Sorriso
Não chamo alegria o que provoca o riso; mas, um certo encanto, um ar agradável que se pode dar as espécies de assuntos, mesmo os mais sérios.
Quanto riso, ó quanta alegria...??
Carnaval, festa de sonhos e fantasias, sonhos que vão com os foliões e fantasias que estão na cabeça e no corpo, enfeitando o desejo de ser feliz.
No carnaval se encontra a chance de uma conquista á muito buscada e á cada ano em cada carnaval se renovam as esperanças.
No balancê de cada roda, se encontra a alegria e empolgação que unida ao desejo de ser feliz, realiza a satisfação do carnavalesco na avenida.
Como diz a letra da velha canção, "mais de mil palhaços no salão", palhaços do riso, do choro, da alegria exagerada e muitas vezes vítimas de suas próprias palhaçadas.
Não tem como conter a alegria de foliões exaltados, se na avenida estão todos seus sonhos e desejos, sentimento de liberdade, com sabor de amor e amizade.
Carnaval é assim, um pouco de tudo, e tudo muito assimilado á mais emocionante das tradições, se os romances são mais acentuados no carnaval, as desilusões vem no mesmo ritmo; rítimo esse que é difícil ser controlado por pessoas desprovidas de cautela.
Felicidade acima dos níveis de cuidados, sem parâmetros para a alegria, como se no carnaval valesse tudo, se não vale!! folião bom é folião apaixonado.
Na virtude do carnaval se encontram os poetas das passarelas que embalam a festa fazendo seus enredos e lavando o carnaval ao nível das grandes obras.
Quem sabe, é o que deixa a melhor impressão do carnaval, seja no talento de artistas muito bem inspirados pela alegria, ao fazer sua vida dar uma volta sem precedentes.
Ao menos a beleza de mulheres com corpos exuberantes, fazendo da avenida uma passarela com o glamour da beleza feminina, levantando o desejo de todos alí presentes.
Carnaval é isso, é uma bateria com milhares de participantes á sincronizar um rítimo que embala desde os simples brincantes aos mais sérios e elegantes.
Um trabalho de mestres que sem temer o resultado final confia na sua equipe e faz do seu trabalho uma bela resposta aos ouvidos mais afinados.
Dentro da festa não existem somente um rei uma rainha, todos reinam em uma adversidade sem fim, como fazendo um pacto para a felicidade não escapar ao som do tamborim.
Seria então um acumulo de ações em prol da alegria, uma legião de “alegretes” pulando e se divertindo numa felicidade sem fim.
Realmente a felicidade reina nesse lugar, pois o mais problemático dos homens em plena passarela da alegria se vê transformado em senhor da euforia, que domina seus sonhos como uma fantasia real, mesmo sendo a realidade desleal.
Carnaval é isso, meninas ainda criança num sonho de gente grande, senhoras balzaquianas num sonho de adolescente, e assim a alegria toma conta do coração, levando consigo todo uma perspectiva de no final sair feliz, completa e plenamente.
Uma festa que é sinônimo de alegria, sobre tudo o carnaval joga pra longe o entristecer que a rotina do dia-dia os coloca, mas é uma alegria momentânea e sem fundamentos para a vida.
Uma vida que é vivida através da expectativa de outros carnavais, com a felicidade se fazer presente, o amor ser um participante e ter a alegria como amante.
Carnaval é assim, toda grandeza de uma esplêndida apresentação, muito brilho, muita animação, mas na quarta feira, retorna o inferno e a queimar se vê toda a alegria com a chegada da realidade num imenso caldeirão, devolvendo a rotina da vida ao coração.
No brilho do teu riso me perdi,
Tão doce e livre como o vento leve.
Te vi chegar, e desde então senti
Que o mundo em mim já não era tão breve.
Em cada gesto teu mora a doçura,
Em cada olhar, um fogo que me acende.
És paz, és furacão, és ternura,
E tudo em ti me prende e me surpreende.
