Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes
Metamorfose
Abriste a caixa de Pandora
E agora, o que será de mim?
Faça algo que acalante esses males
Que me está a consumir.
Puseste-me neste desespero
Nesta desconfiança bombástica
Neste desconforto intolerável.
Sou essa borboleta pequena
De asas incontroláveis
Incerta dos desejos.
Caça-me com a tua rede entomológica
Tira-me dessa dança louca
A viver atrás de uma da lanterna iluminada.
Quero acreditar na luz e não consigo
Ela pode ser a minha maior inimiga
Mesmo assim a sigo
E na armadilha posso cair.
Desafoga-me dessa desconfiança
Sem arrogância
Com palavras de esperança.
Faça de mim os teus desejos
Não disfarce as verdades com lampejos
Para fazer-me acreditar.
Saia do teu invólucro de lagarta
Transforma-te em borboleta
Venha me beijar.
E agora?
O que devo fazer agora?
Lutar pelo que foi perdido?
Ficar mais pobre de espírito?
Jogar um jogo de cartas?
Empinar pipas na praça?
Movimentar a pedra no xadrez?
Olhar para a calopsita na gaiola?
Ficar por mais tempo livre?
Ler um livro em português?
Dominar a fúria que me consome?
Mirar o míssel para além do horizonte?
Colocar mais dinheiro no cofre?
Mandar flores por e-mail?
Escrever cartas românticas?
Ridicularizar as instâncias?
Fazer mágicas?
Beber uma bebida forte?
Olhar para o teto sem concentração?
Sentir aversão por tudo isso?
Enfrentar a flecha do inimigo?
Com muita coragem
Ficar na forca de frente para a multidão
Sem reverenciar os aplausos e risos à agonia
Que estão a festejar
Com o semblante mais brando
Escutando os risos e aplausos silenciando
Na minha mais sublime sensação
O ápice que se agiganta para minha bem-aventuraça
Que estou a desfrutar.
Diálogo aos celulares a brasileira que ouço todos os dias e, é mais ou menos assim:
Tô no culto falando cum pastô
Cê num vem não?
Tem de vim, ora pra Jesus.
Ai! Só Jesus, pra intender ocê.
Mas se ocê vim, fecha a porta com treta chave
Aí tem muito ladrão drogado.
Dispois, meu namorado vem buscá nóis.
Então nóis vai até ao shopem.
Agente podemos olhá as vitrini.
Dispois ele leva nóis imbora.
Ispera, to ouvindo minha patroa.
- Num sei não onde tá-
Já que ce num sabe se vem
Coloca a comida pra esquentá
E o fango no fono.
Tem cuidado num si quemá.
Aí quando eu chegá
Posso cumê
Lá no shopem e é tudo caro
E nóis num tem dinheiro pra gastá.
Poema: Aonde estive ?
"Aonde estive ?
que não te ouvi,
os chamados,
de teus gritos.
Onde estive ?
que não te ouvi.
Pobre chamado,
que no tempo, ficou desamparado.
Onde andei ?
por onde caminhei ?
me arrependo de tudo que fiz...
Quando me lembro de quem eu deixei.
Me sinto culpado,
e da vida tento fugir.
Eu só queria adormecer, esquecer.
Quando o amanhã despertasse...
E o brilho do alvor fascinasse...
Eu só queria que um dia me perdoasse...
E que não me odiasse."
Campina Grande-PB Junho.13/06/13.
Poema: Abandonado
"Tu sempre me dizias que nunca irias,
falavas mas escondias a mentira,
sempre me enganavas com um olhar enganador sempre.
... Você partiu quando ainda era cedo,
foi embora e levou os seus pensamentos e desejos,
e nem ao menos teve a humildade de se despedir,
saiu feito um pássarinho bateu asas e voou ao azul céu imenso...
e para bem distante tu fostes para bem longe do nosso ninho,
deixando-me carente de carinho abandonado.
Campina Grande-PB. 24/07/12.
Às vezes, tenho raiva de mim mesmo por deixar de sorrir, por deixar de querer viver,
às vezes tenho desgosto de mim que se esconde e não quer sorrir. Às vezes tenho raiva de mim que não consegui enfrentar a solidão.
"Faz tempo que vivo fugindo tentando me afastar dos seus braços
faz tempo que tento esconder-me de ti e no tempo me perder.
Faz tempo que eu tento não pensar em ti, e às vezes finjo que nem estou nem ai pra você,
mas é em você que eu encontrei a felicidade e o "sorriso pra viver."
desculpe-me se não demonstrei todo o meu amor por você ,
é que o medo de sofrer me faz esquecer de amar você".
Campina Grande: 02/10/12.
Eu quero sorrir, juro que tento.
Eu quero ser feliz infelizmente não tento.
Eu quero um amor juro que tento.
Mas não encontro...
Adoro a chuva que cai das nuvens amo a água pura cristalina e vívida!
amo-te ó água pura e cristalina!
A vida nos ensina a perder começar novamente,
ajuda-nos a nos erguer estende sua mão para nos treinar para sermos campeões !!
Se é que esta vida é mesmo a única e a última, me
Responde só uma perguntinha, sujeito: tu tens vivido
A tua vida do melhor jeito, com tudo o que tens direito?
Guria da Poesia
Chá
Bebo chá de todos os tipos
Chás para ficar mais calma
Chás para as dores
Chás para tudo,
Mas sempre bastante cética
Da certeza sobre os chás.
