Sombras do teu Sorriso
SILÊNCIO CORTANTE
O que dizer às lágrimas
ligeiras, escorrendo feito rio incontrolável...
será que adianta? Se por onde passa, só assiste
um terreno abandonado, um espaço baldio.
Amor platônico é um dia amanhecido,
sem réstia de sol, numa casa feia, abandonada,
com as janelas fechadas, sem circular a ventania,
de folhagem seca, roçando o telhado, ferindo
sem dó, a alma desconsolada.
Amar sem ter amor, coração estarrecido,
confusão de gatos gritando... rasgando a noite,
confortando um silêncio cortante, asas doloridas,
quebradas, de invernos, são os pássaros da ilusão,
eterna adolescente, cegueira sem cor é a paixão.
Sonhos não passam de passarinhos soltos,
fantasiando sempre alcançar a lua deslumbrante...
com olhos de sonhos vazios, mas repletos de amor,
fitando o céu sem amor, vida de solidão aumentando,
a paz aos poucos se acabando... perdida, terreno
abandonado e esquecido, é uma alma sem amor.
Autora: Liduina do Nascimento
Observe quem sorri dos teus fracassos, e quem te ajuda a sair deles, os dois te ajudam de jeitos diferentes, um te desafia a ser melhor e outro te levanta pra aceitar o desafio
Com seu olhar que encanta,
Sua graça que fascina,
Minha musa, agora mais bela,
Com seu corte que ilumina.
Seu cabelo agora curto,
Sua pele mais radiante,
Minha musa, minha inspiração,
Cada vez mais deslumbrante.
Seus traços delicados,
Seu sorriso encantador,
Minha musa, minha poesia,
Sempre em meu coração vencedor.
E assim, de forma silenciosa,
Minha musa, minha paixão,
Me guia por caminhos tortuosos,
Sempre em busca da perfeição.
Assim cortou seu cabelo,
Mas nunca perdeu sua beleza,
Pois minha musa é eterna,
E sua graça é minha riqueza.
Uma pedra
A janela do tempo chamou
a atenção da vida...
que aos poucos estava indo.
À beira do riacho, pensativa,
queria dizer qualquer coisa,
contar
que a menina que havia,
e que corria depois pelos caminhos,
sorrindo, quando as flores azuis
pequeninas colhia...
e as amava,
elas lhe causava estranha alegria,
porém a menina, não estava mais.
A descoberta aconteceu
no descer as escadas da casa,
no topo da serra, por onde
destemida atravessava o riacho,
envolvia-se com o barulho
das fontes, incessante feito
os pensamentos que ferviam.
De fundo, o verde.
Inconfundível, chamando,
cantava o sabiá-laranjeira...
ela escutava,
entre outros cantos.
De volta à realidade,
sentia a brisa
refrescante, sob o sol brando.
Pés de caminho livre, pedras variadas
de cores, algumas delas
escorregadias por força do limo.
Um sonho fugindo,
sequer aparecia.
O encanto era só da natureza,
e não da sua alma,
por dentro morriam as fantasias.
Precisava voltar para um lugar
que já não era refúgio,
enfrentaria o evidente agora!
Sem lágrimas ou desgostos,
sem desejos de nada mais percorrer...
De nada mais precisava e,
sem pedras nas mãos, delas
apenas uma, e precisava,
para pôr no lugar do coração,
aos poucos estava à morrer.
Na brevidade da vida, a morte leve,
Um sopro suave em nossa existência,
Como uma bola de neve que se move,
Num vai e vem que escapa à nossa ciência.
Passamos pelos dias, como o vento,
Numa dança fugaz de alegrias e dores,
E assim seguimos, num eterno movimento,
Em busca de sonhos, em busca de amores.
Mas eis que a vida foge em seu trajeto,
E a morte, silente, nos abraça enfim,
Como uma roda nos esmaga com efeito.
A cada instante, somos lembrados assim,
Que a vida é breve, o tempo é suspeito,
E devemos viver cada momento, até o fim.
Nos versos, ecoam vozes consagradas,
Dos poetas que enaltecem a emoção,
Em cada estrofe, a magia das palavras,
Cantando o amor, a dor, a inspiração.
Shakespeare, grande teatro e verso,
Com sua pena brilhante e sagaz,
Em sonetos eternizou o universo,
De Romeu e Julieta, amor audaz.
Camões, com sua epopeia grandiosa,
Deu voz às glórias e aos feitos heroicos,
Em Lusíadas, a história gloriosa
E Dante, nas profundezas do inferno,
Navegou em versos de divina rima,
Mostrando a jornada do ser eterno.
Nas letras de Pessoa, múltiplas vozes,
Revelam sentimentos tão diversos,
Álvaro de Campos, heterônimo feroz,
E Alberto Caeiro, pastor singelo e terso.
