Sonetos Pablo Neruda

O ignorante sempre tenta se destacar aumentando seu tom de voz e usando artimanhas torpes e hostis.

O merecimento é a ovação da intelectualidade.

A ansiedade é um defeito que os homens fazem questão de ter.

A joia dos humildes está no prazer do sacrifício e na nobre alegria da submissão.

A ambição é a perdição das almas e a raiz geradora de todos os males.

Todo progresso provém da curiosidade e da dúvida. O homem não é nada sem uma consciência questionadora.

A educação é o apocalipse do homem.

A inspiração é adversária ferrenha da indolência e aliada suprema da força de vontade.

O adultério é uma das condutas mais baixas do ser humano. É uma atitude nojenta e alienada que faz o homem perder sua credibilidade com o próximo e consigo mesmo.

O ódio encurta a vida.

A ideia e a lógica andam juntas por veredas separadas.

O arrependimento conserva as virtudes e maximiza os dons.

Pensar é por a mente na dimensão mais sublime que existe, fazendo a imaginação e o sonho despertar o que de melhor há na complexa consciência humana.

Tradição sem bom senso é ignorância. Bom senso sem autoridade é hipocrisia.

Não há idiotice maior do que repetir os erros do passado. É como se uma pessoa propositalmente trocasse seus formosos e límpidos sonhos por macabros e pútridos pesadelos.

O livre-arbítrio é a comprovação máxima de que Deus é justo, leal, sábio e benevolente com as suas amadas criaturas.

É um bom amigo aquele que repreende e discípula.

Aprender é o maior de todos os prazeres humanos.

Princípios são como sonhos: é necessariamente impreterível torna-los reais no subconsciente mais lídimo do coração.

Algumas pessoas são mimadas por excelência: ninguém pode contrariá-las, instigá-las e questioná-las, sendo suas almas pertencentes a uma bolha imune a qualquer tipo de contrariedade. A estas faltou, dentre outras coisas, a palmada da mãe, o grito violento do pai e a fúria desenfreada do irmão.