So quero que tu me Queiras
Viver, viver e ser livre. Saber dar valor para as coisas mais simples. Só o amor constrói pontes indestrutíveis.
Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
O ontem não existe mais.
O amanhã ainda não existe.
Você só tem o hoje.
Este é o dia em que Deus age.
Se as pessoas são boas só porque temem a punição, e esperam a recompensa, então nós somos mesmo uns pobres coitados.
Existem certos sofrimentos que só podem ser esquecidos quando podemos flutuar por cima de nossas dores.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda!
Nota: Trecho adaptado do poema pertencente a Edson Marques. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Clarice Lispector.
...MaisDe Tanto Amor
Ah! Eu vim aqui amor só para me despedir
E as últimas palavras desse nosso amor, você vai ter que ouvir
Me perdi de tanto amor, ah, eu enlouqueci
Ninguém podia amar assim e eu amei
E devo confessar, aí foi que eu errei
Vou te olhar mais uma vez, na hora de dizer adeus
Vou chorar mais uma vez quando olhar nos olhos seus, nos olhos seus
A saudade vai chegar e por favor meu bem
Me deixe pelo menos só te ver passar
Eu nada vou dizer perdoa se eu chorar.
Não exijas mais nada.
não desejo
também mais nada,
só te olhar,enquanto
A realidade é simples e isto apenas.
O amor é formado de uma só alma, habitando em dois corpos.
Nota: Adaptação de um trecho atribuído a Aristóteles.
Todos nós vamos morrer, que circo! Só isso deveria fazer com que amássemos uns aos outros, mas não faz.
Vazio
A noite é como um olhar longo e claro de mulher.
Sinto-me só.
Em todas as coisas que me rodeiam
Há um desconhecimento completo da minha infelicidade.
A noite alta me espia pela janela
E eu, desamparado de tudo, desamparado de mim próprio
Olho as coisas em torno
Com um desconhecimento completo das coisas que me rodeiam.
Vago em mim mesmo, sozinho, perdido
Tudo é deserto, minha alma é vazia
E tem o silêncio grave dos templos abandonados.
Eu espio a noite pela janela
Ela tem a quietação maravilhosa do êxtase.
Mas os gatos embaixo me acordam gritando luxúrias
E eu penso que amanhã...
Mas a gata vê na rua um gato preto e grande
E foge do gato cinzento.
Eu espio a noite maravilhosa
Estranha como um olhar de carne.
Vejo na grade o gato cinzento olhando os amores da gata e do gato preto
Perco-me por momentos em antigas aventuras
E volto à alma vazia e silenciosa que não acorda mais
Nem à noite clara e longa como um olhar de mulher
Nem aos gritos luxuriosos dos gatos se amando na rua.
Rio de Janeiro, 1933
Na verdade eu nem sei explicar direito o efeito, só sei que eu viajava bastante nas músicas e nos pensamentos...
A propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e limitados que um objeto só é nosso quando o possuímos.