Soneto Amor Impossivel
Soneto, “fim de aventura”
— Repentinamente a alegria transformou em entristecimento
— O riso converteu em lamento,
— Surgiram lágrimas e abatimento
— Momentaneamente, o que era paz, se transformou em tormento
— Inesperadamente;
— Na expressão extinguiu a luminosidade
— O afeto converteu em incerteza, não havia mais tanta clareza
— Os encontros converteram em preocupações, já não faziam diferença!
— inusitadamente;
— A solidão se fez presente,
— habitou o coração
— A vida, perdeu o sentido, naquela aventura que estava vivendo.
— Aquela fantasia, perdeu a razão, senti estar sofrendo.
— Imprevistamente, o vento levou, terminou!
Rosely Meirelles
Soneto da laetitia
Em Veneza a laetitia em tudo reina
Mas com o tempo ela há de estiar
Assim como as lindas flores, com o tempo hão de secar.
Entre as papoulas italianas o inverno tem de chegar
O templo de laetitia é onde hão de descansar,
Até o inverno da tristeza por fim acabar
No tempo há dois caminhos, que levam a dois pergaminhos
Que por mais que parecidos são distintos
A amizade e amor são separados
Mas por uma linha tênue são ligados
Mas no fim ambos levam ao mesmo caminho
A laetitia os recebe com apreço
Os que ousaram cruzar a linha
E por fim chegar ao romantismo
Soneto ao Conde de Monsaraz -
E escuto à noite, na Voz do Universo,
cálido, certeiro, feito de Estrelas,
uma Voz que ecoa, deixando-me imerso,
num manto doce de tímidas procellas:
"... há uma Paz infinita na solidão das herdades,
ó Alma das coisas mortas,
eu sinto que me confortas,
nos campos, quando me invades ..." *
E há um silêncio sinistro e misterioso
que me escorre a Alma num pálido sentir,
ora doce ora amargo, ora alegre ou doloroso ...
E sinto em mim, às vezes, vacilante e audaz,
essa voz Eterna, doce, a sorrir,
do Conde de Monsaraz ...
Tens em minha Casa um lugar onde podes pernoitar sempre que venhas.
Tens em meus braços um ninho de amizade que te espera.
Tens em minha Alma outra Alma que sempre esperará a tua Alma ...
*Quadra de António de Macedo Papança, Conde de Monsaraz. IN Musa Alentjana - 1908
Vamos tentar contar as estrelas que Bilac ouvia...
Com este soneto, procuro prestar uma homenagem
ao nosso Príncipe dos Poetas.
Osculos e amplexos,
Marcial
CONTAR ESTRELAS AO LUAR
Marcial Salaverry
Em noites enluaradas,
até o brilho das estrelas é maior,
inspirando almas apaixonadas,
para viver o amor melhor...
Não amar, seria o pior,
e com as carícias desejadas,
uma lição que sabemos de cór,
é bom amar em noites estreladas...
Além de amar, vamos estrelas contar,
parafraseando Bilac que as ouvia,
melhor para a paixão controlar...
Contá-las, para melhor o amor viver...
Ao lado da pessoa que amamos,
Contá-las para melhor as saber...
Marcial Salaverry
“Soneto sentimentos”
— Dou Asas a imaginação, e permito que as doces lembranças do passado sobrevoem sem indagação
— A poeira acumulada pelo tempo é regalia, relíquia do muito que se foi vivido.
— Um verdadeiro privilégio
— Imagino o paraíso,
— Isso é tudo que preciso
— Enxergar através do coração
— Embora a felicidade não seja fácil de se encontrar, uma hora ou outra ela se achega a nos visitar
— Daí então percebemos, que não devemos guardar palavras, deixar coisas por dizer
— Às coisas precisam esclarecer
— Às vezes ficamos ausentes, perdidos na gente
— Vivendo de ilusão, tentando enganar o coração
— No martírio do desencanto, banhado em pranto
— Mas quando abrimos espaço para a paixão, aí vem a emoção, chega como turbilhão, se apodera por inteiro
— A lareira volta acender, e o coração retorna a aquecer!!
Soneto, Falam as Flores!!
