Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes
Deixa eu...
Deixa eu te pegar no colo menina
Deixa eu te acarinhar
Deixa eu te pegar no colo menina
Você vai se amarrar
Deixa eu te tirar o solo menina
Deixa eu te enlouquecer
Deixa eu te tirar o solo menina
Até o amanhecer
Deixa eu te contar um segredo menina
Sim você vai gostar
faz tempo que eu te curto menina
é certo vou me apaixonar
Deixa eu te contar meu sonho menina
Sei você vai delirar
Olho prá você minha linda menina
Já tô pronto prá te amar
Confusão de sentimentos
O pior sentimento que pode existir é a paixão
Derruba, faz estragos e logo vai embora
Sem despedida, sem razão
Sem nenhuma explicação
Bom mesmo é o amor
Une, soma, cria laços
Logo arruma um canto
Para se acarinhar
Quem com a paixão se acostuma
Difícil mudar
Cego fica e adormece, difícil acordar
Gratificante mesmo é o amor
Doce, tranquilo
Pronto sempre a perdoar
A diferença é enorme mas é preciso saber
um depende do outro para se sobreviver
Quem se apaixona, precisa lutar e aprender a amar
Quem ama não pode deixar o amor a paixão matar.
F e l i c i d a d e
Tem gente que passa por ela
e não sabe identificar
Tem gente despreparada
que a espanta antes de chegar
Tem gente que abre a porta
e a convida para entrar
AMO-TE Simplesmente Verdadeiramente Incondicionalmente...
Sabes que significa isso?
Que TE AMO Ontem, Hoje, amanhã e Sempre, independentemente do que o futuro nos traga, AMAR-TE e uma certeza.
As Flô de Puxinanã
(Paródia de As "Flô de Gerematáia" de Napoleão Menezes)
Três muié ou três irmã,
três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa flô do sertão
que o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué critão
os oiá déssa minina.
Os ói dela paricia
duas istrêla tremendo,
se apagando e se acendendo
em noite de ventania.
A tercêra, era Maroca.
Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peito
dois cuscús de mandioca.
Dois cuscús, qui, prú capricho,
quando ela passou pru eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.
Eu inté, me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui ei vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.
Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!
O ENCANTO E A SEREIA
Era um renascer
tão Perfeito que deu medo.
Mas ela vivia e corria riscos,
- Alma de Poeta -
respirou fundo e se entregou.
Despiu-se da desconfiança,
perfumou-se de tempo,
passou vinho nos lábios
e no Mar mergulhou.
Ah, vento travesso!,
ao presenciar o mergulho
faz uma traquinagem:
balança
- mexeriqueiro -
as coloridas folhagens
da mata em volta da ilha
e pensa "salvar" sua Bruxinha
de outra sacanagem.
Uma praia escondida,
que não era deserta,
tinha uma pequena sereia.
Ela ri e segue em frente
feito onda faceira.
O Vento cometeu um engano.
Ela não temia
porque não era uma sereia.
Ela era o próprio Encanto.
Janaína da Cunha
TELA VIVA
Transcrevo em minha pele meus Amores e minhas Ideologias que - há milênios - já foram tatuados em minha Alma pelo Universo.
Não se engane.
Não sou mais uma Mulher tatuada.
Sou uma Obra de Arte de minha própria história.
(Janaína da Cunha)
PASSAGEIROS
Minha mão se calou
diante da despedida
e o aceno do adeus
paralisou na estação.
Meu coração conhece
o medo de ir embora,
mas meus sonhos
não o permitem parar.
Alimentei minha saudade
só para não perder a canção.
Tudo passa, sempre passa
e os passos passam
passo a passo.
Eu vou, mas volto...
ou não.
Toda vez que volto
estou partindo
e toda vez que parto
de algum lugar
volto para mim.
De partes em partes
monto meu próprio
quebra-cabeças.
Não me espere para jantar,
eu como no caminho.
Caso demore,
acenda as estrelas
e apague o cigarro.
Há uma festa em cada idade.
Quanto mais se vive,
mais se chega ao fim.
Quanto mais se
aproxima o final,
mais se quer
voltar ao começo
e recomeçar.
Eu vou, mas volto...
ou não.
Tudo é passageiro
e nessa passagem
somos todos passageiros
dessa embarcação.
Janaína da Cunha
(Do livro: Versos Soltos)
UMA MELODIA ESPECIAL
Seu corpo parecia flutuar enquanto seu coração era totalmente seduzido pela música.
Em Essência ela era toda Música e Poesia.
Nas entrelinhas do silêncio barulhento, o qual muitas vezes a penetrava pelas entranhas de seus devaneios selvagens, embriagava-se entre ritmos e canções.
Contudo, entre uma dança e outra, sua Alma ansiava febrilmente com “A Melodia Especial”, aquela - dentre todas - que seria a Trilha Sonora de sua Vida.
Autora: Janaína da Cunha
CAMINHE!
Caminhe sempre.
Mesmo nos dias em que o corpo precise se recolher da visão do mundo procure caminhar com a mente.
Visite lembranças que façam seu coração vibrar e sua Alma sorrir.
Com a imaginação crie novos mundos, voe num tapete mágico até as Mil e uma Noite, corra nos Campos de Girassóis do Vang Gog e com Bocage se embriague de vinho e poesia.
Seja a Lua de seu céu lilás, as ondas de um mar misterioso e acalmaria após a tempestade.