Se o tempo ousar mudar nossos caminhos,
Prometo ser abrigo em cada fase,
Te guardar com carinho e com jeitinhos,
Mesmo se a vida for mais desenlace.
Pois te amar, minha luz, é meu destino,
Teu nome é verso em mim, doce e divino.
Carta à Minha Doce Humanidade
Linda de riso despretensioso,
E dona do meu coração e das chaves perdidas,
Tua luz é um verso meio torto
Que mesmo assim que és dança na vida.
És "lindona" por ser perfeita,
Porque aceitas até a chuva no piquenique:
Sorri, quando a sopa queima,
Encontras poesia onde ninguém procura. Simplesmente por ser...
Teus olhos guardam histórias não contadas...
Algumas tristes, outras cheias de asa.
E mesmo assim abrem janelas
Para o sol da manhã que te abraça.
Não me dispensas? Nem eu a ti.
Somos dois mapas desenhados à mão:
Às vezes perdemos o caminho,
Mas achamos estrelas no mesmo chão.
Esta paixão não é um conto de fadas,
É terra molhada depois da chuva, rara...
Frágil, real, cheia de raízes,
Onde até as pedras aprendem a amar.
Então segue, minha dona, do abraço apertado, do beijo maravilhoso..
"Linda" que esquece o guarda-chuva no armário,
"Lindona" que conversa com plantas murchas...
Porto seguro de imperfeições ternas...
O que o Dinheiro Não Compra
Não compra o tempo que passou,
nem o riso que se foi com o vento.
Não compra o cheiro do café da vovó,
nem o colo quente de um momento.
Não paga o abraço do papai,
nem o carinho leve da mamãe.
Não compra a paz da inocência,
nem o joelho ralado que já vai.
Ah, que saudade daquele olhar,
onde o mundo ainda era simples, inteiro.
Onde a maior dor era um machucado,
e o maior medo, um trovão passageiro.
O tempo corre, leva tudo embora,
e deixa cicatrizes que nem ouro cura.
A realidade grita, acende, fere,
e o coração aprende, na dura.
O dinheiro compra festas, mas não memórias.
Traz conforto, mas não presença.
Pode enfeitar a ausência,
mas não devolve a essência.
Não compra a risada sincera,
nem o instante que aqueceu o peito.
Não traz de volta aquele momento
em que tudo parecia perfeito.
Então viva. Sinta. Agradeça.
Aproveite o que agora se desenha.
Pois o que realmente importa na vida...
o dinheiro não compra.
**Saudades do Futuro**
Planejei tantas manhãs
— cada gesto, cada riso —,
o jeito que te olharia,
o adeus que seria um início.
Desenhei estradas,
hotéis baratos,
noites sem destino,
e um café frio entre teus dedos.
Mas o trem não passou,
ou passou e eu dormia.
O mapa ficou velho,
a mala empoeirou.
Agora chovo em dias certos,
guardo horários de partidas,
e sinto, estranha saudade
do que nem chegou a ser vida.
Talvez num outro tempo,
numa esquina não prevista,
eu quem sabe encontre
o futuro que ainda exista.
Roberval Pedro Culpi
Vozes da Infância
(Eliza Yaman)
Ouço ao longe o riso que me chama,
De um tempo puro, feito de ternura.
Na alma, ainda arde aquela chama
Que a infância acende em luz pura.
Corria livre, sem saber do mundo,
Com pés descalços e o céu por abrigo.
O tempo era um sonho tão profundo,
E cada dor, curada por um amigo.
Hoje, revivo em versos esse chão,
Onde a saudade planta sua flor.
E cada rima é como uma oração
Para proteger o que restou do amor.
Fardo invisível
A vida, lenta, vai despindo véus,
cada saber arranca uma cortina,
o riso simples se perde,
como a infância que nunca retorna.
Quem aprende a ver o fundo
já não se engana com as cores da superfície.
