Soneto da Saudade
Fios que tecem
Meus cabelos quando crescem
Às vezes, no corte da mudança,
Outras vezes ao vento balança,
Outras, linhas de fios que tecem!
Gosto deles de qualquer jeito
Se assentado no liso perfeito,
Ou ao acaso com friz, eletrizado.
Não gosto deles todo chapado!
Fica com aspecto de lambido
Do tipo de cuspe de boi babado
Prefiro do jeito que ele nasceu!
Afinal o cabelo é todo meu
Se ele te causa desagrado
Vá fazer chapinha no seu!
Ócio criativo
I
Do ócio das vagas horas
Um conceito de aprumo
Concedeu ás memórias
Seguir algum novo rumo!
O apreço logo se fez belo
D'alguma coisa de efeito
Elaborar sem preconceito
Artefatos ou um castelo!
Sei lá desta tua habilidade
Mas, sei dizer de um fazer
Este da minha capacidade,
Não é convencimento o tal,
Fazer do afinco de querer
Deste jeito sem ser metal!
II
É um autodidatismo o ato
Que se descobre na ação,
Ficar só no ver, é papo...
É preciso fazer co'a mão!
É nisso que reside o sentir
O de se colocar no lugar
Daquele que prega o provir,
Que devemos progredir!
Meu convite de aceno real
É para toda alma sem idade
Á descobrir um novo ideal!
Cá dizer aos nossos neurônios,
Que a nossa criatividade
Espanta até, maus agouros!
Deus está sempre contigo
Respire tão profundamente
para que sinta o ar na mente
e em todo o corpo seu,
depois conecte com Deus!
Deixe que o silêncio te invada,
sinta a paz e não pense em nada...
A paz de Deus flui em você,
e a serenidade se manifesta!
O seu coração está tranquilo,
a emoção flui em equilíbrio
teus sofrimentos não mais existem!
Deus te ama e é seu amigo,
a sua serenidade agora é agradecer
pois, Deus está sempre contigo!
Cio da alma
Quantas linguagens existem
Quantas leituras fazem
Quanto o silêncio diz
Quantos poemas já fiz?
Não sei se é preciso contar
Porque o que importa a mim
É a resposta que tenho a dar
Á Deus que destinou meu fim!
Se mil vezes poemas crio,
Sem muito que preocupar
Deve existir alma no cio!
Ou eles descem lá do luar
Pois, não sinto gelido frio
Se na noite mergulho no mar!
Rastro cívico
O que se cria num toque se amplia
No novo a coisa, passa á outra valia
De repente tem ela uma outra função
A coisa é mesmo o criar da interação!
Olha para a coisa feita e depois imita
Não fora assim o ser de um eremita?
Ao encontrar- se no distanciamento,
Os primeiros a fazer do pensamento,
Uma forma de meditação a ser seguido?
Eureca! Quando algo descobria Ludovico
Não servira de ideia no fazer de um penico?
Até mesmo a estrela que foi fazer fuxico
Deixou no caminho um rastro cívico
Que humano desenhar o crucifixo?
Olhar de japa
À este olhar de japa
Nada do intento escapa
Ela vê o fim escondido
No íntimo mais profundo!
Não tente moldar intenção
Com dizeres de reticências
E seus status sem razão
À provocar maledicências!
Meu olhar é sincero e puro
Assim também é meu ato
O mal não gosto e não aturo!
Se minha amizade quer de fato
Não se traia a ser imaturo
Pois, decifro qualquer intento!
Arre! Minha gente
Na nervura branca da ressalva
Surgira a flor mais pura e alva
Entre o verde louro sobressai
Até que a tinta desbota e sai!
Enquanto isso na menuta
Da admoestadora conduta
Os pincéis vão no deslize;
No movimento fazer reprise!
Outra vez a treinar de novo
O letreiro deixo lá no poste
A mercê, por conta do povo!
Já que o campo é faroeste
Há luta até na casca do ovo
Arre! Luta boba, minha gente!
Resgate
As missões fizeram lições e desbravamento
Na história está contada e não se pode negar!
E uma coisa acenta - me trigueiro um espanto:
- Onde se perdeu a história do padre a explorar?
Se tudo tem uma razão, veja só o que vou contar:
- O Padre José de Anchieta e os jesuítas por cá,
Fundaram Itaquaquecetuba, á faciltar, diz Itaquá
Mas, na cidade nunca do padre se ouviu falar!
Que povo sem memória e sem conhecimento!
Por que não há levante, um grande monumento
Alguma coisa que lembre a relevância histórica?
Deixaram a mediocridade fazer a destruição
Mas, ao meu ver tem um jeito e uma salvação:
Alça do historico de tudo faz a cidade turística!
Ousadia
A pintura é uma escrita na tela
Onde contorno minha ousadia
Para passar a hora com alegria
Esquecendo qualquer mazela!
Oxalá, pudesse alguém dizer:
- Para que serve esta pintura?
Queria poder tudo responder,
Contudo, prefiro a compostura!
A resposta de mim, já tenho
Não tenho que provar nada
Neste simples eu que componho!
E assim sendo, é sempre bom
Descobrir - se nesta caminhada,
Talvez em mim, mais um dom!
Perambulando no verso
O que não se inventa, não existe,
Assim a coragem faz a ousadia!
Inventos até de estranha moradia,
N'alguma arquitetura persistente!
Retortos esparsados deste edifício,
Plange o concreto fazer sacrifício!
Á saquear atenção de quem passa,
Ao comum, a estrutura ultrapassa!
Então no ápice do meu argumento
Com o espanto pelo lado de dentro
Na construção versar pensamento,
Que também tem um jeito bêbado!
A minha alma no próprio encontro,
Perambulo no verso sem segredo!
Tom de tese
O tom da cor da folhagem
Desperta-me coisa mística,
O mistério de uma imagem,
Não funesta, mas artística!
Ao pensar no aspecto da cor
O que faz uma pigmentação
No vasto de toda a criação
A luz do dia ou a lua do amor?
Seria minha ingenuidade até
Pensar apenas na fotossíntese
Ou pensar na natureza com fé!
Por certo, os bichos na síntese
Também tem mistério até no pé
E gente também no tom da tese!
Esplendor de Deus
Cladonota inflatus seu nome,
Bicho estranho, meio esquito
Pareceu-me...rubra lhe repito:
O órgão orgulho do homem!
Onde foi reportar-me atenção
Ri de mim nesta descoberta,
Não resisti fazer comparação
Compor poema nesta escrita!
Deste jeito sei da existência
Onde de tudo Deus é criador
Atenho-me mais consciência,
Das existências fenômenicas
Em que tudo é Deus esplendor
Sem fios de ciências eletrônicas!
Brasil querido
Brasil, meu Brasil brasileiro eu canto
Meu hino na inocência de um sonho,
Minha ingênua alegria e esperança,
Trago neste meu jeito de uma criança!
O nosso povo já foi guerreiro e heróico,
Hoje meu lamento num brado retumba
Evoca no peito um sentido adormecido,
Enquanto perco - me nesta penumbra!
Mas, de certo ainda meu amor eterno
À Pátria amanda é imenso e tão vívido,
Posto a cantar no meu coração fraterno!
Flâmulo minha bandeira em sentido,
Mesmo que pareça apenas engano,
Meu país eu amo e o tenho querido!
🌹Quase não Penso em Vc 💭
Durante o dia e a Noite...
Penso em como é bom estar em seus braços meio apertado pra mim não fugir.
Quase não penso em você durante a noite,
Quando não esta em meus pensamentos por onde andais ?
....E além dos meus habituais anseios por ti como poderia retribuir tamanho carinho que sinto de você ..
Ainda bem que existe você para chamar de amor❤
Poesia de um pretinho xonado🤭
Para você minha doce paixão
By
Elienai Candido.
Impossível não se molhar em suas
feminices... não saborear os sóis
de seu corpo, não degustar-lhe as luas....
o vinho de seus duplos arrebóis...
Impossível não descalçar as luvas
e afagar devagar seus caracóis...
e lento-lento saborear-lhe as uvas
com você de sandálias nos lençóis...
Impossível não lhe dizer que tudo
vira uma gargalhada, sobretudo
quando lá não está o seu sorriso...
Impossível dizer que são eternas
as rosas... pois que perco a classe e o siso
se toco a grife e o charme dessas pernas...
O ser dividido,
Aos quinze de Junho,
Chegou cisudo, cindido;
Sem choro e aturdido.
Pois cabia-lhe ser indeciso;
Buscou em coisas díspares: sentido.
Ergueu um mundo nos ares,
Com silêncio, palavras, riso.
Caminhou pela vida,
Entre rimas desenxabidas;
Versos trôpegos, frases mínimas.
O ser dividido,
Alçou seu grito;
Cingiu-se de versos rotos, mancos, cerzidos.
É primavera
É primavera então deixe florir,
que as pétalas abrochem...
para desabrochar e colorir
mudando assim toda paisagem!
Flores são sorrisos da natureza
e a primavera uma gargalhada!
E é nesta felicidade da beleza,
que a vida se vê orvalhada!
Então, que as flores vire canção
e a alegria sempre floresça
não somente numa estação,
mas, no inverno de um coração
porque o frio é apenas uma peça
e a flor um amor a florir na estação!
Câncer de mama
Um câncer se chega é triste
porque destrói as células
e se alastrando persiste
até tomar suas mamas!
O auto exame pode prevenir,
é bem simples e fácil fazer
mas, ao médico você deve ir
para ele te dar o parecer!
Mulheres se cuidem!
Homens também,
uns podem até rirem...
Mas, o câncer não escolhe!
Então, não custa prevenirem
e suas mamas examinem e olhem!
PS. Hoje estou indo trabalhar vestida de rosa. Nossa escola está promovendo o dia D contra o câncer de mama.
A união
Nos percalços que a vida tropeça
Queria eu recolher os obstáculos
Juntar somente os bons cálculos
Fazer matemática à boa sentença!
Contudo, minha ingênua vontade,
Não podereis pintar tudo de flores
Choraria eu os momentos de dores
Mas, posto ao centro pilastra forte,
Intercedestes, sobre mim o Pai eterno
Ensinando-me ver em tudo a gratidão
Pois, á vida pousa o verbo do destino!
Abraço, então, a vida, como uma lição
Porque não nos cabe viver em desatino
Deveis viver na paz, no amor e na união!
Cristais vazios
Sou escultora de silêncio
Onde teço as palavras,
Contemplando as letras
Nas veredas do ócio!
O murmúro de um grito
Rasga o verbo das asas
Infesta o sangue nas veias
Sepulta por dentro feito luto!
Libertas libélulas são células
Nos lábios que sentencio
A voz perco nas fagulhas...
Os olhos são fios de cílios
E na tez, brancas ressalvas
Diposto feito cristais vazios!