Sorriso sem Graca

Desapegar do hábito de mentir é a maior demonstração de respeito pelo universo, de crescimento interior, de contribuição com a qualificação da sociedade e de colaboração com a lapidação da espécie humana.

Quando, nas relações, há paz integral e a harmonia é irretocável, desconfie. Alguém está abrindo mão, por alguma conveniência, da sua paz interior e da felicidade individual para promover, exclusivamente, a paz e a felicidade do outro. Está se sabotando. Está pavimentado a estrada do rompimento definitivo. Nem paz total, nem guerra constante...diálogo é a indicação, sempre.

Pontinhos reluzentes a noite no céu são mais que estrelas, são vidas cristalinas envoltas de encanto que ajudam a compor o mistério do infinito, além de dar movimento ao Tempo, no universo

Em geral, quando estamos passando pelos nossos desertos, raríssimas vezes encontramos quem queira compartilhar com a gente a caminhada árdua, quase nunca nos enxergam, sequer percebem o quão esse nosso momento de viajante solitário nos fragiliza, o quão nos faria bem uma singela sombra. Beleza, faz parte do nosso crescimento caminhar só, porque nos fortalece muito, especialmente, na independência e na habilidade de nos proteger dos efeitos das indiferenças. Porém, quando o viajante do deserto é o outro não falta quem nos cobre ser o seu oásis em tempo integral. Ah, e o sol que castiga durante a caminhada deles é sempre mais quente e a sua sede mais irresistente.

Com dinheiro, a gente até comprar amor, amigos.- todos estilo: "Made in Paraguai" , mas é possível comprar até porque, mais do que nunca, a sociedade e os seus valores estão cada vez mais confortáveis na relação com tudo que não é original, porém não compramos credibilidade, esta é , somente, conquistada através da coerência entre as nossas palavras e as nossas ações, o que acaba nos tornando seletivos quanto a qualidade das nossas parcerias.

Toda história de cunho pessoal, onde há outros personagens envolvidos,a qual tomamos conhecimento através do seu protagonista tem, no mínimo, duas versões e o tempo sempre nos apresenta a versão oculta. A versão não contada pelo seu narrador.

Prefira a companhia das borboletas, desde que você não seja um urso, porque vai ser muito difícil para elas fazê-lo voar, mesmo que este voo seja pela alma, por uma questão não só da sua natureza de urso, mas, especialmente, porque o seu tempo de hibernação é longo demais e os sonhos não se permitem existirem que não seja enquanto estivermos acordados. As borboletas não se permitem ser casulos por muito tempo.

As pessoas estão cada vez mais com menos tempo, graças a otimização do tempo nos App's de mensagens que faz com que o tempo seja perdido com futilidade, e o tempo que sobra não dá tempo pra nada

Liberdade não é só se libertar das prisões, mas, especialmente, ter o poder de decidir não voltar nunca mais para elas.

É claro que o sol nem sempre vai brilhar ao amanhecer, mas sabemos que ele existe, que é fonte de luz, de energia e de brilho e que nos oferece o seu melhor em grande parte da nossa existência, então, nos dias nublados, como uma demonstração de gratidão, sejamos solidários e façamos, nós mesmos, o nosso dia brilhar como forma de reconhecimento pela dedicação daquele que eventualmente não pode estar presente, mas que, independentemente do tempo que permanece ausente, jamais muda a sua intenção para conosco e para com o planeta, que é transformar tudo numa vida brilhante.

Enquanto ainda existir como opção para o ser humano de se prestar à serviços sexuais como condição para se promover na sua qualificação intelectual não será possível considerar que a sociedade está avançando no conceito de relacionamentos. No fundo, o que acontece é mais do mesmo de todos os tempos, porém repaginado, assim como na comunicação abreviada e através de emojis. Na pré-história já era assim que funcionava, via sinais.

Poucas pessoas nasceram com dom para administrar a sua liberdade, por esta razão uma parcela enorme dos humanos são capturados pelas prisões sociais, materiais, familiares, sexuais, profissionais e afetivas. Em todos os segmentos há cárcere, e alguns de nós sobrevivem confortavelmente em todos, ou na maioria deles.
As borboletas são exemplo para poucos, uma vez que emocionalmente pode ser conveniente permanecer nas cavernas do próprio interior, levando em conta que, quanto indivíduos latentes, nos assemelhamos mais às características de um urso.

A adaptação aos novos recursos, dos novos tempos, para estabelecermos a relação social se faz necessária, porém é dispensável a bestialização na troca e no conteúdo.

Mudar a forma natural de se expressar e romantizar as palavras é um recurso para nos preservamos frente às verdades que, eventualmente, somos obrigados a dizer na íntegra, porém alguns ouvintes se fazem de desentendidos achando que somos idiotas e invertem o sentido do que queremos dizer apesar do óbvio permear a interpretação.

O adestramento do sentimento e do intelecto humano feito pelos poderosos de instituições que obtinham o controle das massas nos milênios passados continua promovendo consequências catastróficas na vida psíquica do bicho homem, e o prejuízo causado por este domínio bem sucedido, está evidente quando observamos o seu comportamento, através da tecnologia, tendo como foco as suas relações com os seus iguais.
Cérebro e coração num chip ilustrará bem o objetivo dos primórdios comandantes de súditos.

Não há mistério. O que um autor(a) de pensamentos tem como objetivo, em geral, é promover o pensar do outro sobre os seus próprios pensamentos, e lembrar, sempre, que o pensar é livre e não precisa ser padrão. Pense, mesmo que seja para chegar a conclusão que tens uma cabeça oca, o que significa ter muito espaço para infinitos e variados conteúdos.

As relações são como um quebra-cabeças, porém elas não devem, nunca, terem todas as suas peças encaixadas, porque um quebra-cabeças montado torna-se um desafio vencido. Perde a graça, ou desencanta. Se queres manter-se numa relação não faça questão de conhecer todas as peças do quebra-cabeças que te une a alguém. Ah, e viva o durante, pois o início e o fim são os que menos merecem atenção. O início é ilusão, o fim é frustração, em geral, e o meio é aprendizado. Mas, ainda assim, dá para ter um pouco de prazer durante o jogo.

Não existe recomeço para o coração se não estiver, efetivamente, estabelecido o fim na mente, que é onde a história se prolonga, apesar do término.

Pegar o mundo pelos braços e caminhar com ele pela vida é uma aventura que alguns entendem ser o meio perfeito para construir a sua história, porém não percebem que, com peso, os passos ficam mais lentos e a estrada mais longa.

O amor tem as suas nuances para atender os objetivos de cada coração, mas há o amor que apenas ama e cuida, e dispensa explicação.