O ingênuo se alimenta de promessas,
mas o lúcido conhece o gosto amargo da verdade.
Não é que o mundo piore,
ele sempre foi o que é:
feito de enganos, de vaidades,
de silêncios disfarçados em canto.
É o olhar que se afia,
a alma que se abre,
e quanto mais se abre,
mais se fere no espinho da consciência.
Saber é carregar um fardo invisível:
multiplicar dores
na medida exata em que se desfazem
as frágeis ilusões do consolo.
Roberval Pedro Culpi
26/08/2025
A gente se encanta com vitrines…
mas esquece que o que mais preenche
não tem preço.
O riso solto,
o cheiro de café,
um colo que acolhe,
o céu da tarde.
O melhor da vida
não se compra —
se sente.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Ainda lembro dos meus tempos
de infância
Tempo em que o riso
estava sempre contido nas
minhas andanças .
Tudo era motivo de alegria
De festa
De música
De paz
De poesia .
Acho que o paraíso
foi grato comigo .
Me fez viver momentos marcantes
Que hoje lembro com saudades
por nada ser como antes .
Ahh...
Tinha o céu nas mãos
Tinha o sol nos pés
Tinha a alegria nos olhos
E a pureza nos sonhos .
O tempo passou ...eu sei
Mas aquela criança inda mora em mim
E ao lado dela ...
Quero sempre amanhecer e
adormecer !
Gosto de quem tem o riso frouxo, o abraço forte, o aperto de mão firme. De quem olha nos olhos. De quem não se censura e desnuda a própria alma, porque a vida é muito curta pra se reprimir, se limitar, se fechar.
De quem mergulha fundo ou nem pisa no oceano, porque ficar na superficialidade nunca me fascinou.
Teu riso me ganhou ligeiro
Foi de uma hora pra outra
Nem me deu tempo de perceber
Quando eu vi eu já queria teu beijo
Minha mão no teu cabelo
Eu já queria pertencer a você.
Não diga que sou bonita, eu não ligo. Diga que sou inteligente, que meu riso contagia, que te faço sorrir, que ama minha energia. Diga que tenho algo a oferecer.
Fui feita para a paz, para o riso, para o afeto.
Se o intuito for o contrário fujo a passos largos para a luz, para o amor, para a boa fé, para os encontros de almas nobres, zelosas, amorosas.
A vida só vale a pena se a clareza te aceita, se a verdade em ti cabe, se é Deus a sua firmeza, a mão forte que te segura e orienta...
Deixe o amor te enlevar,
teu riso desabrochar.
Em noite de luar
acreditar que sonhos
podem se realizar no
amanhecer que virá.
Deixe o amor te enlevar,
tuas mãos segurar,
tuas tristezas hão de dissipar.
Deixe - se amar,
teu coração junto á outro
transbordar, feito pássaros no ninho
se aconchegar.
Deixe o amor por caminhos te guiar,
amar é um bem que faz somar.
Permita ser par.
Permita outro coração te amar.
Não tenhas medo de se entregar,
deixe o amor te enlevar.
SONETO POÉTICO
Não mais desfruto do prazer de outrora
Do teu olhar, do teu riso, tudo desfeito
Agora em cada prosa uma dor no peito
E, em cada canto a sofrência que chora
Ah! poesia, que da alegria era um feito
De sensação e não uma agrura sonora
Era afeto, agrado, de sedutora aurora
Ó emoção, dá-me um versar com jeito
Pois, o carpindo no soneto é amargo
E tão letargo o poetizar, um embargo
Ao coração, que sonha e quer o teor
Deixai-me com o desprezo e o desdém
Na dita sorte, e no transtorno, porém,
Poético! Sempre hei de crer no amor!...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 agosto, 2022, 19’47” – Araguari, MG
Eu Amo...
Eu amo seu jeito bobo;
Seu riso fácil;
Amo o jeito que me olha e segura a minha mão...
E eu sei que parece muito clichê, mas de verdade eu amo muito amar você !
