Somos Passaros de uma Asamario Quintana
As vezes temos que afundar a cabeça na água para esmorecer o raciocínio e meditarmos em tudo o que fizemos durante toda a vida.
E quanto mais pensamos, mais fundo mergulhamos, talvez em busca de explicações que nem exista respostas.
Então me pego a imaginar, será que foi por omissão, medo de errar, ou se aventurar demais achando ser o dono da razão, que deixei a vida tomar tais proporções, não sabendo muitas das vezes discernir o certo do errado? Ou será que estou no caminho certo, mas que diante tantos obstáculos me faz sentir a dúvida?
É hora de fazer uma pré - avaliação, deixar a vida agitada do cotidiano de lado um pouco e mergulhar de corpo e alma na imaginação, refletir sobre tudo, e ver se ainda vale a pena percorrer esse caminho. Ou se já está na hora de mudar de trajeto. Tenho que buscar a minha felicidade, fazer valer a pena o meu dia-a-dia, pois ninguém poderá fazer isso por mim, exceto DEUS.
Pois somente Ele nos conduzirá ao paraíso e nos fará verdadeiramente feliz!!!!
"H.A.A".
Boa tarde,DEUS não está morto! Ele é bom todo tempo e em todo o tempo Ele é bom!!!!
Temos que cuidar e preservar as águas de lazer e de consumo de Bertioga. Temos água, fonte da vida e a maior riqueza da humanidade.Temos o petróleo do próximo século.
Você nasce vazio e as expectativas vão te preenchendo pouco a pouco. E com elas tantos outros sentimentos.
Vivemos, simplesmente porque temos que viver e, quando a morte se torna um opção, desejamos viver. E nesse aparente simplismo convivemos com a despercebida complexidade que é o tempo. Este transforma a expectativa em agora, o agora em já passou e o já passou vira passado e azar de quem não foi o sujeito ativo da oração.
Nesse cenário vamos acumulando muitas coisas, vitórias, derrotas, alegrias, tristezas, admiração, decepções, riquezas, dívidas e passamos a acreditar em seus valores e valoriza-los muito além do que deveríamos. Diante disso tudo, de tudo que vira passado, eu afirmo que o agora e as recordações são duas das maiores riquezas reais, ainda que subjetivas,pois elas são exclusivamente de cada um e ninguém pôde, pode ou poderá mudar isso.
Existe um improviso em cada suspiro. Até o coração não segue o “script” e saí do ritmo.
Vivemos um teatro cuja peça se desenvolve assim, a cada momento, a próxima cena, o próximo capítulo desbravado a cada acontecer.
E o que pode parecer um tremendo fiasco teatral é a mais perfeita peça que não permite ensaios.
Quando comecei a escrever não imaginava o que escreveria, muito menos como terminaria, apenas aconteceu, de improviso, como de costume, tudo se desenvolveu, nasceu, aconteceu a cada letra, a cada palavra, a cada frase, a cada ideia que não pôde ficar parada para não ser atropelada pela próxima que vinha logo atrás.
Então, não fiquemos parados, existe um improviso esperando por cada um de nós, e tantos outros acontecendo agora mesmo. Agora? Já passou! Pegue o próximo segundo e improvise!
De poucas palavras eu estou
excluso das reuniões de letras
Que libertavam meus pensamentos,
Não lidos, solitários trocados pelas migalhas da indiferença, superados pelo ibope das banalidades da imensidão desse universo digital.
Desprezo aqui o medo do erro, agudos ou circunflexos, dos acentos, dos conceitos maiúsculos em frases minusculas, dos conceitos minúsculos sobre ideias maiúsculas.
Poupo-me, pois no meu silêncio eu não ouço os gritos da indiferença, na minha omissão eu não percebo quanto inútil seria tentar mostrar o que ninguém faz questão de ver, incomodo comodismo, dissonante conformismo.
Exacerbei, joguei mais uma vez, sem medo algum de parecer pretensioso ou arrogante, pérolas aos porcos, fazendo-me sentir a mais numa terra que só quer menos.
Simples explicações e complexa compreensão, gerando-me a dúvida sobre o simples e o complexo, fazendo-me duvidar também sobre a sanidade do emitente e a insanidade do destinatário, em que parte a sanidade perde-se em si, em que parte a insanidade tem razão.
