Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes
AMOR
Amor nada mais é do que a expressão suprema do querer, do sentir, do pensar.
Não se explica o amor, somente por ele mesmo.
Em muitas fases altera seu sentido:
Por vezes torna-se ódio, por outras, saudades.
Amor significa esperança, sobriedade, harmonia;
É o reflexo de Deus em nosso coração.
A essência do amor é tranqüilizante, nova,
Nos dá certezas, apostas, honras, nos trás à vida e
A renova.
Amor é saber que acima de tudo existe algo.
É na completude do amar, que nos sentimos livres,
Desapegados,
Verdadeiros conosco.
Nada é preciso para amar, a não ser o querer,
O estar predisposto.
Amor é guardado, é velado, é calado;
É certeza de um amanhã.
Sonoridades da natureza;
Luz do dia; clarão da noite.
É o cheiro da alvorada,
O abraço da mãe,
O sorriso da criança.
É, em si, amor...
Essência do mundo,
Roda da vida,
Senhor do destino,
Verdade,
Amor, amor, amor.
Olhar de mundo
No olhar de minha mãe aprendi a vida,
A dor, a sabedoria e o valor.
Olhar, verbo ou objeto, na verdade,
Abstrato.
Podendo ser ele,
Observador,
Repressor,
Admirador...
Olhar de cobiça, de audácia, de esperança;
Muitas vezes, conforme o mundo:
De medo, incerteza, de dúvida, de pânico.
Olhares, isto, aquilo, aquele.
Olhar sobre tal coisa
Olhar também é percepção,
Compreensão, entendimento.
Não olhar também ocupa espaço...
Não olhar a fome, a dor, a amargura,
A indecências, a futilidade, a ignorância.
Olhar por olhar as coisas feitas dos outros,
Também consta na lista.
Olhar ficando a mente:
Na caridade,
Na fé,
Na esperança,
No crescimento
São olhares humanos.
Olhar para si: o mais difícil dos olhares!
Pois para tanto, olhar para dentro requer amor externo,
Perdão verdadeiro,
Compreensão sincera e,
Percepção certa.
Olhar, mirar, analisar,
Repensar, demonstrar, remodelar e,
Novamente
Olhar...
NOITE
O que significa noite?
É a mãe compreensiva, permissiva,
Nela tudo ocorre, tudo acontece.
Noite, mil e uma ou somente uma.
Marcas profundas, silêncio, incômodo.
Noite é abraço, exala seu olor.
Somente sente o cheiro da noite,
Aquele que para ela nasce,
Que por ela é protegido,
Amparado.
Noite é breu, porém, também sinal de luz.
Nas ruas a noite demora, apavora, devora.
Imperatriz da Lua, inimiga do dia,
Aos poucos se rende ao ardor da alvorada,
Transformação.
Noite é boemia, alegria, diversão.
É paz interior e também perdição.
Nela, os gatos perdem as cores,
As árvores tornam-se gigantes,
O amor ocorre e é feito.
Que linda noite, a de minha existência.
FOGO
Fogo eterno, fogo findável, fogo sincero,
Fogo queima, fogo recupera, fogo regenera.
Fogo sagrado, que purifica;
Fogo da lei, que condena;
Fogo da paixão, que fornica.
Fogo da fé, que orienta.
Fogo és tu consolador,
Também tu,
Destruidor.
Quem com fogo mexe, se queima.
Quem com fogo lida, se esquenta.
Fogo, fonte de calos,
Fonte de energia,
Fonte de pavor.
Fogo do amor, venha a mim,
Por clamor,
Trazer-me o ardor.
Fogo da vida, semente da fé.
LUZ
A estrela que brilha no centro do Universo;
A vida que surge no íntimo do dia,
Luz clara, brilhante escarlate.
Luz da vida, que gera vida,
Que se transforma em vida após a morte.
Luz da casa, casa de luz, luz que guia, luz que gira.
