Somos Passaros de uma Asamario Quintana
“O egoísmo, o orgulho, a vaidade, o ódio, o rancor, a vingança, a mágoa, a ingratidão, a maledicência, a inveja, a ambição, combinaram um encontro para um banquete regado a drogas, bebidas e tendo como prato principal um ensopado de cobras, lagartos e escorpiões , todos com veneno.
Saíram após o lauto almoço mais, muito mais fortalecidos.”
“O orgulho disse ao egoísmo:
-Eu não vivo sem você
Ao que o egoísmo respondeu:
-Fomos feitos um para o outro”
“Se alguém almeja que sua vida seja um eterno mar de rosas, as rosas murcham e só ficam os espinhos, para sempre.”
O ódio pode te dar coragem para me fazer o mal, mas sei bem que essa coragem é por saber que levo o amor no coração e que assim não irei retribuir a maldade. Para conseguir me conhecer e enxergar a minha essência é preciso abandonar toda a inveja, ter paciência, me observar sem pressa.
Juntos podemos caminhar, para que da forma que eu te admiro, você possa me admirar.
As vezes ficamos distantes.
Sinto a falta de um sonho... As vezes preciso sonhar porque preciso de quem tanto sonho. Sonhar as vezes dói, as vezes alimenta uma felicidade... Sonhar as vezes é sentir sem poder realmente ter.
Esse mundo digital sem fronteiras, de quilômetros vencidos em segundos, de muitas letras e poucas palavras, está cheio de gente só, inserida em um contexto que retira da vida a própria vida.
Cada passo um clique
No tique e taque do relógio
Na hora do selfie
A vida passando
Para o momento registrar
Ganhando o ponto
E perdendo a partida
No meio do momento
A dúvida sobre o tempo
Do ato de registrar
Do instante a passar
Sem se perguntar
A quem devemos enganar,
O vizinho a observar,
O amigo a fuxicar
Ou a nós mesmos, no flash
Congelados vendo sem enxergar
A areia da ampulheta da vida derramar.
Meus pensamentos se movem por vontade imprópria, com muita propriedade, quando não resolvem ter vontade própria.
Se cada pensamento, no singular, correspondesse a um passo, no plural já teriam dado voltas ao mundo. De quantas voltas estou falando? Há segundos não saberia precisar, neste instante está mais impreciso ainda.
Entre suposições e probabilidades, estou quase parado, locomovendo-me lentamente ante a assustadora velocidade quantitativa do pensar, porém locomovendo-me rápido demais ante a formiga que acabei de ultrapassar quase sem notar, numa dúvida sobre que ritmo manter e sobre que rimas utilizar, numa briga entre perspectivas, alimentando, “paranomaticamente”, expectativas, assassinando, por vezes, a ortografia por puro capricho, por leviano desleixo, por movimentadas vias, por congestionados questionamentos, por transitivas frases oriundas de intransitáveis pensamentos.
Que confusão é esse meu pensar!
Aquí parado, esperando, entre tantas caras y voces extrañas, me siento, en parte , extraño también. Quieto, callado, pero no en silencio. Me gustaría encontrar el botón que apaga esta máquina de pensar. En este ruido todo lo que percibo es lo difícil que es estar solo y lo mucho que cuesta convivir con nosotros mismos, por eso nos refugiamos en libros, películas, aplicativos, y tantos otros medios de comunicación que nos impiden esa convivencia intimidatoria.
Depois de muito tempo, ao ler meus textos, se eu não prestar atenção, não os entendo. Sempre culpei as metáforas, mas talvez seja culpa das inúmeras vírgulas que explicam e complicam a compreensão da minha vida a passear entre elas.
O Brasil é mestre em produzir ídolos de barro: estes que foram colocados no poder sem merecimento ou motivos plausíveis. Essas pessoas, além de não acrescentarem absolutamente nada, ainda contribuem para o declínio moral, intelectual e ético do país. Em outras palavras, são seres usados por uma força maior para corromperem os outros e degenerarem os princípios da esperança, tal qual um anjo caído que se dedicou a destruir o palacete que lhe deu origem por conta de uma alucinada e apatetada decisão.
O espelho nunca conseguirá reproduzir a verdadeira face do homem. Ela é um objeto que não pode ser refletido em nenhuma criação humana, visto que mora em um lugar inalcançável aos olhos e absolutamente indetectável as imaginações.
Amo quem me rouba as palavras, provando que as minhas convicções eram apenas certezas que não haviam sido comprovadas.
A moça mais bela da cidade é aquela que passeia na simplicidade de suas palavras, caminhando lindamente na doçura e plenitude de sua meiguíssima voz e navegando formosamente na poça de suas serenizadas e lídimas canções.