Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

Cerca de 148630 frases e pensamentos: Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

TELEFONE (03/2001)

Estou escravizada
Por este aparelho maldito,
Fico constantemente a espera
Que ele me chame do longínquo lugar.
Aquele toque lusitano
Que só eu sei decifrar.
O som mais lindo que já pude ouvir em minha vida,
Sem instrumentos, mas é uma verdadeira sinfonia
Que me faz delirar.
Os prazeres já me tocam
Quando em seu visor maloca
O número além mar.
A prata da voz que sussurra do outro lado,
Transforma em ouro o meu coração.
É uma magia este som de notas poucas
Que atinge um grau de maestria
E transforma-se em melodia
E quando silencia me faz chorar.

Inserida por MariadaPenhaBoina

CONDENAÇÃO (03/2001)

É ímpar, é demais poder amar
Mas amor é como o satanás
Faz proteger o nome do condenado
Precisando usar codinome para o ser amado

A sociedade não permite
Um amor assim tão alvo
Tão leve, tão solto, tão verdadeiro
Mas que nada tem de arbitrário

O satanás quem criou o dinheiro
Quem criou os valores materiais
Mas Deus criou o amor
Para combater o satanás

Quem é o homem?
Que se julga capaz de condenar
Um amor assim tão presente
No íntimo de um ser?

A liberdade existe
Mas na insensatez
A sociedade
Protege-se com Deus
E ama o satanás

Como um carrasco
Usando sua lâmina afiada
Cravando no coração amante
Mata morbidamente este amor tão presente.

Inserida por MariadaPenhaBoina

31/08/2004

Novos tempos

Acordo e começa o corre-corre
Para chegar, não sei aonde.
Durante o dia, trabalho
A noite também.

Nos pequenos espaços diários
Estudo
Depois o “stress” o cansaço
Por não saber se o dinheiro vem…

As vezes vêm o mal presságio
Será que amanhã vou ter trabalho?
Então, estudo
Mesmo sem o dinheiro para fazer o itinerário.

Não tenho tempo, sem tempo
Mas com tempo
Não concentro
Hoje isso, amanhã aquilo.

Para relaxar, escrevo
Perdendo tempo
Deveria mesmo estar lendo
Reverenciando os mestres.

Mas não me façam críticas
Eu gosto dos novos tempo
Mesmo sem tempo, dê-me tempo
Para ler poesias.

Inserida por MariadaPenhaBoina

RESSURREIÇÃO
As minhas limitações e a minha turva visão, eu as trago diante de ti.
Transforma-as em clareza de entendimento pela tua ressurreição.
A carga que curva e a dívida que paralisa, eu as trago diante de ti.
Transforma-as em novo ânimo pela tua ressurreição.
A confiança perdida e as minhas inquietações, eu as trago diante de ti.
Transforma-as em nova certeza pela tua ressurreição.
Minha profunda saudade de proteção e segurança, eu as trago diante de ti.
Transforma-as em colo e lar eterno pela tua ressurreição.
AMEM!

Inserida por parasky

Metáforas

Os galos da Dona Lena
Cantam muito cedo
Uns às vezes morrem
Outros passam a cantar
Noutros terreiros.

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Quase não sonho
Passo a ter sonhos confusos e difusos
Com o ator quando ele,
Despe-se de seu papel.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Oculto

Fartei-me de mostrar o meu encanto
De cair em pranto
De elucidar minha ternura.
Hoje sei de que nada adianta
O que me é sentimental.
O que eleva o meu feitio e
Coloca noutro coração
A minha galhardia
É o meu intencional.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Lápide

Lapidei durante toda uma vida
As coisas mais coloridas
Nas artes que criei.
Hoje, já quase morta,
Em preto e branco vou tentar
deixar em minha futura porta
Os dizeres que nunca pronunciarei.
- Aqui jaz uma niilista agnóstica que
almas fez sofrer e nem se deu por isso-.
Nenhum dizer será mais importante
Incrustado no granito frio
Que também da natureza vem.
E se abrirem a minha nova porta
Não terei como recebê-los, pois
em nenhum lugar estarei.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Meus homens

