
em linha reta a mesma estrada, até o infinito!

Amei-te tanto, e viajei às estrelas, até se dar conta
e sorver meu próprio pranto!
Compreendi que ao amor não se propõe um brinde
em taças que se despedaçam ao toque de qualquer vento...
E que ainda os ouço ao chegar da noite, os açoites
dos falsos juramentos.

Nada mais desejo além da brisa no meu rosto,
feito remédio a suplantar tanto desgosto!

Por que te quebrastes, oh, taças, levantadas ao vento?!
Por que morreste, oh, sonhos de meu tormento?

Inserida por joanaoviedo

CANÇÃO DO AMADO


Era madrugada e ela dormia languidamente
sobre o lençol de cetim.
Sonhou que havia alguém batendo à porta querendo entrar, havia barulhos de mãos na maçaneta.
(Oh, quem seria àquela hora?!)
Era o amado que a chamava para um passeio no jardim,
e lhe trouxera cestas de figos, flores e perfumes...
Mas ela estava cansada!
A luminosidade do lençol de cetim a convidava, dizendo:
- Não abra! É muito tarde!
Eis que o amado saiu com frio e o corpo molhado d’orvalho, às ruas cobertas de folhagens e pétalas que a chuva fizera cair...
Ao longe ainda ouviam-se os passos cansados do amado
e um perfume de flor ficara na maçaneta.
Sentiu saudades! Era dele o perfume.
Saiu correndo descalça e com roupas de dormir.
Havia homens maus nas ruas que a açoitara.
Ela dizia: - Estou atrás do meu amado...
Acaso não o vistes? Ainda há pouco quis estar comigo!
Deixem-me ir!
Mas os homens responderam com escárnio:
- Você não tem amado algum!
Se tivesse, o perfume dele estaria em seu corpo,
porém, agora estará em nossas mãos, será prisioneira
até que seu amado venha buscá-la! Pode dormir!
Agora não mais sobre o lençol de cetim,
mas na calçada suja, molhada.
Corpo ferido, sonhando com o amado e com as flores
que lhe deixara.

(Reeleitura do Cap. 03 de Cantares de Salomão em forma de poesia.)

Inserida por joanaoviedo

DUAS FACES DA POESIA


Ontem vi a poesia. E era vestida de chita fina,
enfeitada com colares. Ia por caminhos de flores,
onde se viam os amores encantados,
jovens enamorados, vestidos, alguns de linhos...

E tinha risos no rosto a poesia.
De mãos dadas por entre os pátios,
entre os parques da cidade, até nas pontes se viam!
E era a poesia tão jovem, pele de pêssego rosado,
cheirando a jasmineiro em flor...
Seu nome era amor.

Hoje pelo mesmo caminho, ia novamente a poesia,
tão linda, mas desencantada! Seu rosto triste
e com lágrimas, faltavam-lhe flores nas mãos
e também pelos caminhos.

Usava um vestido surrado, não era mais um brocado,
nem lhe compunham babados! Colares? Quebraram todos.
Até as pérolas morreram ao virem a poesia tão triste!
Faces já enrugadas... O corpo meio curvado!
E ia a poesia de hoje, que era a poesia de ontem.
Não mais na mesma euforia.

Ser jovem! Oh, quem lhe dera!
Naquele viver tão triste, acabara a primavera!

Inserida por joanaoviedo

OS OLHOS DE MINHA MÃE


Eram duas pérolas cravadas em um triste rosto.
Havia algo marcado, a beleza e o desgosto.

De dentro da água salgado, saltou-se a ostra
à maresia, e suas partes separadas, banhou-se
no sêmen d’areia molhada.

E seu ventre carregou-se de encanto ou desencanto,
a cada vez que amanhecia, por tantos e tantos dias,
ouvindo a noite gemer para cobrir seu sofrer.

Aflito o grito da alma, de uma alma sem calma...
E aqueles olhos? Nunca lhes vira tão de perto!
Nem sabia dos desertos que seu mundo oferecia,
mas em seu rosto, desenhadas, duas pérolas, sim, havia!

Inserida por joanaoviedo

POEIRA E PÓ


A vida é só pó
Poeira!
Po... eira!
Sem eira
Pó...
Só!
Só pó!

Inserida por joanaoviedo

A GRANDE PÉROLA



Todo coração guarda um segredo
qual pérola dentro da concha...
Um amor proibido e um amor
fracassado: Concha vazia!

O mar é a vida que vai.
Vai levando conchas vazias...
Ondas vêm trazendo, talvez, à praia,
a grande pérola.

Mas, o que seria viver sem essa eterna busca,
e por entre tantas conchas fazer o sonho
valer a pena?