De simples não resta nem esse meu pensamento que perplexo fica com o complexo entendimento sobre a simplicidade.
Esperava pelo tempo que, desconsideradamente, não me esperou. Agora preciso partir, acelerar porque ele me olha com desdenho pelo retrovisor e, apesar de o sentir perto, o vejo sumindo no horizonte.
Esse cara sou eu?
Com o sucesso "esse cara sou eu" vejo comentários e suspiros de mulheres que procuram "esse cara" e outras que dizem que " esse cara" não existe.
Será que quem procura "esse cara" é "essa mulher"?
Porque se for "aquela mulher" só encontrará "aquele cara".
Então, para "aquelas mulheres" (que são consideráveis nas estatísticas), desculpem-me acabar com seu conto de fadas da vida real, mas "esse cara" morreu.
(texto escrito em virtude da música do Roberto Carlos que fez sucesso em uma novela e gerou muitos comentários por parte das mulheres nas redes sociais)
O palhaço sorriu e ninguém percebeu o seu choro,
O palhaço chorou e todos riram,
O palhaço falou verdades brincando e ninguém acreditou.
O palhaço rolou, correu, pulou e gesticulou mas ninguém entendeu o seu pedido de socorro.
O palhaço foi o único que não achou graça por assistir uma agonizante platéia incapaz de compreender que suas brincadeiras falavam de uma triste realidade e que suas verdades eram brincadeiras sem a mínima graça.
MATEMÁTICA DE SOLTEIRO
"Nós", solteiros, de certa forma, estamos todos nas prateleiras, sendo escolhidos e escolhendo pelo sabor e pela embalagem. Por descuido somos substituídos pelo produto mais novo, que também será substituído, numa sucessão frenética que alimenta a solidão e não aplaca a fome. Tornamos-nos mais um rostinho na lista de nomes do "Whatsapp" e do "Facebook", tornamos-nos estatística e vaga lembrança. Nunca gostei de matemática, mas não tem como a ignorar, afinal nos tornamos números de uma simples equação que fazemos questão de complicar.
Eu ando pensando, penso parado também, o que de certa forma me faz um andarilho da mente, um ausente ser presente. Ando, não importa aonde, paro não interessa onde, sempre estou sentindo os meus pensamentos, sempre estou pensando sobre meus sentimentos.
O TALVEZ
Talvez agora, talvez depois, talvez algum dia, talvez dia algum, talvez sim, talvez não. O talvez é um passageiro que se senta ao meu lado e depois levanta, muda de lugar e depois volta, inúmeras vezes no longo percurso. É uma dúvida certa, uma certeza que tenho.
FUNÇÕES DE LINGUAGEM
Hoje eu acordei buscando a compreensão gramatical do dia,
Sem espelho à minha frente apenas pensei sem ver
E sobre nós, digo, sobre mim e sobre o dia, construí muitas funções de linguagem.
Tentei ser denotativo, mas apelativo e expressivo sem ser poético foi o que consegui,
Assumindo, com a humildade de quem se rende, a metalinguagem como sendo fonte de auto análise e como desculpa para ser conativo.
Esmeralda
Minhas lembranças desbotam com o tempo, elas murcham e morrem como meras rosas no jardim. Mas a esperança não, ela ascende e se expande como a reluzente luz do crepúsculo, cegando todos aqueles que ousam contemplá-la. É um sino que não cessa de soprar, mesmo quando todos já estão surdos e mal podem respirar.
E embora as minhas memórias estejam perdidas no inesgotável alfabeto de Hipnos, jamais serei capaz de arrancá-las, pois uma vez sendo morada do coração, a ternura torna-se um hospedeiro eterno, tal qual céu e estrelas, chuvas e trovões, relâmpagos e clarões, desejos e sensações.
E nada hei de fazer para esquecer a beleza do imaculado quadro da aurora , cujas letras escarlates e esverdeadas fizeram os anjos silenciar e os montes e ventos perderem seu etéreo resplendor, como um culto épico e soberano a beleza materializada em forma de uma simples mulher: a fada esmeralda dos sagrados vales do amanhã.
"A vida é um passeio por entre os verdes da esperança, é a energia da luz dos olhos de quem amamos, é o sorriso das bençãos que carregamos".