Sorriso sem Graca
Quando uma pessoa precisa mostrar que é feliz na vida pessoal, em geral, ela já perdeu o senso do ridículo.
Com o passar do tempo a gente constata o quanto é árdua e enganosa a estrada que temos que percorrer entre "conhecer uma pessoa" e "conhecer esta pessoa".
Assim como na vida virtual, na vida real; quem interage com infinitas pessoas simultaneamente não dá atenção de qualidade para nenhuma delas.
Todos temos que, pessoalmente, trilhar a estrada da vida previamente traçada, ninguém será capaz de dar um passo por nós. Infelizmente também é fato que ninguém tem o poder de impedir que cada um, na sua estrada, enfrente os percalços do trajeto nem que se deleite com as belas paisagens, muito menos que não faça uso dos atalho se assim for a vontade do andarilho.
Sob o título de "trabalho" há muita gente ganhando dinheiro lesando o próximo e depois reza para agradecer o ganho sem qualquer peso na consciência.
O silêncio da alma de um coração que desistiu de se expressar é um barulho ensurdecedor, porque fala aos berros.
Se o nosso primeiro amor, que tanto fez bem ao nosso coração, não foi único, nem para sempre, não seria para as nossas tristezas que daríamos este privilégio.
Mais uma semana. Potência máxima na vontade de fazer acontecer.
De onde estiveres, espere o sol se esconder para que, sob o mistério da presença da lua na imensidão do breu que inspira, o infinito das estrelas possa dimensionar as vezes que te desejei o bem e te dediquei amor durante o percurso transcendente do Tempo universal.
O hoje é um detalhe, contudo não é um detalhe não estares mais aqui.
A composição básica e natural doTempo é a utilidade, mas o ser humano, com a sua peculiar inteligência, tratou de acrescentar o desperdício.
Quando permitimos que o Tempo passe devastando as futilidades que permeiam os nossos valores a realidade ganha espaço no cenário do que, verdadeiramente, é essencial, para a nossa vida, e a moldura deste cenário é a libertação da dependência de relações e comportamentos superficiais tidos como os grandes vetores da nossa estabilidade e satisfação interior .
Somos conduzidos a crer no invisível, no impossível e no inexistente, mas vivemos questionando a realidade, o óbvio e o visível.
Nos aproximamos do mistério e fugimos da verdade a tal ponto que dispensamos a reflexão e nos dispersamos da coerência existente entre estes opostos.
Quanta realidade produtiva deixamos de incorporar à nossa vida quando investimos arrojadamente nas sedutoras fantasias e mentiras ineficazes que apesar de serem úteis emocionalmente, porque preenchem vazios interiores, são extremamente prejudiciais ao nosso desenvolvimento intelectual, bem como, em algum momento, pesarão nas nossas consciências. Mas se tudo é aprendizado, perder tempo também é lição.
A harmonia na sociedade e nas relações depende, exclusivamente, da hipocrisia diária de cada indivíduo.