E não poderia faltar Vinicius,
Com seu lirismo e paixão desmedida,
Poeta das noites, do amor e da luz.
Assim, se entrelaçam esses mestres da arte,
Cantando a vida em versos imortais,
Seus nomes ecoam, deixam sua marca,
Em nossa alma, eternizados sinais.
Que seus poemas, como farol a guiar,
Inspirem novos versos a serem escritos,
Que a poesia, sempre a nos encantar,
Reflita os anseios, os sonhos mais bonitos.
" Não olhe para seus sonhos e projetos, antes de olhar para a eternidade. "
Deus vai exigir tudo e você irá escolher se vale a pena ou não, seguí-lo.
Passarinhos
O meu olhar que neles se prende,
sem qualquer pressa,
enquanto eles voam... e cantam,
livres, lindos e inocentes, embalam
o meu existir...
nem sabem de mim, se soubessem
mais e mais sei me cantariam, e
não sabem o quanto me encantam.
Passarinhos,
que tanto amo! Foi sempre assim.
Mais que poesia, de sonho delicado,
passarinhos... dá força à vida!
Não é pelas cores de suas asas,
ou pelo seu canto animador,
talvez, suas agilidades e leveza.
Nada de mais lindo há na natureza.
É a sua própria existência, pousar
de leve, trazendo demasiado jeito
de me fazer sonhar,
atração de alma, esse amor por
passarinhos soltos pelos ares,
que junto me faz flutuar!
Não é só pelas suas cores, não é
por vontade de tê-los, jamais
querer prendê-los, a não ser pelo
meu olhar que os segue, e voa
em suas asinhas aos ventos, ouve
os seus cantos, gritos, sem se cansar.
Dando movimento à minha vida,
e as suas vidas, me traz um mais que doce
inspirar.
Não é paixão
Quando eu senti o amor invadindo minha alma,
foi uma sensação que muito estranhei, pensei
que fosse um tanto de agonia e de loucura, uma
incansável e agradável sensação... remexendo
as minhas atitudes, fazendo pulsar mais forte
o coração, não foi e nunca será paixão, é amor.
RENASCER
De João Batista do Lago
Ao abrir a janela
o velho jardineiro desfaleceu:
o jardim fora assaltado
as flores e as rosas eram murchas,
sem vida e esquálidas.
Os olhos do velho jardineiro,
cansados, choraram a dor do mundo:
nenhuma flor, sequer uma rosa
para beijar; nem mesmo um só buquê para dar.
O cheiro da rosa, e da flor, ficaram apenas na memória.
[…]
Antes que o dia finde,
o velho jardineiro tornará à luta;
e mesmo com olhos marejados
e com mãos calejadas
renascerá flores e rosas: toda vida sorrirá.
ESPELHO FRAGMENTADO
De João Batista do Lago
Poeta!? Poeta!? Poeta!?
Tu estás aí, poeta?
Urgentemente preciso de ti, poeta.
Tu estás por aí?
Tu estás por aqui?
Preciso que me escutes…
Preciso que me retorne, para mim, poeta.
“Quem são vocês!? Quem são vocês!?
Não, eu não tenho esses rostos;
esses rostos que estou vendo não são meus!
Essas caras tão distorcidas estão…
E essas vozes, de quem são?
― Minhas, não! Não são vozes minhas.”
Quem sou eu!? Que lugar é este!?
“Não, eu não lembro de ti…
Até onde sei eu daqui nunca parti;
sempre estive aqui;
não encontro razões para voltar.
Voltar!?
Eu não consigo lembrar…
Tudo está muito fragmentado…
Meus pensamentos estão todos quebrados...”
[…]
Éramos apenas um
antes dos espelhos partidos,
antes do espelho fragmentado.
[…]
Poeta, tu és um artista…
Tu és um criador.
Tu és um demiurgo, poeta.
― Demiurgo, eu!
Onde estão meus conteúdos,
As minhas formas, onde estão?
Estou preso nesta masmorra,
nesta cela onde soçobram
memórias de sombra e confusão.
Teus conteúdos, poeta,
tuas formas, poeta,
todas dentro de ti: a Poesia.
Teus espelhos podem estar fragmentados,
mas tua arte ainda pulsa:
tu podes criar o belo
mesmo dentro da caverna,
mesmo na escuridão.
“Quem sabe!… Quem sabe!…
É preciso juntar todos os fragmentos,
juntar cada caco do espelho,
criar um novo Adão…
― Mas, e se eu me perder?”
― Não há de ti perderes;
te encontras sentado sobre a pedra
em qualquer lugar do universo;
te encontras no verso,
te encontras no poema,
te encontras na Poesia.