Inserida por joanaoviedo

"O acúmulo dos anos o convenceu de que, depois de muito andar, há sempre uma graça reservada aos retornos. Não pensou muito. Seguiu o movimento do desejo. A primeira foi encontrada. Uma estrada interior. Só é possível retornar ao lugar de partida depois de tê-lo reencontrado nos albergues de si mesmo. A saudade é o bilhete que antecede a estrada. Depois que o desejo de retorno está aceso, o destino de voltar requer iniciativa menor. Um transporte que nos faça sair, e já estamos nos preparativos da chegada. E assim se deu com ele."

Inserida por JereBarbosa

As vezes penso que as respostas virão. As vezes, não. Olha ao longe e o que vejo é o espelho do tempo, convicções implorando por adoção. O mundo mais raso me desagrada. E preciso buscar os recantos onde ainda existe profundidade que favoreça o mergulho. Eu não me adapto às estruturas da superfície. Seria o mesmo que ser mortal além da conta. Mas sou mortal. Não quero ser, mas sou.

Inserida por JereBarbosa

Existem acontecimentos que não combinam com as palavras. Foram feitos para o silêncio, porque não podem ser tocados na sua inteireza. Qualquer descrição seria uma forma de empobrecimento.

Inserida por JereBarbosa

A experiência normativa do processo: depois da tristeza, a alegria. Não a manifestação eufórica, irreal, mas a serena alegria, aquela que, antes de ser externada, nós construímos no silêncio do coração.

Inserida por JereBarbosa

Organizar o luto talvez seja isso: recolher o que da vida restou. E como é belo recolher o amor e suas respectivas saudades. É uma forma de afirmar que a vida não foi em vão. Não foi uma experiência que passou pelos vãos dos dedos, mas registrou-se nas cordas do coração.

Inserida por JereBarbosa

Minha história

Sabe a vida ela é estranha demais, de pequena pensava que minha vida era monótona e faltava algo, pensava que vivia em uma gaiola pequena e de madeira ruim, não tinha muitos planos mas queria uma vida muito melhor e dourada como a filha do vizinho, doce engano, assim o tempo foi passando, um dia, alisando minhas penas jovens e brilhantes, como milagre vi a porta da gaiola entre aberta então saí, voei tão rápido e sem rumo, bati minhas asas tão forte que podia ouvir o vento zumbir ao encontrar minhas penas, outro doce engano, voei e voei meio que sem rumo e quando já estava cansada e dolorida demais por não ter onde pousar e já sentindo medo, encontrei um pássaro um pouco maior, ( todas nós um dia encontramos ), de penas negras e brilhantes mas meus olhos ofuscados pelo sol só percebia a magestade naquele pássaro brilhante então o segui, voei onde voou, pousei onde pousou, vivi antecipadamente anos aos quais deveria viver, pulei etapas e quando percebi estava perdida de asas caídas e penas quebradas pousada sozinha no tronco da velha árvore que nasceu quando nasci, cresceu enquanto eu fugi, envelheceu enquanto eu corri e morreu cumprindo sua jornada enquanto eu me perdi, ali estava eu no local exato onde tudo começou, como já disse a vida é estranha demais, naquele momento pude ver que eu não precisava sair tão cedo só precisava progredir, crescer como pessoa e conhecer e entender minha história, fazer dela a minha vida dourada, hoje sei que já passou, sou feliz onde e com quem estou, sou realizada sou amada e muito abençoada, más poderia ganhado tempo e trocado menos penas das asas voando por ventos mais brandos e pousando em galhos mais sólidos, tive sorte de encontrar e pousar na grande árvore que vivo agora onde pousei e pude descansar minhas asas, onde pude plantar minhas memórias e ter sensação de brisa ao invés de tempestade.
Autoria de paulaaraujobc. ( Ana Paula de Araújo)

Inserida por AnaPauladeAraujo

Nenhum homem deve esquivar-se de suas responsabilidades perante o outro.

Inserida por moisesjdecarvalho

Reconhecer que errou é virtude rara, coisa dificil de empreender. Mas quem alcança essa graça, tem melhores dias em seu viver.

Inserida por Claudiokoda

Palavras, versos ou canção, quem não tem a sua favorita, bem guardada no seu coração?

Inserida por Claudiokoda

Surgimos no mundo, e aos poucos estabelecemos nosso marco existencial. crescemos, multiplicamos, e nos tornamos para muitos pessoa especial. Vidas que vem e que vai, alegria e tristeza também. Não há quem esteja imune, das dores que com o tempo nos vêm. Entre risos e prantos, seguimos na lida do viver, e a cada instante que passa, certeza nós temos que vamos fenecer.

Inserida por Claudiokoda

Há ser humano!
Porque fizeste isso?!
Porque complicaste o simples!?
Se nada é tão belo, como a beleza da pureza e simplicidade!!!
Há ser humano!!!
Porque ?!!

Inserida por JocileneAlvesdeBrito

724 pensamentos, para muitos podem nada significar, mas para mim são evidencias de momentos, que à eternidade quero levar.
Não sou gênio das letras, nem as domino também, mas gosto de flertar com as palavras, pois que me fazem tão bem.

Inserida por Claudiokoda