Somos Passaros de uma Asamario Quintana
Juras de morte
O amor bebe em minha taça.
Senta à minha mesa.
Não antes de adocicar minha bebida
Predileta
E temperar minha comida
Com pimenta malagueta.
Que arrebenta em ardor
De fogo que acalora tudo em volta
De mim.
Meu corpo e minha alma
E brinda à minha medida
De alegria. Enorme.
Esquenta a minha voz
Quando canto solto fagulhas e
Brasas incandescentes.
E fico nesse êxtase por que
Não me dá trégua.
Refugia-se em meu leito
Refestela-se em minha cesta
Tem nome e sobrenome
Impressos na página da minha vida
Em letras garrafais.
Fiz pacto de sangue
E juras de morte com o amor
Assim:
Ir embora daqui quando ele se for
De mim.
Miligrama de verso VI
Amo você...
E esse fato me dá coragem para atravessar
Sozinha
O deserto do Saara.
Você me ama?
Minha vida pode ser o próprio deserto
Que poderei atravessá-la sem tristezas
Pois cabem dentro dele milhares de Oásis.
De novo o Amor
Entrou o amor pela janela
Da minha alma.
Como se fora um chuvisco
Fino e leve
Pareceu-me a mim que seria breve.
No entanto, enganou-me e deteve-se
Empacado. Encravado.
Apossou-se de cada canto do meu Eu ingênuo
E foi tomando conta de tudo que ele é.
Da minha esperança, da minha fé
Dos meus sentidos e razões.
Sonhos e ilusões.
Assenhoreou-se de tudo
E quando dei por mim
Já não havia mais como retroceder e
Esconder-me dele.
Despencou torrencialmente
Dentro do meu coração.
E, enfim, virou tempestade
E sem piedade
Transformou-se em um calamitoso Tufão.
Para Machado de Paulo: poemas são o que escrevemos, e poesias é o que da ritmo . Sei que um dia, a senhorita, será a poesia mais tocada no coração de alguém, e a escrita mais falada entre os poemas.
Meus Espaço
Tomarei posse do que é meu
Estou requisitando o que nasceu
Predestinado a me ter por dona
Nem em sonho me abandona
Minha noite de luar
Meu jardim e meu pomar.
Meu festival e meu luau.
Meu dia ensolarado
Meu refúgio encantado.
Minha sina. Meu destino.
Meu luzeiro. Minha mina
De diamante vermelho
Meu espelho
Que reflete minha alma.
Minha calma.
Calmaria e alegria
Minha dança de amor.
Minha música predileta.
Minha orquestra completa
E harmoniosa em consertos
Que me desconsertam por magia.
E me deixam bêbada de euforia
Qual é esse mágico lugar?
É o espaço que fica
Entre o teu tórax e os teus braços.
É isso mesmo
É o teu abraço.
Olhar de fogueira
Tira de mim esse olhar
Que queima como fogueira
Ilumina igual luar
Em noite de Lua Cheia.
Não quero me apaixonar
Vai doer com dor de morte
Igual navalha cortar
E mudar a minha sorte
De alma desimpedida
E meu Sul vai virar Norte
Da calmaria da vida
Nunca mais serei consorte
E vou sofrer de saudade
Se afastares, enfim...
Se teu olhar desviar
Um só instante de mim.
Debaixo do travesseiro
Poesia dentro da alma
Transito pela vida celebrante.
E se existe algo
que me acalma
É postar minha alma agonizante
Ou festiva
Segura ou à deriva.
Nos meus versos
Que às vezes rimam, ora não rimam
De acordo com o clima
Do meu coração
Minhas singelas palavras podem evocar
Saudade de uma vida querida
Lá atrás e por força maior
Não acontecida.
No entanto prossigo
Com perfil altaneiro.
Com a pose de quem ganhou todos os jogos
E meus rogos
Escondo-os debaixo do meu travesseiro
Albatroz
Albatroz quero barganhar
Com a minha inércia o teu revoar
Preciso dele pra encontrar
O meu amor neste mar
Do destino tão extenso
Tão denso
Que não consigo enxergar
Onde ele se encontra
Em qual onda ele navega
E se me espera.
Ensina também pro meu bem
A ter somente um amor
Da maneira que procedes.
Que para ele ser feliz basta ao meu lado
Permanecer até o fim.
E com igual sorte
Tua. Até a morte.
Troca de lugar comigo
Seja meu amigo.
Necessito sondar o céu.
E voar pelo infinito
Pro meu grito
De amor chegar onde ele está
E fazê-lo entender que estou solta e só
À espera de um único abraço
Mas, eterno.
Que ano foi esse?
Que ano que é esse, que termina assim
Eu sem você e você sem mim?
Que ano foi esse que me levou seu amor?
Pro ano que vem eu peço um favor.
Devolve meu bem, que eu só vou celebrar
Se a vida trouxer meu amor pra ficar
Juntinho de mim com juras de morte
Se houver outra ida que seja por sorte
Dos dois lado a lado caminhando na estrada
Da vida e felizes. Só isso me basta.
Não vou festejar e nem veja talvez
Os fogos brotando no espaço outra vez
Estou preparando um abraço maior
Que essa tristeza de angústia e de dor.
E meu coração há de destilar alegria
E morrer pra eu nascer na pura magia
De amar sem medidas, e não haver mais
Entre nós dois, separação, despedidas.
Pro ano que vem, eu quero de volta
Meu bem, meu amor, só isso me importa.
Bem-vindo Menino Jesus
Está chegando um Divino
Menino nascido de um sonho
Menino querido feliz e risonho
Do Pai predileto
De glória repleto
De luz e esplendor
Garoto dileto
Oriundo do amor
Deus menino nascido
Da flor
De nome Maria
De alma singela
Dentre todas a mais bela
Humilde e estrela
Leveza de alma
Que a todos acalma
Se a buscam em louvor.
Mulher Divinal
Mãe do Redentor
É filho, o Altíssimo
Jesus, o Senhor
O Filho do Pai, Unigênito
De poder revestido
Oh! mãe, teu menino
Nós é muito bem-vindo.
Oh! doce menino.
De poder revestido
Mudou nosso destino
Seja muito bem-vindo.
Transparência no olhar,
não ser notada as lágrimas,
transparência no falar,
não ser notada as palavras,
embora, eu esteja transparente,
mudo serei notado facilmente,
mas o bom de ser transparente,
é conseguir se olhar no espelho de nossa mente.
A vida é BELA
Concordo que é a vida é de fato, bela!
Quando me debruço na janela
Da minha alma
E com absoluta calma
Contemplo as maravilhas
E os esplendor que existem
Em todas as criaturas
E revelações da natureza
No ruído do vento
No barulho das águas
No caminhar apressado das nuvens
No gorjeio dos pássaros.
No sol radioso
Na dança da lua: nova, crescente, decrescente, cheia
De amor e beleza
No cheiro da mata
De verde tingida.
Nas cores fulgurantes de um arco-íris.
E tudo tem uma proposta e uma mensagem
De paz e esperança
Pro ser humano que só não os entende
Por que não pára
Pra ouvi-los.
A Amada
É tão bom estar aqui.
Passeando pela vida de bem com ela
Com meus amores e celebrando com o Universo
A magnífica permissão de poder sonhar.
E orquestrar todas as músicas que componho na alma.
Minhas melodias transmitem uma paz interior
Pro meu querido ego e desapego
De tudo que me é nocivo e perigoso
Gosto de caminhar por esta estrada
Que me foi oferendada
Para ser simples e feliz dentro do que cabe
No meu coração e quando almejo.
Pego. Requisito todo o meu desejo.
E sou correspondida pelo Criador
Que me ama com imenso amor.
Nesta maravilhosa estada.
Sou a absoluta Amada.
Amor
Guardei um luar no meu quintal pra ti
Armazenei na gaveta melodias de amor
Plantei carinho às pencas e depois senti
Necessidade de imprimir maior ardor
Nos versos que eu tecia à luz do luar
Pra recitá-los baixinho e te ver sorrir
Esperei uma vida só pra te encontrar
Numa vida inteira só pra te servir.
Coloquei um trovão dentro do peito
Só pra ribombar, trovejar minha cobiça
Toda vez que me olhar meio sem jeito
Com esse olhar de menino mais bonito
E em os todos os castelos que eu criei
Existe apenas um soberano, único rei.
E em total plenitude me ganhas
Sem barganhas.
A Vida é Agora
Acorda amor
Sou eu o teu sonho
Menino risonho
Desperta pra vida
Que acaba tão logo
Depressa ela passa
E a tua pirraça
Fingindo ter sono
Vai nos separar
Cansei do abandono
Esquece o teu jogo
Abaixe tua guarda.
A vida é agora
Não vem outra hora
O amanhã é incerto
Talvez nem exista
Pra um de nós dois
Não deixa nosso amor pra depois.
Toma jeito
Recoste em meu peito
E segrede então
Que é meu, e só meu
O teu coração.
A Tragédia do Paquistão
Que sonho foi brutalmente interrompido?
Como Malala o de um ativista destemido?
Como Sharif o de um Primeiro-Ministro?
Ou um cantor como Kamal?
E não há nisso nenhum mal.
Qualquer que seja o sonho
Foi medonho
O interrompimento do desabrochar
De meninas e meninos paquistaneses.
Pelo ataque hediondo.
A poesia estancou nas ruas
Da triste Peshawar
E a dor espalhou-se no ar
E nos corações de pais
Que nunca mais terão de volta
A visão do seu amor
Seu pequerrucho se assomar na porta
E gritar respondendo um “ei”.
Mamãe! Papai! cheguei.
Meu Canarinho
Meu coração ouviu o teu chamado
Nem foi preciso meu nome gritar
Minha mente afetiva leu o teu recado
Nas ondas de amor. Voltei pra te buscar
Já estava em outra estrela distante
Há milhões de anos-luz da terra
Mas regressei no mesmo instante.
Não quis te deixar à minha espera.
Voltei. Estou aqui porque te amo
Voltei. Estou aqui porque te quero
Tenho dentro de mim um oceano
De amor e de carinho. Não exagero
És o meu sol. Voltei pra me aquecer
Longe de ti, minha vida é tão sombria
És meu farol, meu norte, meu bem-querer
Sem ti sou nada, sem nenhuma alegria.
Ah! Meu amor. Não posso mais fingir
Que posso te deixar aqui sozinho
Sou tua gaiola, não podes mais fugir.
Das minhas grades, és meu canarinho.
Amor de Devaneios
O teu olhar de sol me queima se me olhas
A tua boca de mar me traga se me beijas
As tuas mãos se transformam em amarras
De amor, quando me prendes se desejas
Servir-te de mim entre suspiros e desmaios
E elevar-me à condição acima da humana
Etérea de Arcanjo. Rendo-me se teus ensaios
Orientam-me pra tua performance soberana
De rei. De sabedor de coisas divinas, preciosas
Que fazem o corpo desmanchar-se em chamas.
Desintegro-me com as tuas carícias saborosas
E renasço como fênix das cinzas e entranhas.
Que de amor tu sabes contar vários segredos
E eu bebo nesta fonte sem pudor e sem receios
Descerro pra ti todos os véus dos meus medos
E vivo eternamente assim, por ti, em devaneios.
O momento que você apaga a luz, deita-se e põe a cabeça no travesseiro fechando os olhos. Esse é o momento em que enveredamos pelo imaginário, sonhamos acordados, afinal jaz sepultado todo barulho e furor do dia, nesse momento tua alma é livre, esse é o verdadeiro sentido da liberdade plena do ser.
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