— Passo o tempo cuidando das flores, um belo colorido que chega a fazer ruído!
— Existem abelhas em meu jardim, polinizam sem parar…
— Fazendo a vida a brotar, “núm” vai e vem frenético estimulando a vida a nunca parar.
— Elas também incentivam o jasmim a embelezar.
— Existem borboletas de diversas cores!
— Sobrevoando as flores!
— Cuido de meus amores!
— Tenho um Deus cuidando de mim, amor sem fim!
— Admirando as flores!!
— Fico encantada com as alfazemas, que me inspiraram a escrever poemas.
— Às vezes as palavras fogem, mas as flores falam…
— Amo o perfume que elas exalam!
— Rosas-brancas, rosas-vermelhas, rosas-amarelas, são poesias vivas…
— Que posso ver, sentir e admirar, da minha janela!
Soneto alforria
— Com toda serenidade, deixei de
dar ouvidos a palavras vazias
— Desfiz as amarras, me libertei das garras.
— Soltei a laçada, que permiti que me enlaçasse algum dia.
— Que me mantinha aprisionada, difícil até respirar.
— Joguei fora as consternações,
aquelas que faziam sangrar meu coração,
e me punham a chorar,
causando aflições.
— Na esperança de me libertar.
— Joguei tudo pra água do mar levar.
— A maré levou, a maresia deteriorou.
— Tudo se foi na imensidão.
— Deixando livre, e leve o meu coração.
— Agora posso dizer-te
— Sou uma flor fascinante,
— Que estava presa a um coração horripilante.
— Que com alforria, agora, sim, VIVE!
Soneto de ano novo - Sergio Ramoz
Feliz 2023, ano novo que se aproxima
Cheio de esperança, saúde, fé e amor
Que o futuro traga muitas bençãos
E que a gratidão esteja sempre em nosso coração
Que possamos enfrentar qualquer desafio
Com coragem e determinação
Que possamos valorizar cada dia
E encontrar motivos para celebrar
Que possamos ser gratos por tudo o que temos
E compartilhar nossas bençãos com os outros
Que possamos amar incondicionalmente
E construir uma vida plena e feliz
Que este novo ano seja um tempo de renovação
E que possamos encontrar alegria e paz
Feliz 2023, que sejas um ano maravilhoso!
Ausência {soneto}
Bom dia! Pra onde foi a poesia?..
Se não consigo ver as borboletas...
Se as crianças agora espoletas,
Não pensam em doce-ambrosia...
Bom dia! Pra onde foram os pássaros?..
Se não os vejo celebrando o dia...
Se esconderam com a poesia?..
As aves e homens são muito raros.
Se as palavras pudessem consolar...
Mesmo que pudessem a alma ferir...
As feridas haveriam de estancar...
Se homens pudessem voar, voar...
Se palavras homens pudessem ferir...
E se toda poesia pudesse retornar...
poeta_sabedoro
MALDADE {SONETO}
Em minhas andanças por ai, topei com a maldade
Não era tão boa quanto tão ruim, era desfaçatez.
Bem... era dissimulada a cara meio boa, e talvez,
Inexpressiva, tinha cara de nada, pura bondade!
Exclamei: Quantas maldades não reveladas!
Nunca fui bom em maldade, antes ser bondoso,
Talvez eu quisesse dela ser amigo, era perigoso!
Neste mundo cruento, nefasto, de mãos dadas,
Exclamei: Quantas bondades não reveladas!
Quais bondades ficarão ressequidas no tempo?
Quais maldades serão percebidas a tempo?
Maldades, bondades... são somente palavras:
As maldades na sola dos pés sujos, todos verão.
As bondades no lado esquerdo do peito; coração.
poeta_sabedoro
Soneto para Shakespeare
Enquanto sirvo-te, vives a me agredir
Para ti não passo de alguém estranho
Como um cão fiel persisto em te seguir
Tua vil ofensa pra mim é doce ganho.
Assumo as faltas, não oculto o inferno
Dei tudo de mim em troca de migalhas
Fui imaturo, mas sempre amável e terno
Meu amor é puro, como são as falhas.
E que lucro eu tiro deste árduo ofício?
Sendo humilhado em troca de nada
O bem que te faço é arte de suplício.