“Encontre-se na desordem,
esquece tua secular Verdade:
a verdade está além da linearidade.
Tu, Poeta, és o mestre do Caos.”
AO MEU OUTRO AMIGO
De João Batista do Lago
Dize-me, tu, meu outro irmão,
que não tenho isenção para defender
a mata onde vivo com meu povo.
Tu, meu outro irmão,
que não conhece a mata
para além do tapete verde da tua sala.
Tu, meu outro irmão,
que não entende da defesa da vida,
só quer transformar a mata em vintém.
Tu, meu outro irmão,
que deseja tão só minha destruição,
por que deseja o fim da minha nação?
Tu, meu outro irmão,
que do anzol não sabe a serventia,
queres a morte do rio, meu alimento.
Tu, meu outro irmão,
que desconhece toda minha etnia,
que não sabe do Tupi-guarani e do Macro-jê.
Tu, meu outro irmão,
conhece os Tenetehara, os Awá-guajá e os Urubu-Kaapor?
Povos de língua Tupi todos são.
Tu, meu outro irmão,
sabe do Apaniekrá e Ramkokamekrá; dos Pukobyê, Krikati, Timbira e Krenyê?
Todos são povos originários: Jê.
Tu, meu outro irmão,
ouviste falar dos Akroá-Gamela e Tremembés?
Ainda hoje lutam por reconhecimento étnico e a demarcação de suas terras!
Então, tu, meu grande irmão,
toma a minha mão e vem. Vem defender a mata,
vem defender a flora, vem defender a fauna.
A existência, meu outro irmão,
depende de nós, depende da nossa união.
É o nosso legado para toda nova geração.
A crença em Deus e a obediência aos mandamentos bíblicos tornaram a humanidade mais humana. Entretanto a maioria esqueceu do diabo e que ele influencia pensamentos fazendo você pecar. Muitos homens sem princípios éticos ou morais chegaram á riqueza neste mundo fazendo coisas desumanas. Bom, isso já era esperado, o que não esperávamos era as pessoas de bem aceitando caladas o que os agentes do mal estão lhes impondo. Tornando normal o que a bíblia reprime e punindo severamente quem exprime seu DIREITO de manifestação.
"Deus em tempos eternos escreve os passos da humanidade, ele usa a dor para cumprir seus Propósitos "
Meu coração arde em chama, é amor,
E em teus olhos vejo o brilho do céu,
Anseio teus lábios e o teu calor,
E em teus abraços sou prisioneiro, réu.
És um sonho que se torna real,
Com tua beleza e graça sem fim,
Minha paixão por ti é tão leal,
Que nunca mais serei feliz assim
A cada olhar que troco contigo,
Sinto meu peito bater mais forte,
quando me tocas, o mundo é só isso.
Neste amor intenso, de vida e morte
Juntos seguiremos o mesmo caminho
Até o fim, lado a lado, com essa sorte
Na dança das engrenagens, o futuro se molda,
O brilho do progresso, no céu, se desenrola.
A tecnologia avança, incansável, inabalável,
No olho da tempestade, o homem é vulnerável.
Os empregos se desvanecem, como neblina ao amanhecer,
Na sombra do progresso, o trabalhador a sofrer.
As máquinas, incansáveis, usurpam a mão do homem,
No teatro do mercado, a humanidade é apenas um nome.
A pobreza, silenciosa, se espalha, feroz,
O avanço tecnológico, uma maldição atroz.
No templo da inovação, o ouro se acumula,
Enquanto o homem, esquecido, na miséria se oculta.
Porém, na face sombria da moeda do progresso,
Surge a necessidade de um novo acesso.
Uma transformação que abrace a todos, sem distinção,
Onde a tecnologia é aliada, não a destruição.
Nas linhas de código, no pulsar das máquinas,
Há espaço para todos, em novas páginas.
Porque o avanço não deve ser a sentença do homem,
Mas o trampolim para um futuro onde todos têm nome.
A felicidade é algo que todos almejam
Com corações aflitos e desejosos
Um sentimento que parece mágico
Mas que nem sempre é algo virtuoso
Muitos acreditam que felicidade é externa
E que pode ser encontrada em algo material
Mas a verdadeira felicidade é interna
E reside na paz de um coração imortal
Buscamos felicidade em coisas efêmeras
Como dinheiro, poder e prestígio social
É na simplicidade que a felicidade ensina
Encontre a felicidade dentro de si mesmo
Ela será sua senha para um sentido pleno
E assim, a busca por felicidade termina.
Não perca a esperança!
Vitorioso é o espírito que,
apesar de haver perdido
uma batalha, encontra forças
para se manter de fronte erguida
e caminhar com fé.
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