Estou cansada das reverências
Tenho como liberdade
A antissocial
A minha própria forma de pronunciar.
Não quero nada que seja comedido.
Quero a relevância do meu próprio ato.
Quero os meus homens
E desejo amá-los a todos.
E nada que seja singular e exclusivista.
Nada de domínio público
Que exaurem os meus recursos mentais.
Não os quero fisicamente
Desejo-os de pés assentes
Mas sem muita intelectualidade.
Imagino-os com as suas esposas e amantes
Suas ternurinhas errantes e eu,
Os quero pelas suas melhores partes,
Aos meus pés pela minha genialidade
Na libertinagem de pensamentos,
Para que tenham sonhos
De um dia possuir, a mim,
A mulher intensidade.
E que ambicionem a minha extravagância,
Para que não morram as minhas nostalgias
E alimente as suas agonias
Daquilo que lhes é imparcial.
Que minha autenticidade
Sempre os deixem na busca
Da minha real personalidade.

Inserida por MariadaPenhaBoina

O relacionamento acabou mas existe amor?
O ódio, a vingança se apresenta.
E o vazio? Que tormenta!
E chora-se e ri-se.
O corpo fica esquálido.
Os olhos não veem os campos, as ruas e as cidades.
Não se escuta os cumprimentos, são sussurros desnexos.
Quer-se a amizade?
Não, não existe possibilidade – É amor.
Sente-se a senhora de cetim negro, mais próxima.
Caminha junto a todos os passos.
Então o que é melhor?
Lembrar-se que a vida é uma peça de teatro,
E o vivido não foi mais que meio ato.

Inserida por MariadaPenhaBoina

O caminho é pesado eu sei,
Mas se o Senhor nosso Salvador é comigo
que mal temerei?
O poder do bem sempre prevalece
e sei que de mim e de nós Jesus nunca esquece,
pois o Senhor nos guarda na angústia
e na aflição Ele nos fortalece!

Inserida por lucaasanjos92

Eu e a mariposa

Estou hoje de frente ao oceano cinzento,
Lindo
Dentro deste apartamento com o físico esquálido
Observei novamente a mariposa que na parede da sala
Estava há mais de semanas pousada
Imaginei que ela, como eu
Estava meio morta
Ao remexê-la
Ela se apossou de outro sítio.
A expressão da mariposa e a minha
Deveria ser retratada em um filme.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Pois herr mais uma ai pra galera !!!"S& tens que liddar com águaa, consulta primeeiro a experiência, depois a razão".!!!! Toma conselhos com o vinho, mas toma decisões com a água,pois ela sempre encontra o caminho certoo de sua passagem!!
hehe e algo mais se a agua acabar Quem quiser matar a sede procure entender a fórmula da água. jae !! pois so sentiremos falta da nossa fonte de agua quando ela secar !!! heheh
GRATOOO!!

Inserida por daanniellllll

Lembranças perfeitas I

O seu mundo não se move mais pelas lembranças?
Estão por que, se sentir assim todo o tempo?
E tenta corromper com esse sentimento de angústia.
Mas não consegue!
É mais forte que você.
Vai ao mar? Estou lá
Vai à montanha? Também estou lá
Vai à beira do rio? Sentes falta de mim.
Deita-se na cama e pela janela vês as estrelas?
Eu sou uma delas.
Atravessou o oceano para sentir a mesma coisa de antes?
Errou. Nada é igual.
O cheiro é diferente
O diálogo é diferente
A música é diferente
E então, a poesia? Bem diferente.
É débil demais, não é?
São muitas as tentativas do esquecimento,
Mas você não consegue me esquecer.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Lembrança III

