Só sei dizer que te Amo
Só fico se eu puder ter a suíte presidencial do seu coração. Enquanto você quiser me dar o quartinho da empregada eu tô fora.
Eu não consigo mais ser triste só para mostrar que um dia eu fui ou achei que tivesse sido. Aprendi com os meus próprios erros que sofrer não torna mais poético, chorar não deixa mais aliviado e implorar não traz ninguém de volta. Aprendi também que por mais que você queira muito alguém, ninguém vale tanto a pena a ponto de você deixar de se querer.
Só sei que dentro de mim tem uma coisa pronta, esperando acontecer, o problema é que essa coisa talvez dependa de uma outra pessoa.
E eu só tenho a mim, eu só tenho a mim, repetiu, voltando a cair sobre a cama. Não posso sentir medo, não devo sentir medo, não quero sentir medo.
Pois o que de repente eu soube é que chegara o momento não só de ter entendido que eu não devia mais transcender, mas chegara o instante de realmente não transcender mais. E de ter já o que anteriormente eu pensava que devia ser para amanhã.
Nada me o abismo deu ou o céu mostrou.
Só o vento volta onde estou toda e só,
E tudo dorme no confuso mundo.
Nenhuma falará primeiro. Nenhuma deixará transparecer qualquer emoção por detrás do make-up. It's so dangerous, money...
Mas fique tão tranquilo — e humilde, e confiante — quanto possível. É só uma fase, só um estágio. Vai passar.
Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha, e tenho.
Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma, nem do meu coração, pelo simples fato de que eu não tenho mais nada disso. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa.
Nota: Trecho da crônica "Zelador".
Só agora sei que eu já tinha tudo, embora do modo contrário: eu me dedicava a cada detalhe do não. Detalhadamente não sendo, eu me provava que – que eu era.
Eu só estou perdida e não consigo mandar nenhum S.O.S., ninguém sabe onde estou, largaram meu corpo em cima dessa cama e ninguém me procura.
Só eu sei que já cheguei à humildade máxima que um ser humano pode atingir: confessar a outro ser humano que dele precisa para existir. Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada.
E foi tão bom constatar que não me atinge mais. Não me entristece, não me aborrece, não me tira o sono. Passa por mim, mas, não me atravessa.