Não fique preso ao comodismo de quem se acostumou com uma poltrona confortável - dentro de suas inconvenientes conveniências - robotizando-se na frente da TV.
Caminhe!
Nos dias de chuva seja seu sol. Ande com os desejos de seu coração e jogue as sementes da palavra no branco do papel. Use suas lágrimas para regá-las e verá florestas de sonhos florescer em outros quintais.
Caminhe com o Verbo.
Mas, por favor, caminhe!
Janaína da Cunha
COPO D'ÁGUA
Às vezes me sinto um rio.
Outras vezes um Oceano sem fim.
Ainda tem algumas vezes
que me sinto apenas um Copo D'água.
Mas esse Copo D'água
- visivelmente simples -
é quem mata minha sede.
Então percebo
- que no verso e inverso da vida -
não importa como eu me sinta,
seja no vazio contido do nada
ou no silêncio de uma multidão,
sou e serei sempre um TUDO de mim!"
(Janaína da Cunha)
Do Livro Versos Soltos - pág. 52
📌
"Não tenho medo de recomeços, muito menos de mudanças.
O que me da medo de verdade é o círculo vicioso da rotina e de me acostumar a não lutar pelos meus desejos.
Isso é a morte em vida.
Eu estou viva, portanto, mereço viver."
(Janaína da Cunha)
UM ETERNO SONHADOR
Dentro de mim,
envolvidas num vendaval
de sentimentos reprimidos,
habitam palavras secretas
que gritam no silêncio
mais obscuro da solidão.
Dentro de mim
moram paredes descascadas,
janelas enferrujadas
e portas trancadas.
Mas, ainda existe um coração.
Sim, existe!
Ele teima e pulsa
num frenesi louco pela vida.
Fora de mim,
inerte ao que acontece por dentro,
existe uma ausência da metade
de um nada
que fazia tudo, tudo, tudo...
ter sentido!
E o coração?
Esse teima e bate.
Bate e soca.
Apanha e esmurra.
Esmurra, empurra, grita e se faz vivo
na coragem de um Eterno Sonhador
desabrochando na flor da boca
um vermelho sorriso.
Ainda há vida na Vida!
Janaína da Cunha
O NOME DO SENTIMENTO
O medo que ela tinha de vê-lo infeliz era maior do que o medo de perdê-lo.
Que sentimento era aquele? - perguntava-se encantada.
Ela se irradiava como sol - mesmo em cinzentos dias - explodindo numa alegria pura e sincera só por saber que ele existia.
Ele morava dentro dela e, por fora, ela mesma se preenchia.
Sentia-se viva em movimento com a vida: pulsava, pulsava, pulsava... como os acordes mudos de uma canção ainda não cantada.
Ela - de tanto que o amava - tornou-se toda coração.
Não importava a distância das idas e vindas, quantas estradas e curvas ele percorria.
Era dentro dela - sua Alma - que ele vivia.
(Janaína Da Cunha)
IDENTIDADE
Fique onde sua Essência e Identidade são respeitadas.
Fique onde você possa ser quem é sem maquiagens exageradas e máscaras compradas - desse modismo imposto pelo Senhor Sistema - a preços baratos para não ficarem encalhadas.
Crie um lema para se salvar dos outros e, principalmente, de si mesmo:
"Sou quem sou. Sei quem sou. Isso me basta!"
Fique onde você seja amado e aceito com suas qualidades e defeitos.
Fique onde você possa Amar da forma que sabe e sente o Amor.
Se não... dê um sorriso e vá embora em Paz.
A Vida é muito curta para ser perdida com quem não enxerga nossa Alma.
Janaína da Cunha
(Do livro: Versos Soltos /pág. 89.)
MERGULHO
Mergulho
em águas bravias
de misteriosas incertezas.
Mergulho
de olhos vendados,
descobertos...
fechados, abertos...
mergulho.
Banho o corpo dos meus versos
no magnetismo refletido
em outro olhar.
A imagem do verbo
no espelho das águas ocular
atrevidamente me chama...
e eu vou!
Poeta:
misto de benção e maldição!
Por que amamos com tanta intensidade...
com tanta entrega?
Por que nos deixamos levar em ondas de delírios que vem e vão...
que vão e vem...
vem e vão em vão... ou não?! Porque essa necessidade louca,
quase mórbida,
de ser, sentir...?
Se amar é sofrer...
então, me sinto viva na dor?
Eu quero é ser feliz!
Mergulho em sinônimos
antônimos
antagônicos plurais.
Perco o fôlego, quase morro...
Reavivo no boca-à-boca da vida,
retorno e me corto entre corais...
Sobrevivo.
Insisto!
E novamente mergulho!
Sim... eu mergulho.
A alma de um homem
é o meu Oceano!
Janaína da Cunha
Estou em paz!
Me desapegando de pessoas arrogantes, sem amor no coração e que vivem num mundo de ilusão.
Ser Humano
O que ama e odeia,
que compreende e ignora.
que cria e destrói,
que se esconde e se mostra.
O que nasce certo e se torna errado,
o que machuca e que é machucado.
Consigo perdoar, mas guardo rancor,
sou o que ama e o que nega o amor.
Busco a paz com aguerra,
erro,mas julgo quem erra.
Me acho certo mesmo errado,
sou ser humano, sou complicado.
Eu acerto e erro,
sofro e choro,
amo e odeio,
isso me faz um humano.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp