Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

Uma forma de futuro

Em perfeita harmonia antiga
Dos frutos da terra aos
Rios de purificação
Purificando o homem em desgraça
Reconstruindo um novo mundo
Para mais uma vez dizer...
Que neste planeta há vida inteligente.

Redescoberta

Em perfeita harmonia
Se consegue a eterna felicidade
Dos frutos da terra aos
Rios de purificação

Lavando a alma do homem
Acalma seu espírito
Tornando-os uma só coisa
É algo divino
Com a perfeita harmonia antiga
Eles descobrirão algo antigo
E mais uma vez serão um só espírito
Uma forma de futuro.

Criação de um Mês

O futuro espelha algo velho
Sábia experiência
O mês de julho ...
Trouxe a existência Do meu amor...

O Bem e o Mal

É a origem da vida
Para que exista um
Tem que haver o outro

São contrarios...
E difundidos...
Não unidos,
Pelo lado da mesma moeda

Qual lado pertencer?
O que ser?
Mas tudo pode ser...
Dependendo do lado que escolher

A Mascara da Vida

Enganando para te proteger
Todos sem exceção
Tornando todos amigos
Formas diferentes para te proteger
Sem amigos, sem inimigos
Só... apenas só...
A grande proteção
Se tornou a grando solidão
Tornando-o só... somente só.

A Felicidade Confusa

O coração domina a felicidade
A mente a confusão
Sem mudar ou igualar

São seres de formas diferentes
Mas sempre consente
Com uma perfeita união
Um terceiro pode formar
O coração dominar
E a mente guardar.

Escuridão

Na noite...
Os montros saem
Mas são os sentimentos ...
Que os controlam!

Na noite...
Os montros saem
Se o ódio for grande...
O monstro é grande.
E se o amor for grande?
Não poderá mata-los...
Assim o ódio domina.

Equilíbrio do Desequilíbrio

Com uma marca...
Pode haver um misterio,
O controle do mal,
O controle do bem.

Com uma marca...
Pode haver um controle,
Do desiquilibrio com o próprio equlibrio ?
Agora vos pergunto?
O caos pode dominar a ordem...?

Um Sentimento

Não pode ser explicado por palavras,
Ou poemas,
Ou até mesmo canções

Mas o que sinto pode explicar
A palavra,
O poema
Até mesmo a canção

O Destino ?

Talvez devesse culpar o destino
Mas creio que não é o culpado
Muitas coisas aconteceram
Talvez a culpa seja... minha
Por não te procurar
Muita coisa mudou ... mas meu amor não

Talvez devesse culpar o destino
Mas creio que não é o culpado
Não posso te esquecer
Um dia haveremos de nos encontrar
E o destino irá agir...
E o amor sucumbir...
Tudo que foi dito será... repetido.

Há variações da mesma amizade

Sequóia-gigante imprudente e forte
Onde o tempo não pode apagar
Presa em sua realidade
Sempre deslumbrante e imponente
Em relação a natureza.

Pequenas plantas ao germinar
Gotas ao revelar sua beleza pura e simples
Em simplicidade torna-se algo belo
De tal beleza comparada a aurora.

Emoção de cascatas
Águas eficácia
Tumultuosa em suma experiência
Rápidas e emocionantes.

São característica de um amor não dito,
Não falado,
Mas sentido.

São esse amigos que deixarão as saudades
Até então umas das maiores dores emocionais
Mas poderá lembrar de todas as histórias
Isso é o laço que nos une
Para termos um motivo para nos reencontrar
E fazer tudo de novo em nossas lembranças.

Não somos donos do nossos próprios futuro; porém nem é ele, de nós. A única posse que temos é a do presente, um verdadeiro presente, olhando e aguardando ansiosamente nas nossas mãos.

Vem a nós como fruto do passado, o qual reluta incansávelmente para ressucitar após a sua troca involuntária. O futuro chama, nos implorando a possuí-lo.

E é este passado, do qual uma vez abrimos mão, que nos tem como escravos da sua eterna vontade de viver, contra a futura vontade de nascer.

Não.

A vida é hoje. A escolha, nossa.
Cada tempo terá a sua palavra, a sua vez de guiar.
Nunca deixarás de viver, pois nada é em vão.
A vida está - somente - nas próprias mãos.

O NOSSO ENCONTRO

Passavas devagar,
Como se fosses, sem coragem,
Fazer, a contra gosto, uma viagem,
À falta de razão por que parar.
A tua sombra-recortou-se no meu chão,
Alongou-se em forma e tempo,
Ganhou corpo, ganhou voz.
E, desde então,
Aguardamos o momento
Em que o sol, a pino, sobre nós,
Reduza as nossas sombras a um ponto,
Por ser tão certo e estreito o nosso encontro,
Que nem em sombra, voltaremos a estar sós.

Por que te amo?

Por que tentar explicar
O que é inexplicável?
Como falar de um amor
Misterioso, adorável?

Te amo pois te preciso,
Te amo de amar sem fim!
E espero que também
Tu necessites de mim...
Te amo porque te amo,
É isso... simples assim!

Se te amo simplesmente
Porque amo te amar,
Se adoro te adorar,
Se te quero loucamente,
Que posso pedir aos céus?
Que dure infinitamente!

Te amo porque te amo,
Te amo de amar sem fim,
Te amo porque te amo,
É isso... simples assim!

A contagem decrescente já começou,
Nada fazemos para a poder parar.
O mundo tal como é, já se acabou !
O caos e a destruição irão chegar.

A uma velocidade assustadora,
Extinguem-se espécies de animais.
O nível da água, sobe mais agora,
Os estragos provocados são abismais !

O Homem é de tal forma egoísta,
Que se auto destrói sem qualquer piedade,
Que assina a sua exterminação !

Muitos desdenham da visão fatalista,
Porque não vêem à sua frente a verdade ?
Quanto tempo falta para a destruição ?

Fé no amor


Se agradecendo o amor
invoco a deusa
que um querer qualquer
tornou realização
com mais fé ainda
imploro ao coração
que do amor demais
faça o amor que baste
e que se baste na razão
para não ferir sentimentos
para não virar paixão
limitando o real e a ilusão
e o que eu pense ter
que seja meu
para que mais tarde
o que eu não tenha mais
porque é teu
não torne esse ser que se deu
um descrente de coração ateu.

Poema do sacrifício

Trabalhador como ainda sou
sem ter que fazer na solidão
só faço o que manda a precisão
e por isso e mais
colho o barro na ribeira
procuro madeira na mata
garimpo a pedra disforme
repuxo o couro esticado
recolho o vidro e o bronze
preparo a fornalha e o cinzel
encho a bacia de água
recorto e ponteio pedaços
bato e amasso o inteiro
moldo e faço acabamento
depois coloco na luz do sol
debaixo reflito na lua
depois lavo na água corrente
depois olho e me alegro
depois digo enfim
que tudo na vida é trabalhoso
e não vale mais que doistões.

Dia


Dia amarelo
sem sol ter saído
dia nublado
sem chuvisco caído
dia sem tarde
com manhã já ter ido
dia sem horas
nesse tempo sumido
dia sem grito
no espanto contido
dia sem dia
pelo dia traído
dia sem amanhã
pelo ontem destruído
dia mais triste
sem que eu tenha vivido
dia que vivo
com medo de ter morrido.

Era...


Era manhã
Era tarde
Era noite, anoitecer
Era dia
era alegria
era canto, poesia
Era viver
era caminhar
era o passo e pular
Era lembrar
era ver
era sentir e ter
Era amor
era amar
era você e tu
Era paixão
era certeza
era sina, firmeza
Era um nome
era teu nome
era chamado e presença
Era um tempo
era um dia
que era e não é mais
Era a vida
era a vida
que era e não é mais.

Eu tenho a luz das estrelas
na palma da minha mão,
mas tudo que eu mais quero
é o teu coração!