Solo

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Poema - Carta de Carlos Barbosa.


Querido irmão José,


Escrevo-te aqui do solo sagrado da nossa fronteira, onde tiveste o privilégio de nascer — graça que não me foi dada, embora me sinta jaguarense de alma e coração. Hoje recebi, com grande preocupação, a medida tomada por Vargas de dissolver todos os parlamentos; sei da tua atuação como deputado na nossa Capital do Brasil, cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, e imagino o que estás a sentir neste momento.


Somos republicanos, meu caríssimo irmão, e a liberdade nos norteia. Nestes dias lembro tanto da nossa infância nos campos de Jaguarão, quando nossa mãe Maria e nosso pai Antônio contavam as histórias da revolução à beira do fogo de chão, falando do nosso avô Manoel e do nosso tio-avô Bento. Lembro que todas essas histórias mais tarde vim a dividir com meu mestre José Francisco Diana.


Antes que me esqueça: sinto saudades da cunhada Arlinda e da bela Maria. Não pude ir ao casamento dela com o Luiz, e sempre me cobro por esse impedimento — coisas de política e compromissos que, ao colocarmos à frente de tudo, muitas vezes nos causam remorso. Mas, como estava a escrever, são muitas recordações. Ainda me lembro de ti pequenote, guri tentando montar nas ovelhas, e eu naquela época com as malas prontas para cumprir a vontade dos nossos pais e ir estudar no Rio de Janeiro. Não foi fácil, meu querido irmão: o Colégio Dom Pedro II era enorme, mas não maior que a faculdade de Medicina. Lembra-te que foram quase dez anos na capital da nossa República Federativa para finalmente realizar meu sonho de conhecer Paris — e lá passei longos quatro anos.


Como bem sabes, também era um sonho voltar para nossa Jaguarão e aqui exercer tudo o que aprendera. A sorte me sorriu quando tive o privilégio de conhecer meu grande amor, Carolina. Tivemos uma vida repleta de aventuras e, naturalmente, momentos de sofrimento com a perda de alguns de nossos amados filhos — dor amenizada pelo amor de Euribíades, Eudóxia e Branca.


Querido irmão, ao leres esta carta deves perguntar-te por que hoje me mostro tão narrativo e saudosista: a vida passou tão rápido. A política, depois de 1882, quando fundei o partido republicano em Jaguarão, nunca mais se apartou de mim. Veio o mandato na Câmara — onde jamais se pensara em um republicano — depois fui deputado da província e, para completar, participei como constituinte naquele ano de 1891. Depois veio o Júlio, como primeiro presidente constitucional do Rio Grande; quase me obrigou a aceitar sua imposição para eu ser seu vice-presidente. Tu conheceste o Júlio: não aceitava recusas e era deveras convincente. E assim tive de me desdobrar entre a Vice-Presidência e a presidência da Assembleia dos Representantes do Estado. Lembra-te que, em virtude disso, recusei disputar uma vaga ao Senado — por nossos ideais republicanos, meu querido irmão.


O que parecia inimaginável aconteceu: tu muitas vezes me disseste que era um caminho natural — e lá estava eu, presidente do Estado do Rio Grande do Sul, com larga margem de vantagem, três vezes mais votos que o meu oponente. E olha que sequer andei pelas outras querências de São Pedro; fiz-me vitorioso sem sair da nossa fronteira.


Por fim, acho que tudo valeu a pena, e consegui fazer muitas coisas. Tu, que por muitas vezes estiveste à frente de governos, sabes que os desafios eram grandes. Dei início à obra do Palácio Piratini; pude homenagear meu amigo Júlio erguendo-lhe um monumento; realizei a obra do cais do porto em Porto Alegre; ajudei a nossa Faculdade de Medicina; criei a colônia de Erechim e finalmente elevei a vila de Caxias à categoria de cidade; ratifiquei as questões da fronteira com o Uruguai; fui incansável nas questões agrícolas e pecuárias e tratei da saúde com todo o meu conhecimento.


Mas, depois de tantos feitos, meu irmão, precisava voltar para a minha terra de coração, e entreguei o governo ao Borges e vim para a fronteira. Lembras quando te disse que iria descansar e voltar ao meu ofício de medicina? Tu duvidaste — e hoje sabemos que tinhas razão: não deram nem seis anos de descanso e a política me reencontrou, para cumprir aquilo de que havia declinado anteriormente por motivos republicanos. Lá fui eu para o Senado Federal. Foram dez anos na Câmara Alta, mas minha saúde convenceu-me, mais uma vez, a voltar para nossa terra.


Depois de todas estas linhas, saberás a razão da minha carta repleta de saudades e lembranças: tua querida cunhada, que tanto te admirava, fez sua passagem, deixando meu coração com um vazio enorme — foi-se minha Carolina. E eu estou aqui, na terra onde tu nasceste, à espera da minha vez para ir ao encontro dela.


Abraços do teu querido irmão,
Carlos.


Autor Renato Jaguarão.

Reflexão de uma mãe atípica, mãe solo:


Sabe o que é luxo mesmo?
Não é ter a última moda no guarda-roupa, nem viajar para lugares caros ou andar em um carro importado.
Luxo, para mim, é algo que a maioria das pessoas nem percebe que tem.


Luxo é conseguir tomar um banho demorado, sem precisar deixar a porta entreaberta com medo de não ouvir meu filho.
É conseguir sentar para tomar um café quentinho, sem precisar levantar correndo porque meu filho precisa de mim.