É tarde de outono,
O oceano, da janela do apartamento, se apresenta mais cinzento.
O homem nada todos os dias no mesmo lugar,
Deve ser norma do seu médico, pois água está fria.
Mergulha e, em cada braçada quando,
A cabeça vem à tona para respirar
É você a nadar no meu mar.
Corro à varanda
Fixo bem os olhos para distinguir quem realmente é,
Leva tempo para decifrar.
O cérebro está condicionado
Para enxergar o que desejo
Que deveria além do horizonte estar.
Depois de algumas horas
Com olhos a transmitir ao cérebro a real imagem,
Conscientiza a interpretação,
É outra pessoa a se exercitar e, já caminhando,
Ele sai do meio da nuance preguiçosa da estação.
Achei que seria possível ser você vindo a nado,
Mas você já cá está a nadar em outro mar.
Talvez, mesmo sendo outono,
Seja um mar mais significante e mais brilhante
Que o mar que lhe tenho a ofertar.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Fuga a esmo

Fez juras que não pode cumprir,
Agiu como se conhecesse o futuro,
Criou expectativas no outro,
Conjeturou promessas em devaneios,
Gritou com sentimento único,
Humilhou-se,
Iludiu-se,
Destituiu-se,
Faltou-lhe o poder de mostrar a própria força,
À sua amante prepotente.
Atou de fato,
Uniformizou o ato
Tornou-se dependente de haveres.
Impotente, buscou a própria acepção.
Foi certo na escolha,
Estás agora no seu impressionante cenário,
Hilário.
Não tens mais juras a fazer.
Uniu-se a pessoa de iguais atributos,
Num Estado de quinta classe,
No país de terceiro mundo,
Florescendo da história de um passado
Das coisas habituais.
Nada notável,
Escondeu-se.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Insignificância

Cura a sua dor meu caro
Assim sai da latência do imaginário,
Honra-te da insignificância.
O trabalho é pouco,
Mas tens um teto com palmos medidos,
A abrigar os teus prazeres.
És tão apoucado
Que esta choça
O torna ancho.
Não lutaste pelo abundante,
E a pouca monta em que tu te apoias
Irá satisfazer-te.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Vivo apaixonado
Escrevi seu nome na minha mão
Na parede do meu quarto
Dentro de meu coração

Inserida por LucazAntunez

Sem destino I

Não, não é assim que você é,
Você é mais, muito mais de tão pouco,
É o verão que está a consumir o seu pensamento.
O outono já vem,
E logo, logo o inverno, para esfriar a sua irreflexão.
Quando fores refletir no inverno
Sentirás como foi o inferno
De como o verão te encolheu.
Não te aflijas por enquanto
O inverno tem os seus encantos
De curar os desencantos,
De um verão discricionário.
Não, não é culpa sua,
Faltou-lhe a decência plena
De um homem que não cresceu.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Sem destino II

Viveu e viu as façanhas da vida
Armou-se em seu campo de força
Arrebanhou todas as ovelhas
Caricaturou a própria vida.
Fumou, bebeu, iludiu
Construiu e destruiu
Sem arregaçar as mangas.
Vida fácil, vida bruta,
Enquanto encontrou certezas
Que não fez por merecer.
Agora, homem, chegou a verdade
Das incertezas incondicionais.
Ontem o seu passado
Hoje o seu futuro impensado
Resultando na sua tormenta.
Escreveu a vida e criou os próprios tropeços
Devido o seu desajeito e negligência
Da sua bússola desordenada
Que insistiu seguir.
Não tem como seguir mais caminho
Vai navegar sozinho
No mundo único que construiu.

Inserida por MariadaPenhaBoina

Voo

Se alçares voo
Deverá ser para chegares o mais alto dos ares
Para ver com outros olhos os mares.
E sonhares.
Mesmo que esteja longe a terra
Não tenhas medo da queda
Que um dia estará por vir.
Se não conseguires pousar
Então permaneça na correnteza quente dos ares
Com as asas paradas
E irás a outros lugares
Sem te cansares.
A vista de cima é das mais belas
É lúdica, é singela.
E quando conseguires um bom pouso
Pousa suave
Outros voos assim
São seculares.

Inserida por MariadaPenhaBoina

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