Somos Frutos de uma Geracao

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A Casa de Jorge

Uma catarse bem feita era um caos anunciado,
na casa de Jorge, tudo era sagrado e profano, misturado.
Quando deixava a filha ir ao centro espírita, em paz,
perguntava-se em vão por que sua fé nunca mais.

Falava baixo, num tom de ironia e desvelo:
— Minhas crenças têm rosto, mas não têm espelho.
Covardes são deuses com forma e razão,
que pedem joelhos, mas negam o pão.

Virou-se à esposa e, num riso cansado,
disse: — Rosas e borboletas são belos pecados.
Mas de nada adianta beleza na pele,
se a fome é o que fere e o tempo repele.

A TV seguia o jornal — tragédia e ruído.
Jorge apenas via o mundo perdido.
Foi então que a filha, pela porta direita, entrou,
e o silêncio da casa, de leve, mudou.

Contou-lhe cinco amores, cinco quedas, cinco vias,
e cada história acendeu antigas nostalgias.
Por um instante, pai e filha se olharam contentes,
como se o tempo, cansado, parasse entre gentes.

Mas o tempo não cessa, é cruel e atento.
Trouxe com ele um último contratempo:
um estalo no gás, um sopro, um ardor,
e o fogo tomou o lugar do amor.

Explodiu o botijão, queimando os momentos,
os risos contidos, os sentimentos.
Restou o ar seco, o chão em ruína,
e a fé consumida na própria fuligem fina.

Assim, a catarse se fez, por inteiro,
limpando a dor, mas num fogo traiçoeiro.
E na casa de Jorge, entre cinza e verdade,
ardeu o milagre da humanidade.

Luccas Perottoni

O Rei de Pão e Covardia

Era uma vez um francês,
chamado Michael, burguês.
Três vezes por semana, inglês,
às seis da manhã, seu pão, sua altivez.

Comia em silêncio, convicto,
que o gesto o tornava distinto.
Um rei de café e costume,
com ares de classe e perfume.

Mas um dia, no velho trajeto,
o ônibus tomou outro aspecto.
A estrada virou confusão,
gritos, bandeiras, tensão.

Três homens bradavam na via,
contra a lei, contra a polícia.
Michael olhou — e reagiu,
sem saber por que o fez, fugiu.

De burguês virou milícia,
no susto, na própria malícia.
Um ato sem honra, sem guia,
feito no medo, na covardia.

E o povo, que nada entendia,
ergueu-lhe um trono — ironia.
Promulgaram-no rei por herança,
morto em sua própria arrogância.

Assim finda a realeza vazia:
um pão frio, uma fé tardia.
Um francês que quis ser alguém,
e acabou rei — depois, ninguém.




Luccas Perottoni

Um Ser com Valor Humano constitui o supremo prémio de uma vida em sociedade,⁠ entre iguais.

As 5 regras mentais de David Goggins para se tornar uma lenda na disciplina: 1. Ande com o desconforto a cada dia. 🥾 2. Não confie na motivação. ⚠️ 3. Esconda a facilidade. 🔥 4. Faça o que você odeia. ✅ 5. Domine o diálogo interno. 🧠

Pessoas como eu, que escolhem a solidão e o silêncio carregam uma força que poucos conseguem perceber. Elas não são antissociais; pelo contrário, são profundamente leais e autênticas, mais do que aquelas que buscam companhia constante. Essas almas apreciam a própria presença, vivendo em paz e sem interferir na vida alheia, porque sabem que, assim, sua própria vida permanece intacta.
O silêncio delas não é sinal de fraqueza, mas de poder. São seletivas, observam com atenção quem cruza seu caminho e sabem distinguir quem transmite confiança e valor daqueles que só trazem desgaste. Buscam qualidade, não quantidade; profundidade, não superficialidade.
Quando você consegue conquistar seu espaço nesse círculo restrito, descobre pessoas intensamente fiéis e verdadeiras. Por trás de sua tranquilidade, existe um mundo interior vasto, repleto de reflexão, autenticidade e lealdade. Elas preferem a solidão não por desprezo pelos outros, mas por valorizarem demais a própria paz interior, aquele refúgio silencioso onde encontram equilíbrio e sentido.
Você se identifica com esse tipo de pessoa?

⁠Quando penso em parar, algo mais forte me move — uma força plena, sobrenatural, chamada Deus.

Uma mulher quando está apaixonada por um homem, ela dá a ele o seu corpo, mas, não se iludam, pois um homem quando está apaixonado por uma mulher, ele dá um lar a ela.
Isso talvez explique a pequena durabilidade dos relacionamentos atualmente.