Luz vibrante, calorífica
Luz do gelo, luz que molda,
Luz que transforma.
Luz, luz, luz,
És tu, oh! Imperatriz do dia,
Desvendadora das cores, mãe da esperança,
Luz,
Como te chamas?
Como derramas?
Simplesmente luz,
O brilho que há em nós,
A força que emana,
A verdade que inflama.
DIANTE
Diante da estrada me deparo,
Para onde seguir? Como seguir? Por quê?
A estrada se apresenta sinuosa e,
Por vezes, finda em uma de suas esquinas.
E as esquinas, como sempre povoadas,
Deixando-nos ensinamentos, aprendizados, esperanças,
Porém, lembremo-nos das esquinas,
Nos passos seguintes de nossa estrada,
Aprendamos com elas e,
Saberemos que muitas outras virão,
Antes que nós mesmos estejamos diante de nossa esquina,
Findando nosso caminho e, deixando lembranças
A outros e a outras,
Que por nós passarão,
Levando consigo,
Nossos aprendizados, dando continuidade ao caminho.
O amor não é cego
Há quem me diga que o amor é cego,
E brada tais palavras com certeza.
Não sabem deste amor a natureza
E tais brados são os que eu sempre nego
(e ao Amor sempre me entrego.)
Quem o diz não teve mulher amada:
Das que são fiéis à bela liberdade,
Que vivem com perfeita seriedade
Em um estado constante de risada.
Espero que eles peçam perdão
Dos tolos que falam sem pensar:
Como pode ser cego, se no olhar
De quem se ama se encontra o coração?
Vento leve, vento forte, vento do Norte...
Vento de minha vida, que tudo muda...
Vento da esperança, que a vida balança...
Baixa prsssão, tornado, ciclone,
que o obstáculo consome...
Vento amrgo, em dias de frio,
Aquecido, em dias de alegriassss.
Ventos que tudo trazem e, em nossas lembranças, levam
Vento da infância, que me conduziu,
Vento do amor, que em minha mãe respandleceu...
Vento da noite, que a mim encanta...
Vento, ventania, temporais....
Mudanças climáticas na existência,
no decorrer do dia, na paixão do olhar....
Vento dos Deuses e das Deusas, que acalentam nossas amarguras.
Vento de mim, vento teu, a inspiração da alma....
Brisa de Deus, dos Deuses, das Deusas, que nos dão vida.
Força formada pela ação do Sol,
Equador de nossas almas....
Movimento de nossas promessas.
Vento, simplesmente vento, simplesmente eu, simplesmente,
a vida.....
A terra é uma névoa sombria,
ofuscada em gotas de dor,
onde só um caminho alumia:
O perfumado pelo amor.
Se almejas na terra farturas,
deixando a espiritualidade.
Saibas, só se leva às alturas,
o tesouro da caridade.
Se almejas a felicidade,
deseja ao próximo também.
Só se eleva na eternidade,
na fé, e no caminho do bem.
Não deixes no longo caminho andado,
apenas pequenos rastros no chão.
Pois pequenos ventos os levarão.
Só germinará o que fora plantado.
Só se conhece o rumo pelo andar.
E ao olhar para os rastros do passado,
vê-se pelo chão, o caminho andado,
e que jamais poderemos voltar.
Nós passamos desvendando caminhos.
levamos saudades, deixamos rastros.
Passamos pelos jardins e alabastros,
cantamos flores, choramos espinhos.
Se você fosse:
Uma rosa
eu o adubo.
Um brinquedo
eu a criança.
Uma lenda
eu a história.
Um sorriso
eu o palhaço.
Uma palavra
eu o livro.
Um desejo
eu o despertar.
Uma verdade
eu as razões.
Um momento
eu a eternidade.
Uma lágrima
eu a enxurrada.
Um querer
eu o oferecer.
Uma nota
eu a melodia.
Um lamento
eu a penitencia.
Uma crise
eu o alento.
Um choro
eu o lenço.
