Soneto da Mulher Perfeita

Cerca de 60990 frases e pensamentos: Soneto da Mulher Perfeita

Minha esposa linda.

A minha amada é única
Ela tem os cabelos cor de cobre
E o sorriso que brilha mais que prata
Nas primeiras horas do dia
Nos primeiros raios de sol
Quando adentra nosso quarto
E toca seus cabelos
Parece que suas madeixas roubam os raios do sol
E ficam incandescentes
Ela olha para mim e sorri
Em seguida vai lidar com seus potes,
Seus recortes, suas agulhas, que tiram todas as agruras do viver.
Assim a vida fica mais linda.

Inserida por kaleb480

ORVALHO EM GOTA

Cadê o tempo e seus respingos
seus pingos e suas gotas soltas
ventos no tempo pequenino
água molhando a velha roupa.

Promessas de norte ao sul
enigma e rima ao meridiano
balança nuvens sob o céu azul
e com ciclone cisca os planos.


Fazendo nascer as sementes
alegrando por ai os inocentes
com a toca da vida solta...

Faz, botão de jardim florescer
rios de sol ao amanhecer
sob brilho do orvalho em gota.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

Sem rancor do que fui e tenho sido
Sem esperança e sem desesperar
Não sou nem covarde, nem vencido
Mas vontade não tenho de lutar

Muito bem, sei que nunca fui querido
Mas também a ninguém eu soube amar
Que importa ser por todos esquecidos
Se meu própio viver quero olvidar?

E assim pela vida
Indiferentemente vou passando
Sem maldizer minha estranha sorte

Neste mundo, onde em plena mocidade
Cansado de viver
Anseio a morte

Inserida por Eduardo147258369

Primavera de ilusões

Desce o sol sobre o solstício da mãe primavera
Um anjo palhaço voa, à anunciar novos sonhos
Ilusões para empurrar, no mar o barco à vela.
Utopias e devaneios de poetas tristonhos...

Terras do sem fim, ai de mim que as conheço!
Ai do meu poema que viu, e ouviu as verdades...
A dor que ignoraram, as senti e sinto__ Padeço!
Quando a ventania usurpou-me, má, as vontades

E de todas as incertezas desta vida. Sã loucura...
Das solidões que invadem as almas nas madrugadas
A minha é aquela que para a qual não houve cura.

Mas danço ainda o bolero dos que fingem alegria
E fingindo permito que a noite abra suas asas...
E a noite não tem luar. Eu, nem amor ou poesia.

Inserida por elisasallesflor

UM FIO APENAS...

Há um fino fio a segurar o amor de minha vida...
Tão tênue quanto o amanhã _ Anseia e apavora
Nada ampara. Nada jura. É emaranhar de dúvida
E meu Deus, este "talvez" consome e devora!

E apesar desta perplexidade, vive,fiel a si mesmo
Alheio à indiferença constante, má e impiedosa
Num acalento de doçuras, ao vento e a esmo...
Sentimento que sangra ao espinho.Cuida a rosa.

É insubmisso. Acalenta, só, toda a larga devoção
Enquanto voam gaivotas sobre um mar de sonhos
Tortura a alma. Desejos da voz, do toque_ Canção!

E os dias, voam loucos de encontro à cousa alguma
Tempestades de saudades arrastam todos os risos
Um fio de seda à sustentar,só, um mundo de ternura.

Elisa Salles
( Direitos autorais reservados)

Inserida por elisasallesflor

QUISERA, APENAS QUISERA

Quisera ouvir de tua boca a doce promessa
De que jamais me negarás os teus carinhos
Mas sou águas profundas de incertezas...
Eu... Que faço de ti minha casa, meu ninho.

Mas como pedir-lhe tal gentileza maior
De jurar-me teu desvelo eterno em amor?
Se é minha, a sina de amar-te tão imenso
És meu tormento e meu lagar, fel e dulçor.

E fito os teus olhos__ Dói-me o coração
Um véu de alheamento te levas de mim.
Tu, que és meu universo de sóis de açafrão.

Quisera águas fundas dos teus pensamentos
A brisa que te beija lá no cume dos morros...
Mas contenho-me em amar-te em silêncio.

