Sou Besta com a Falsidade de uns
Lembranças
Sou sensível às minhas lembranças
do mesmo modo como sou sensível
às belezas e misérias da vida
Lembranças!
Jubilosas e dolentes lembranças
Lembranças de momentos
cuja brevidade assemelha-se à
efemeridade dos amores adolescentes
Lembranças de lugares
de rostos, de olhares
de sorrisos e de afagos
Lembranças de ausências
de perdas, de perigos
de fome e de dor
Lembranças!
São tudo o que vai nos restar
Sou devota do Tempo, ele, sim, é real, tem sabedoria e poderes. Quem nele confia não teme o seu caminhar. Quem nele viaja tem a alma liberta.
Não quero uma vida, aqui no azul debaixo, pautada no eterno, uma vez que sou ciente de que não sou eterna na vida. Quero muitas e longas experiências provisórias, porque são elas que me preparam para a vida que ainda tenho que viver antes da vida no azul de cima.
Notas secretas sobre mim.
Sou uma companheira completa, inclusive, além dos defeitos, tenho qualidades.
Não sou do tempo da comunicação compacta, de sentir de forma compacta, de me doar de forma compacta, muito menos amar de forma compacta. Sou do tempo em que viver era ter amplitude no ser, expandir as emoções e estreitar as trocas
Sou discreta demais para ser imprevisível sob a ótica de quem observa. Sou espontânea demais para me deixar revelar popularmente. Sou transparente demais para agradar.
Tudo me inspira a escrever inclusive os meus próprios defeitos. Sou uma observadora nata do meu ser e uma observadora, ousada, do ser humano.
Sou da antiga e não curto relacionamento familiar e afetivo através das redes sociais, penso que soa muito virtual, quando não soa emocional demais para ser real.
Sou mulher, mas não coloco a minha mão no fogo nem por mulher. Mulheres também já provaram que são incompetentes, desumanas, frias, arbitrárias, interesseiras, maquiavélicas, mentirosas, irresponsáveis, acomodadas, espertas, bandidas e todos os mais medíocres adjetivos que muitos acreditavam serem uma especialidade masculina. Se o gênero definisse caráter não existiriam pais abandonando filhos na gravidez de suas mulheres, nem mulheres jogando filhos no lixo após o parto. Pensem nisso antes de darem seus votos para candidatos a cargos políticos sob o efeito do marketing da campanha eleitoral, especialmente quando a conotação apelativa gira em torno de uma característica que não corresponde, quando refletida friamente, a realidade humana.
Cada vez que eu me dou conta que sou uma cidadã brasileira me cai a ficha que no meu registro de nascimento o estado formalizou a minha condição de idiota a qual foi renovada no dia que tirei a minha carteira de identidade e reiterada com o título de eleitor.
Não sou insensível, não deixo de reconhecer o lado bom, este sempre visível, do ser humano, só não ignoro que ele possui um lado do avesso, este sempre oculto.
Sou um jardim a florescer em uma tarde de quarta-feira, o céu está azul e o vento está fazendo com que os meus galhos se movam de um lado para o outro, até que ouço você dizer “meu jardim particular”, fiquei feliz.
"Do Amor ao Desprezo"
Que se dane o amor, grito em alto e bom som, não sou feito de dor, não sou feito de dom. Promessas vazias, estrelas sem brilho, tudo o que vi foi um mundo de engulho.
Teu olhar era doce, mas cheio de mentira, fui só teu refém, sem rota, sem mira. O que era fogo, virou cinza e amargo, hoje te odeio, e isso é um claro embargo.
Te odeio sem medo, sem volta, sem dó, como se o amor fosse uma ilusão, um pó. Prefiro o silêncio, o vazio do abismo, do que sentir teu toque, frio, sem ritmo.
Se isso é amor, que seja a despedida, onde não há espaço pra mais uma ferida.
Se exite uma coisa que eu não me preocupo é com números.
Ainda sou amante do velho ditado prefiro uma boa qualidade.
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