Um dia eu me canso de tanto repetir
Terás saudades de uma alma cansada
Em pé à tua porta, querendo dividir
Soneto da saudade
Saudade da chuva
Harmonia terrestre
Saudade estava
Acalanto a alma
Saudade do sol
Estrela terrestre
Saudade estava
Acalanto a alma
Saudade estava
Da minha doce amada
Pensante fada
Saudade estava
Da madrugada... Atordoada
Assim serena, ô doce amada
Todos a postos?
Embarquemos no soneto
A ver nuvens entende-las
Fazer rimas em quartetos
Finalizar em tercetos
E sonhar sob as estrelas
Soneto: Gente Maledicente
"Com línguas venenosas, a falar,
Gente maledicente, sem perdão,
Com mentes tão vazias, sem pensar,
Destilando a maldade em cada ação.
São como cobras, prontas a picar,
E sem nenhum pudor, sem hesitação,
Destroem vidas, sem nunca se importar,
Com a dor e a tristeza da outra condição.
Mas não se enganem, pois o tempo há de chegar,
E a justiça divina, sem hesitação,
Há de julgar, e sem jamais perdoar.
Então, que fique a lição, com muita atenção,
Que a língua é a espada, que pode afiar,
E o veneno que se espalha, é a própria destruição."
Soneto 121 (CXXI)
É melhor ser vil do que vil considerado,
Quando não se é, e ser repreendido por sê-lo,
E o prazer justo perdido, que é tão caro
Não por nós, mas pela opinião alheia.
Por que a visão falsa e adulterada dos outros
Deve julgar o meu sangue ardente?
Ou minhas fraquezas, enquanto o mais fraco espia,
Que por eles seja mau o que acredito bom?
Não, eu sou quem sou, e eles que julgam
Meus erros reconhecem em mim apenas os deles;
Posso ser reto, embora eles sejam tortos;
Diante desses pensamentos, meus atos se ocultam,
A menos que esse mal geral que eles mantêm:
Todos são maus e em sua maldade reinam.
Soneto ao vinho
Entre os espinhos dessa vida agreste
O vinho nos conforta a dor do peito
Um cálice, um brinde ao amor celeste
Que acalma e nos traz paz em seu deleite
Em nosso ninho, aconchego e carinho
Onde o amor floresce como trigo
Em noites frias, ao som do pinho
Aconchega e aquece nosso abrigo
E assim, entre espinhos e flores
A vida segue seu curso sem temores
Ainda temos fé para amainar os dissabores
E que o vento esteja ao norte e a favor
Que em nosso ninho habite luz e calor
E que a vida seja sempre um brinde ao amor
Soneto à Diana
O sabor tão amargo de uma vida,
não me privou desta quimera doce,
uma jarra de crítica ferida
que hoje brinda uma paixão precoce...
Cativo desta saudade regida,
fenecer na clausura achei que fosse,
barganhei com teus seios a saída,
tornei-me mais ainda tua posse...
Tocaste-me, anjo, a carne consentida
na compulsão por ti só requerida,
domaste-me, lasciva, em sedução...
Com suas cifras vivas e fundidas,
maestrina destas notas tão ardidas,
soubeste me tornar composição.
Soneto bandoleiro.
Muito se tem dito,
pouco se tem feito,
e o tido como perfeito,
é, desastrosamente, desfeito.
Muito se tem falado,
pouco se tem agido,
e o que era tido como certo,
hoje se esgueira; na sombra escondido.
Seria da natureza do homem,
tamanha afronta que nem se dá conta
de seus semelhantes esfomeados que somem.
Os infortunados banidos, bandidos,
como se fossem bandoleiros,
porque acabou o dinheiro?
SONETO CHORAR
Chorar é uma forma de comunicar
Se a dor que incomoda
Ou o sentimento que aflora
Até mesmo se amor foi embora.
Chora-se de felicidade
Do amor reconquistado
Da viagem programada
Do esplendor do dia.
Chore simplesmente por chorar
Se um dia o amor não encontrar
O mesmo que possa fazer parar.
Mesmo por nada se deve chorar
Pois lágrimas são belas
Ao vê-las no rosto rolar.
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