Elisa Salles
( Direitos autorais reservados)

Inserida por elisasallesflor

PRA ALÉM DO CERRADO

Para além do barranco do cerrado
Talvez só a estrada, ou um castelo
Talvez nada além dum olhar singelo
Porém, pouco importa, vou levado

Enquanto vou, aos devaneios velo
E os gestos postos no chão arado
Lavro cada sentimento denodado
Não sei e nem pergunto, só prelo

De que adianta querer qual lado
Se o fado é tão diverso no paralelo
E as curvas reveis no discordado

E para aquilo que não vejo, o belo
Sorriso, a mão do amor, ofertado
Assim, refreio passada com flagelo

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Eu alcancei, me preparei e esperei
Me pareceu que nada seria difícil
Mas na verdade é diferente do que pensei
Os dias passaram na velocidade de um míssil

Foi onde eu nasci, cresci e amadureci
Pessoas que eu amo todas aqui estão
A verdade é que eu nunca quis ter que sair daqui
Mas quando chegou não havia melhor solução

Um dia a gente cresce e pensa que envelheceu
Mas quando olhamos e vemos no que deu
Vimos que na verdade a gente nunca cresceu

Hoje é o dia que de nossa casa vou mudar
Desculpa, mamãe, desculpa, papai, a minha vontade nunca foi ter que lhes deixar
Mas quero que saibam que vou sempre vos amar.

Inserida por jose_vinicius

O Pouco qu'eu outrora tivesse
Deleitado em seus braços, chorava
Lembrando o quão importante era
Contente, mas sozinho estava

Querias simplesmente saber o porque
Dos teus lábios secos, sem mais cor
Sem amor, sem sabor
Sem o brilho que ali reinava

Teu suspiro cansado e sofrido
Refletia o arder da pouca alma que lhe restava
Apenas esperando a hora
Em que as estrelas sussurem seu nome pela última vez

Inserida por ALLION

APENAS POETA

O silêncio cai solitário neste coração amante
São ruídos que aram a alma profundamente
Dos sonhos que terminaram secretamente
Derrubando castelos e até mesmo o instante

Não há remissão e tão pouco dor clemente
Somente o vazio em um rodopiar constante
Soluçaste por estar tão só, e tão arrogante
Sentado à beira do caminho, ali pendente

As quimeras terminaram, não mais sonante
Não há sentinelas, nem armas, só vertente
Da realidade eu não soube ser um vigilante

A sensibilidade alanceou, agora no poente
Sou apenas poeta, na poesia um imigrante
Já amor! Ah, este, meu eterno confidente!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A VOZ DO SILÊNCIO

Os degraus são da dor e do sofrer,
Só os calam as vozes da virtude,
Mas o lodo da vil vicissitude
Faz o tolo, de início, esmorecer.

Quem se prende a esta lama sem saber,
Gasta muita beleza e juventude,
E, depois da total decrepitude,
Se despede da vida sem viver.

O brotar dos sagrados germes n’alma
Do andarilho, na dor e paz, o acalma
Entre os juncos do ser que é sua senda.

Cada vício é o riso de uma hiena,
E a virtude é a voz meiga e serena
De quem forja na queda a própria lenda.

Inserida por cordel_na_rede

AMAR DO VERBO AMOR

Amar do verbo amor, como enunciar?
Amor é complemento ao sentimento
Que acompanha o substantivo alento
Instinto sublimado do ser e do estar

Muito se pode nas flexões dele ligar
Só ter no verbo um desejo sedento
E um coração capaz de ter portento
Onde dele não se tem como olvidar

Não se une amor sem ter o elemento
Amar, é no presente ao se conjugar
Mais que perfeito n'alma, tal alimento

De tudo o amor também é o vigorar
Transitivo direto no encantamento
Que só saberá quem dele enluarar

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Às vezes é por medo de perder,
Que deixamos de encontrar.
E deixamos de viver,
E deixamos de amar.

Às vezes é por medo de saber,
Que deixamos de tentar.
E deixamos esquecer,
E deixamos acabar.

Às vezes não é medo de amar,
É medo de ser amado,
Sem saber como lidar.

Às vezes nem é sobre ser amado​.
É sobre estar quebrado,
Sem saber se consertar.

Inserida por teddy_vieira_azevedo

PELOS SONHOS ANÔNIMOS

Clamo hoje pelos sonhos esquecidos
Os mais desejados e sempre dilema
Os que no ter não foram pertencidos
Nem citados ao menos num poema

Pouco lembrados e incompreendidos
Solitários que até nos causam pena
Nos fazendo chorar nos fados vividos
Falidos entre o prazer e a dor suprema

Assim perdidos nos traços da história
Desistidos e tão poucos na memória
Criando ilusões do tempo já passados

Clamo que revividos possam ter vitória
Que assim possam ter e ser divisória
Hoje, no fazer, para serem realizados

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A HORA

Morrer, Senhor, de súbito, eu quero!
Morrer, como quem vai em sua glória
Despedir-se do mundo em ato mero
De repente! Na bagagem só memória

Morrer sem saber, estou sendo sincero
Rogo, por assim ser, a minha tal hora
Morrer simples, sem qualquer exagero
Onde o olhar de Deus a minha vitória

Morrer, sem precisar ser feito severo
Das estórias que fique boa história
Fulminando sem lágrimas e lero lero

Assim espero, digno desta rogatória
Morrer fruto do merecimento vero
De ser ligeiro, cerrando a trajetória

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Augusto Frederico Schmidt

Inserida por LucianoSpagnol

À ALMA DE MINHA MÃE

Partiu-se o cordão do amor absoluto
No meu desditoso fado então trincado
E as preces no rosário assim de luto
Rezam tristuras no chão do cerrado

Lacrimoso eu, debalde na dor soluto
Soluça a baixa deste relicário delicado
Minha mãe, tão jovem em seu atributo
Pôs suspiros no meu peito instigado

Tal um ramo que seca sem dar fruto
Em um outono tão frio e desfolhado
Assim, o meu afeto se faz convoluto

E na continha de saudade, ao lado
Das lembranças dum amor resoluto
À alma de minha mãe, louvor ofertado!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SÚPLICA

Se tudo acaba e tudo passa
A dor chegada tem a partida
A vida sua vitalidade vencida
Se tudo ao vento é fumaça

Se a firmeza tem sua recaída
O fado dia de caçador e caça
Fato alegre, outro sem graça
Se há subida, também descida

Se a alma não leva a carcaça
E a bondade nos é prometida
Na lei de Deus, sem ameaça

Se nem tudo é dor desmedida
Se tudo cai, Senhor, que negaça
Está má sorte na realidade parida?

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Auta de Souza

Inserida por LucianoSpagnol

POEMA SEM NOME

Pra que colocar nome no poema
Destes sem sentimento, em vão
Que só maltratam o dito coração
De saudades e cheios de dilema

Poema com rima sem a emoção
Não precisa de nome nem tema
Apenas e só van palavra estrema
Sem gosto, gesto, e ou expressão

Sua métrica é sempre um problema
Versos livres e nenhuma conclusão
Vocábulo chulo no seu vil teorema

Então, por que nome nesta ilusão?
Poema bom, traz amor no fonema
E lhana paixão saída da inspiração...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Pequeno

A floresta estava escura
e do nada amanheceu
De repente olharam a criatura
Prazer,sou eu

Quando acordei
estava arrumadinha
atras dos meus pais chorei
parecendo uma princesinha

Com um tempo mamando
nasceu meu primeiro dentinho
parecia um coelhinho

Levando vida mança
E na calçada brincando
velhos Tempos de criança

Inserida por claroca1610

AMO-TE
Amo-te, pois muito além do que descrevo
Amo-te pois, penso em seu amor,
Seu olhos, seu sorriso,
E seu calor.

Amo-te pois meu amor é infinito
Pois tento-o matar, mas sempre perco
Amo-te pois meu amor é invicto,
Não aceita derrotas.

Amo-te pois sou escravo do meu amor
Amo-te porque me perco nesse calor,
Penso em você‎ e renasce essa dor.

Amo-te porque sem você‎
Nada faz sentido, tudo fica vazio
E meu coração ama-te sem "cessar".

Inserida por antonyoeduuardo