Um belo dia resolvi beber um Xá
A partir de então aprendi literalmente,
Que chás são imprescindíveis
Para aliviar todos os males
Dos erros imprevisíveis.
Egoísmo
Queria você sempre aqui
Do jeito que fosse eu queria
Que você continuasse aqui.
Quanta teimosia a minha!
Não compreender a sua dor
A sua agonia,
Só queria que você continuasse aqui
Para que eu tivesse a sua companhia,
Para que eu pudesse compartilhar as minhas palavras
Mesmo que você não compreendesse mais, o que eu dizia.
Eu queria que você ficasse aqui
Só por mim, nem era por você.
Só você sabia o que sentia
E com toda a sua sabedoria
Desafogou a sua dor
Silenciou.
Deixou-me e nem explicou.
E eu egoísta que sou
Ainda choro e grito a te procurar.
Imagino você aí no paraíso
O que deve estar a pensar?
Deve ser sobre a minha insensatez
A minha pouca compreensão
Sobre tudo que você me passou,
Que a vida é assim
Um holocausto dentro do uno.
E eu egoísta que sou
Paralisei na angustia
De não compreender que o lugar onde está
É o mais aprazível
E iremos nos encontrar.
A ordem do silêncio
Talvez seja tarde para ficar pensando
Escrever e, cair em sufrágio o leitor.
Então indago na proposição o silêncio
A não procura da hipótese verdadeira.
Predestinado ao nada fica alguém
Quando o silêncio comanda a minha intuição.
Em conflito eu entraria neste momento,
E provaria do meu rancor.
Essa repugnância logo lhe diria
A montante o seu valor.
Não! Não tenha então esse direito suposto
Que de nada irá adiantar o seu esforço
Sua vaidade não terá razão.
O meu sentimento abortado
Deixou o espaço ao meu lado desbotado
Sem guardião para a minha base.
O que faço agora neste cair da tarde?
Abro a guarda à ocupação.
QUEM É?
Aquela carne eviscerada sem ossos,
Que mais lembra a’lma em destroço,
De quem correu perigo e foi vencido
Pelo inimigo nada tem a ver comigo,
Há erro nisto, esteja certo meu amigo.
Não posso ser o que o espelho reflete
E que até no ego a imagem repete, me
Nego e o espelho quebro, todo do início
Ao fim e vejo estraçalhar a tua imagem,
Reflexo análogo do que fizeste de mim!
REFERENDO, PRESBICITO: MUDANÇA POLÍTICA
Referendo, sugerir aos legisladores mudar o que já foi manipulado; Plebiscito, escolher o que já foi imposto pelos legisladores; ISSO É ROUBADA!
Mudança política será, de fato, feita pelo povo nas URNAS em 2014. Quero ver se agente no coloca ordem na casa.
NOVAMENTE o congresso me surpreende. A sociedade necessitando, clamando nas ruas pelas questões basilares: SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA; reformulações pontuais, mudança no código penal; e etc. E o parlamento discutindo FINANCIAMENTO DE CAMPANHA.
Se for PÚBLICO: Vai tirar da onde?
Se for PRIVADO: Vai pagar com o quê?
Se for PÚBLICO E PRIVADO: Vai tirar quanto e vai pagar quando?
Sendo assim, quem irá fiscalizar e como será feita esta fiscalização (impossível)?
Estão querendo copiar o modelo Alemão, Americano, inglês, ... Sabemos que a aqui não funciona.
Mais uma vez, de novo, os nossos representantes legislam interesses próprios e, ou de grupos fechados.
Do meu amor ao ódio por Beth
Beth, com a sua varanda cheia de pó,
Suas chaves a darem nó
Seu telefone é de dar dó
Seu e-mail é um bagulho só.
E eu aqui tão inútil
Queria ter Beth para mim
Talvez mais, ser Beth,
Com a sua clássica elegância e sabedoria.
Fico a penar
Sonhando com seu baú
Correndo atrás, com atitude ineficaz,
Beth, rainha.
Eu esqueci a minha alma.
Estrago o meu amor,
Não vejo mais as flores nem as Marias,
Só vejo Beth, a todo vapor.
Não sei mais o que é vida
Viver é estar no encalço de Beth
Quero molestar, importunar, fatigar, do amor ao ódio,
Já que eu não tenho Beth, minha rainha.
Como seria bom esquecer Beth,
Gostar de uma mulher feia e sem vida
Mas, o meu amor não tem bondade alguma,
É fraco, como filhotes de passarinho.
E Beth, nem aí para tudo isso.
Parto da minha inveja à vigília e, vejo Beth,
Indo e vindo, com seu andar de garça,
Lindo! Lindo!
Vergel
Meu querido Vergel, mesmo sendo de bits.
Hoje me despeço, pois vou estar fora por uns dias,
Vou buscar novas aventuras
Para te alimentar de fantasias.
Não fique com ciúmes,
Será um tempo de passagem
Mesmo longe posso te acompanhar
Mas não prometo que será realidade.
A liberdade que tenho
Está em seu jardim mais florido
Têm canteiros mais nobres
E outros esmaecidos.
Meu querido Vergel
Desde que te adotei, mudei de essência,
Vou criá-lo até a minha morte
É o que constrói a minha vida.
Hoje acordei sem saber se sou a solidária
Guria da solitária poesia ou se a poesia é
Que é solidária a esta solitária guria, pois
Em todo canto flui, influi, decanta, clama,
Reclama, declama e num recanto ela me
Chama para lhe fazer companhia e assim
Trazer o nascer do encanto a mais um dia!
Guria da Poesia Gaúcha
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp