Somos Passaros de uma Asamario Quintana
Medida Certa
Seu amor é um frescor na minha caminhada
Ora em bosques, ora em quebradas
Feito poema de Neruda ao meio-dia
Ou versos da Adélia num ocaso.
Coisa de rir ou de chorar, igualzinho a filme
De Carlitos
- E assim descubro a cada dia que menor
Que isso é não-amor.
A Vida na medida certa, e de modo igual,
Comédia romântica de Woody Allen.
Amor verdadeiro é um novelo repleto de redondilhas
E que logo estanca minhas ilhas em dias funestos;
Coisa de pegar com a mão, tangível.
Feito fruto macerado pelos dias
Donde extraio o sumo da semântica;
Portanto, amor é o outro refletido,
Qual espelho d'água;
É um no outro e todo o sentido.
Salto de Pé
Eu nunca escrevi os meus poemas sem esmero
Escrevinhar um simples poemeto pode conter
todo um devir que nunca chega...
Dei duplo twist carpado, cada verso me suspende
Mortal kombat e o escambau a quatro
No entanto, é monólito de frieza.
- A sua ternura eu espero.
Ninguém sabe a criança que é, ate, conhecer seus pensamentos e ter a visão ampla de um leve pensamento bem estruturado, mas isso leva tempo, depois de ultrapassar a idade e deixar a idade estar no devido tempo, daí, iremos pensar na criança que já fomos.
IMPRESSIONISTA
Quero um poema que diga
O quanto gosto de você
Grávido da poética de Neruda
Entorpecido da doçura de Monet.
Um Planeta escarlate em suas maçãs.
Sinto-me assim um bardo
Ao lhe trazer todas as manhãs
versos e trovas...
E, após o entregar de cada agrado
Vejo no seu rosto o avermelhar de suas maçãs.
Por isso mais escrevo... e mais me dedico...
Vermelho, escarlate, rubro, encarnado,
colore de pronto pele, pelo e meu planeta;
todo dia é dia de vermelho multicores:
Jambo, jamelão, pitanga, morango - e claro:
maçã na maçã.
ERAM NOITES DE PIRILAMPOS
Era um baião de dois
Eu mais você
O verso e reverso
Água de moringa
Galope de dez mil léguas
Eu de pardo, era agora todo
esbranquiçado de poeira
Pegava do bojo, sacava a viola
e descosturava um repente
Eu era o rei das quermesses
Um poema com nada de hipérboles,
sem metáforas e nem superlativos.
-Ganhei vosmecê com muita prece.
E, confesso, nunca soube o que era isso
Fazer poema é bonito, mas difícil.
E com a noite descia a lua,
e no nosso quarto morava o paraíso
A questão é
Cedo ou tarde todos cairemos em desilusão. E isso é tão ruim, pois quando se está com a total certeza sobre algo, como se nada nem ninguém pudesse interferir naquilo, como se tudo conspirasse a seu favor e, de súbito, como num passe de mágica, tudo desmorona.
Tudo se esvai, caímos em um abismo profundo e obscuro, e seus sonhos e devaneios mais intensos e sinceros são bruscamente frustrados e forçados a não existir. E então, como de praxe, você chora, mas não como uma criança que perde seu melhor brinquedo no parque, mas como alguém que foi forçado a viver nesse mundo medíocre, onde ninguém é capaz de reagir, nem ao menos sonhar. Escrevo esse texto apenas por carência de mostrar ao mundo sentimentos tão profundos e, ao mesmo tempo, hoje considerados tão banais.
Sinto um frio gélido e intenso cortar meu corpo, como a lamina de uma espada. Você não pode reagir, não pode gritar, mas não por não querer e sim por não ter mais forças para isso. Você implora diariamente pela morte, mas a mesma parece nem ao menos saber seu nome, você entra em decadência, cada vez mais degradante. Você já não chora você já não sangra, você já não sonha. Você vive, mas vive pelo simples fato de a morte estar “de mal” de você. Flores já não esboçam um mero tom de marrom e todos os dias você olha para o sol mas ainda assim sente frio. Você quer correr... quer chorar... quer morrer! Mas quem foi que disse que querer é poder?
Às vezes sinto-me meio que perdido nesse mundo...
Sinto como se não pertencesse a este lugar...
Sinto que não me enquadro...
Que não sou aceito,
Que não faço parte daqui.
Já tentei buscar novos horizontes...
Viajei, cruzei milhas e milhas atrás de não só ser aceito mais sim me encontrar..
Lamento já nessa etapa final de minha vida não poder falar que valeu a pena,
Tantas mudanças, tantos idiomas aprendidos, tantas culturas conhecidas
E mesmo assim não preencheu aquele vazio que sinto ate hoje dentro de mim.
Sinto que nunca me enquadrei nessa sociedade...
Para mim tudo não passava de uma tela monocromática onde as pessoas viviam,
E nada mais,
Apenas viviam,
Seguiam suas vidas sem olhar para trás.
E se minha vida se resumir em ter que viver todos os dias apenas com o objetivo de lhe fazer sorrir... Já terá valido a pena.
O marketing pessoal e as Redes sociais
E se pensar no marketing da vida.
Como ele era?
Como ele está?
Como as redes sociais influenciam?
Estava pensando no marketing da vida, o marketing que era feito há 30 anos, e no marketing que é feito hoje.
Para facilitar vamos comparar as pessoas a eletrodomésticos, sim a eletrodomésticos, calma que no final será fácil de entender.
Quando os aparelhos eletro eletrônicos começaram a surgir os fabricantes se orgulhavam por sua durabilidade, e era comum chegar a uma casa em que um pai de família se orgulhava da sua tv, tv esta que já durava mais de sete anos, e apesar de passar por mudanças de local, crianças, sucos derramados, às vezes tombos, lá estava ela, cumprindo seu papel.
E assim funcionavam nossas vidas, por mais duras que fossem elas tinham um prazo indeterminado de validade.
Hoje as campanhas de marketing já nos empurram algo bem diferente, e isto é chamado de: “Inovação”, esta inovação traz com sigo uma legenda, TROQUE O QUE É VELHO PELO QUE É NOVO.
E nós, como bons ouvintes que somos, trocamos.
Não que isto seja ruim, afinal o que já não nos serve “talvez” deva ser substituído.
Mas infelizmente o ser humano é adaptativo, e não fica somente no âmbito material, ele acaba levando isto para a sua vida.
De forma que o marketing feito através das redes sociais sempre irá demonstrar algo novo e mais bonito, vai lhe trazer uma vitrine enorme cheia de sugestões.
Junto dessas sugestões vem toda uma embalagem linda e maravilhosa.
Da mesma forma que trocamos os eletro domésticos, trocamos as pessoas, assim como a tecnologia é cada dia mais descartável, a vida também é; casamentos, relacionamentos, amizades duram cada dia menos, a cada hora que passa nos importamos menos em fazer com que algo dure, pelo simples fato da vitrine estar em nossa frente, é mais comodo trocar do que consertar.
O que mais me assusta não é a vitrine; mas a propaganda enganosa, o marketing feito para deslumbrar, onde podemos enxergar o que QUEREMOS ENXERGAR, onde tudo é bom, tudo se conhece do produto, é como uma descrição que já vem embutida na embalagem, como funciona, do que gosta e como cuidar...
A grande questão problema é:
O que é verdade no marketing pessoal?
Até que ponto realmente se conhece alguém pelo marketing que ele faz da sua própria vida?
E o mais importante: até quando esse marketing vai impedir as pessoas de viverem uma vida completa?
Até quando seremos peças de manipulação de uma mídia que só pensa em tornar nossas vidas descartáveis?
Deveríamos sempre nos questionar sobre a qualidade do produto, procurar saber informações, olhar nas entrelinhas, e saber analisar as informações, pode ser que o produto seja bom, mas pode ser que seja somente mais um produto descartável com o mecanismo interior que não dura um mês.
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