Luxo é ter com quem dividir as responsabilidades; mas, sendo mãe solo, muitas vezes o peso é só meu.
É desejar, por um instante, que alguém segure minha mão.
É ter com quem compartilhar a alegria das pequenas conquistas que, para o mundo, podem parecer simples, mas para nós significam um universo inteiro.


Luxo é ver meu filho feliz, se desenvolvendo no tempo dele, e sentir que, apesar das batalhas, estou conseguindo ser o porto seguro que ele precisa.
É poder respirar fundo e encontrar um pouco de paz, mesmo no meio do caos.


Para mim, luxo é acolhimento.
É respeito.
É empatia.
É sentir que a vida pode ser leve, mesmo quando os desafios tentam nos dobrar.


O resto? O resto é detalhe.
Porque o verdadeiro luxo de uma mãe atípica e solo é ter força, amor e coragem renovados todos os dias.

Sem pai e sem mãe.
Sou um guerreiro solo que não força simpatia.

Às vezes a gente complica demais o amor, tentando plantar flores em solo seco, insistindo em conquistar corações que não batem na mesma sintonia que o nosso. Mas a verdade é simples: é muito mais fácil se apaixonar por quem já gosta da gente. Porque quando existe reciprocidade, tudo flui sem esforço. O olhar encontra abrigo, o sorriso ganha sentido e o coração aprende que amar não é luta, é encontro. O amor verdadeiro não nasce da insistência em quem não nos quer, mas da leveza de ser bem-vindo no coração de alguém que já nos escolheu.

Coragem é a semente que germina no solo do medo.

A gratidão é como lançar sementes em solo fértil. Algo bom e belo germinará!

Ela é como flor de deserto que brota em solo quente para deter o caos existente em seu coração. Ela não tem muitos amigos, o pouco que ainda lhe resta dá para contar em apenas uma mão, gélida e frágil. Ela prefere escrever em seu bloquinho velho à ter que aturar pessoas e conversas vazias. Ela prefere não ter sentimentos, porém, apenas à ensinaram o que é amar.

Persistir em diálogos com quem se fecha ao entendimento é como semear palavras em solo infértil — por mais nobres que sejam, elas não florescem. não busca entender quem já decidiu não aprender.

⁠Seja sempre livre.
Ame seu ninho.
Viva o agora.
Prepare o solo.
Plante sementes .
Colha flores.
Contribua sempre para perfumar e frutificar a terra.

⁠Ás Folhas Caem, Vão Ao Chão e Se Desfazem No Solo, Assim é a Vida, o Por Do Do Sol Com Todo Seu Brilho, Ao Findar Do Dia é Coberto Pela Imensidão Da Noite, Na Escuridão Do Absoluto Silêncio, Assim é a vida, o Equilíbrio Da Natureza Em Perfeita Harmonia Decidiu, Tudo Tem Seu Inicio, Meio e Fim, Assim é a Vida.

Éramos uma sementinha plantada em
Um solo fértil .Nossa mãe chama se Natureza . Na natureza nada morre, tudo cresce e se transforma. Escolhemos evoluir , seja por amor ou pela dor . Quando amadurecemos , deixamos de lado todo orgulho . Desejamos sempre a Paz .

⁠Quem não tem audácia e disciplina pode alimentar grandes sonhos, mas eles serão enterrados nos solos da sua timidez e nos destroços das suas preocupações. Estará sempre em desvantagem competitiva.

Augusto Cury
Nunca desista dos seus sonhos. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.

⁠No solo da mente inconsciente, no leito dos mortos antigos, enterramos aquilo que era vivo para vê-lo renascer no útero da mente criativa, transformado pelos deuses imortais.


♫ Sol e chuva ao solo que produz o pão/Aquecem e molham para renovar/Fauna e flora em perfeita comunhão/Fazem a alegria surgir e se espalhar... Celebram o encanto de um dia singular ♫

⁠Seria eu o sertão? De solo árido batido quebradiço
Terra sofrida
E poucos pássaros por aqui hão de cantar
Mas a questão é, oque a fez se encantar
Por tamanha e devasta terra que chamo de lar
Não sei, mas o teu caminhar
Faz dos sulcos da terra água brotar
E o verde começa a espalhar
Logo aparecem os rouxinóis a cantar suas melodias pelo ar
Árvores a crescer, onde fará ninho o sabiá
Talvez tamanha mudança seja feita de amor?
Tenho certeza que sim!
E logo a terra devastada, se torna vasta e densa de vida
Que tu trouxe, e logo parto contigo
Rumo ao infinito
Duas ararinhas vermelhas a voar
Os céus a desbravar, e seguindo as estrelas a nos guiar
E lá vamos
Juntos
Eternos amantes a voar
Eternamente se amar
E ver aos poucos a vida brotar

⁠Atente-se pelo caminho da vida e, em cada passo firme sobre o solo pare e respire.
Siga avante sem medo da trilha adiante e não tente enxergar a estrada que encontra-se longe do alcance dos olhos; pois o futuro torna-se o presente, assim como o presente tornou-se os planos de ontem.

⁠O CÉU, PAI, INFINITO dá.
A TERRA, MÃE, SOLO é que retém, com medo da LUA tomar o seu lugar.

⁠Uma árvore forte tem raizes profundas, um edifício tem base abaixo do solo, não há como ir para cima, sem construir alicerces sólidos abaixo.

Todos nós iremos para o mesmo solo e depois iremos para o esquecimento, por isso viva como isso em mente, para deixar um legado.⁠

⁠Não posso fazer um voo solo porque não consigo voar só.