Poema: A resiliência de uma mente que transborda!
Autora: Tanile R. Silva


Eu já morri algumas vezes
Não teve sangue
Não teve velório
Não teve silêncio.
Teve dor, choro
Angústia e vazio.


Foi possível encontrar
Lágrimas
Vergonha
Culpa
Medo, e arrependimentos, daqueles que a solidão cria voz e domina o presente, enchendo o mesmo de perguntas e incertezas.


Eu não me reconhci.
Eu só reconhecia o que ecoava em meu vazio.
As vezes, a gente morre, mas continua existindo.
Buscando por força e sonhando com a superação.


Consegui me encarar frente ao espelho
Encontrei sentido através de uma memória doce, de um sábado ensolarado, em um campo floriu.


A esperança se torna o oxigênio da teimosia.
O sorriso, a tranquilidade da alma.
As palavras, os reflexos da mente que transborda.
E o pulsar do coração que bate, reflete a alma em resiliência.

Sou mistério e adrenalina.
Uma mistura imperfeita, feita pra te enlouquecer.
Eu amo no extremo — intensamente, loucamente — e parto no auge,
antes que o encanto se torne costume.
Sou a lembrança boa que arde, o caos que deixa saudade.
Vivo nos ápices, não aceito metades, nem o morno disfarçado de paz.
Se quiser me ter... faz uma loucura por mim.

Sou mistério e desejo.
Uma mistura perigosa, feita pra te tirar do eixo.
Eu amo com fogo, com pressa, com loucura —
e quando o auge chega, eu me despeço.
Deixo perfume, lembrança e saudade.
Sou a vertigem que te faz querer mais,
o veneno doce que vicia.
Não sei ser morna, não nasci pra metades.
Se quiser me ter… arrisca. Faz uma loucura por mim.

“O primeiro passo para a construção de uma mentalidade rica é a admissão da sua pobreza…”
Autor: Ney Paula Batista

"Esse é meu riso por aceitar que o mundo é um bug de uma programação que deu errada."

.. Quem dera fosse assim, como uma fórmula de equação.
Separaria os termos para os lados, e fazia a divisão.
O duro é achar o valor de X que é sempre um e eu insisto em ver nós dois. Sou ruim de matemática do coração

Às vezes vemos uma pessoa toda alegre e mal imaginamos a dor que ela está passando por dentro.

Quando uma mãe faz uma prece pelo filho, ela arromba as portas do céu.

Não tentes entender tudo de uma vez. A vida é feita pra ser sentida, não decifrada. E cada erro que cometes é apenas um pedaço do caminho que te ensina onde é o teu lugar

O tempo... É interessante, pois pode ser guardado na memória como uma imagem que retrata anos de vida, ou pode ser uma fração de segundos marcantes como um longa- metragem detalhado de algo assustador ou maravilhoso. Tudo depende do observador e de sua perspectiva e de como decide viver a realidade e guardar ou não suas memórias...

Sobre Meninos e Lobos é um filme que não se limita a contar uma história policial, ele abre feridas e expõe silêncios, e ao assistir senti como se estivesse diante de algo que não se conclui, como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés, porque a trama de três amigos de infância marcados por um trauma e reunidos novamente pelo assassinato da filha de um deles não termina com justiça ou redenção, termina com silêncio e omissão, e esse silêncio me trouxe de volta lembranças da minha própria infância, de tempos em que a sociedade preferia calar diante da dor, em que todos sabiam mas ninguém dizia nada, e talvez seja por isso que o filme provoca tanto desconforto, porque ele mostra que o passado não desaparece, apenas retorna em novas formas, e ao mesmo tempo que acompanhamos Jimmy, Sean e Dave tentando lidar com seus fantasmas, nós também somos obrigados a encarar os nossos, e é nesse ponto que a obra se torna mais do que cinema, se torna um espelho, um convite à reflexão, uma experiência que deixa marcas, e por isso acredito que outras pessoas deveriam assistir, não para encontrar respostas fáceis, mas para sentir esse impacto, esse vazio que nos obriga a pensar sobre justiça, memória e hipocrisia social, porque Sobre Meninos e Lobos não fecha portas, ele abre, e quem se permitir atravessar vai sair diferente, talvez sem chão, mas com muito para refletir.


Fernando kabral



Olinda 15 de novembro de 2025

"O Amor Ágape não é um sentimento que acontece, é uma decisão inegociável de manter a Quietude do outro, mesmo quando a sua própria presença é exigida. É o respeito total pela autonomia."

"O Altruísmo não é um sentimento de caridade, mas uma escolha de inteligência: é a decisão de que a Quietude do outro é um valor inegociável para a sua própria paz."