Sou o Brilho dos seus Olhos ao me Olhar
Sou completamente, extremamente, exageradamente, fascinada, encantada e apaixonada pela minha mente.
Desempregado e quase amado,
Não sou Batista e nem João.
Estou no tédio e procuro um pedaço de pão,
Para o ronco do meu estômago,
Pego alguns grãos de café e coloco na máquina.
Bebendo as mágoas,
Comendo as ideias.
E prevendo o enredo do senhor colmeia.
A mente é louca,
O mel poderia adoçar a minha alma,
Mas o amor,
Bem, ele simplesmente revolucionária os meus atos,
Vereia o mundo com outros olhos,
No momento estou vendado como BIRD BOX,
Indo pelo extinto,
E pela força do sentimento.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Quando peço desculpas me aproximo do perdão,
me percebo quem sou crescendo em Deus,
neste amplo campo de libertação.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Não consigo amar ainda.
Sou trevas quase densa, mas um ponto de luz em mim rumina e chora; fecho os olhos e nada vejo, prisioneiro sem alimento, sem perceber que a vida é doação e movimento, vivo a dor que se eterniza no agora.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Leio que sou filho de Deus e luz do mundo,
mas raramente sinto em mim a leveza desta benfazeja condição.
Sou o que penso, sou o que não reflito,
sou ainda o que não deixo passar pela peneira, retido, sem Deus e preguiçoso na oração.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Os doutores da Lei do Templo de Jerusalém estão aqui.
Sou eu, sem caridade; julgando o outro sem entender e sem querer sentir;
o que de um modo ou de outro,
nas Leis de nosso Pai é convite a falir.
Não sou do tipo que gosta de comparar igreja com hospital, por uma simples razão; em ambos pode haver morte quando há negligência no cuidado.
PANTERA NEGRA
Nela tudo me encanta:
Seu caminhar sedutor, sou sua mata.
Seu sussurro feroz é como ouvir Milton Nascimento...
Seu olhar de caçadora (caçadora de mim), que não espanta a caça: só dá o bote certo.
Sua cor preta tão reluzente, que distingue em meio as tigresas.
Sua boca: que preza! Me deixa comido (mas ainda sinto fome)
Tem um bom faro,
Que me encontrou.
Eu inverti a Cadeia Alimentar:
Fui caçar a Pantera Negra.
Até o eu-lírico do Milton,
Que só falta falar a língua dos anjos, tentou resumir:
"Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim"
Eu moro dentro de mim, não sou só luz e nem trevas, mas tenho a capacidade de entender o que sinto, sou e a responsabilidade de fazer o meu melhor.
Nem boa, nem ruim
Sou o reflexo daquilo que me fazem.