Uma duvida
eu a solução.
Um verso
eu a prosa.
Uma frase
eu a redação.
Um terço
eu a missa.
Uma cor
eu o arco-íris.
Um medo
eu a acolhida.
Uma pedra
eu a montanha.
Um grito
eu o silencio.
Uma droga
eu o remédio.
Um gole
eu a taça.
Uma luta
eu a batalha.
Um pesar
eu a redenção.
Uma verdade
eu a consciência.
Um ícone
eu a marca.
Uma fúria
eu a calmaria.
Um gesto
eu o objeto.
Uma paixão
eu o coração.
Ainda assim eu continuaria
Te Amando por toda a vida.
Sonhos Meus
Sonho e não sonho que tenho o que quero
Sonhar é algo tão peculiar como acordar,
A cada dia, um novo sonho, uma nova esperança,
Sonhar, ainda não custa nada,
Embora há muito custo se alcance um sonho:
Da casa, do carro, do amor.
Sonhar e realizar, dois verbos distintos,
Com significâncias relevantes na vida.
O mundo dos sonhos, tudo aceita,
Nele, tudo pode, tudo se concretiza.
No mundo, não o dos sonhos, algumas
Coisas ocorrem, outras não, outras
Ainda, se quer são sonhadas, mas
Ocasionam mudanças, incertezas, dúvidas,
Medo, que somente, no mundo dos sonhos deveriam ser
Aceitas.
Sonhar não é um dom, é privilégio,
É ser na vida, é esperança,
O crer, o alcançar.
Sonhar é, antes de tudo, olhar e ver
Aquilo que a realidade na maioria das vezes
Não nos permite tocar.
Sonhe.
Vento
Vento é brisa que sopra e toca nossas vidas,
É fator de memória, pois em dias ventosos lembramos o passado.
Vento é benevolência, que nos dá ar,
Que nos dá vida,
Continuidade.
Vento alimenta o fogo,
Da paixão,
Da queimada,
Da sabedoria.
Vento é tempestade, furacão que modifica
A paisagem, que destrói para ser reconstruído.
Vento é frente fria, que esfria a vontade, mas também é calor,
Baixa pressão, que aquece, esquenta e que nos dá vigor.
Vento envolve a alma,
Mas fala através das rochas, assovia na curva.
Vento é ventania, o ciclone de transformações,
Esperanças novas que chegam,
Também é sinal de chuva,
De lavar a alma, de purificar-se.
No vento, vai a poeira, isto é, tudo....
Pois não há nada que não seja
Poeira ao vento...
Certeza
O que é certeza?
De quê? De quem? Do quê?
Alcançar a base da espera não me parece certo,
Pousar, sem ter levantado vôo, me parece incorreto.
Somos certos? Temos certezas?
Quais?
Nunca pensemos no certo como ele,
Pois tudo o que há é mutável.
Mudanças são inimigas máximas das certezas.
As mudanças quebram e partem tudo aquilo do que estávamos certos
Ou críamos.
Certeza, é certo, é poder crer que nada mudará,
Sob pena de a própria certeza se desfazer.
Maria
Ave! Diriam uns. Mãe! Diriam outros,
Filha! Retrucaria, uma Maria.
Marias são sinônimos, antônimos,
Maria são muitas, são poucas, é uma.
Maria vai e vem, Maria advém,
De Lourdes, de Fátima, de Todos Lugares.
Maria é compreensão, compaixão, certeza.
Maria é Mãe, Mãe de Deus,
Dos homens e mulheres, de todos.
É sinônimo de influência, quando ela vai com as outras.
Mas, Maria é ela, ela mesma,
Sabedora, crédula, feliz,
É Maria!
Mulher, senhora, dama, mãe...
É a força dentro de cada mulher.
Amo borboletas!
Amo borboletas
E sempre que posso fico a admirá-las
Voam sem compromisso por entre as flores
e pousam onde querem com uma leveza sem igual
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