So o Tempo pode Entender um grande Amor
Acredito num princípio básico.
A mim, só consegue dar quem tem.
Antes de me propores o amor ou a verdade (lealdade), terás que ter essas coisas ou pelo menos conhecer o que isso significa.
Pois é a vida é tão escura, sem a luz do amor, só se percebe quando se caminha solitário nesta escuridão, sofrendo a dor da perda.
Sinto-me muito só, sem alento ou afeto
E chego ao fim, sem nenhum projeto
Procurei amor, paz e calmaria
Mas nada encontrei nessa jornada vazia
As vitórias foram poucas, as derrotas muitas
E agora me despeço, sem mais lutas
A solidão me cercou como uma prisão
E eu me rendo, sem mais uma razão
Busquei amigos, sonhos e alegria
Mas a vida me levou para outra via
Perdi batalhas, perdi a confiança
E agora me despeço, sem nenhuma esperança
será ?
Amor, hoje o dia parece que o sol não vai aquecer-me como antes, meu céu está cheia de nuvens embaraçadas em águas que estão prontas à lavar a terra, elas parecem que estão refletindo o que vai em minha alma, parece que o sol da alegria pegou as suas malas e foi se embora, não sei o que na verdade esta acontecendo em mim, mais algo me diz que estou lhe perdendo, meu coração não consegue mais animar o seu e os meus lábios não tem mais o sabor dos seus beijos e o seu corpo se recusa a saciar a minha fome de homem viril e seu olhar não se perdem mais nos meus e os seus carinhos me abandonaram e me sinto como uma caneca desamparada e largada em um canto escuro qualquer e eu me sinto como um travesseiro rasgado que não tem mais o sabor de sua nuca fresca, e o que mais me doe é que me viciei no seu amor e me viciei no sabor do seu corpo, nas suas formas e me viciei nos beijos matinais a onde eu bebia os seus beijos que me seduzia os efeitos do sabor dos mais doces vinhos e a nossa cama virava um altar onde os clamores e suspiros se perdiam nas tardes, noites e as manhãs.
Será que o seu coração não clama mais pelo meu e será que o desejo do seu corpo se petrificou, será que as noites que passamos em meios aos lençóis, será que não há mais saudade em você de mim?
E eu o que faço com toda essa paixão que consome na minha alma, o que faço com toda esse amor que permeia o meu coração? Poxa eu não sei mais viver sem a você minha doçura, não sei mais ficar sem o calor do seu corpo, não sei mais ficar sem os doces beijos de sua boca, e eu quero loucamente confessar que eu sou apaixonado por você, sou viciado na sua forma de andar, sou servo do calor que emana do seu interior, te amo como mulher, como você fosse uma donzela, como amante, te amo como um lorde ama uma princesa, te amo como um salteador ama uma noviça te amo como um salteador ama uma periguete.
Será que conseguirei viver sem a mira de seus olhos sobre mim?
Sei que tenho errado muitíssimo, mais também sei que o meu amor é sincero, sei que os meus dias estão nublado desde que você se foi da minha vida, por isso meu amor tenha dó do seu cabritinho e me deixe deitar em seu colo deixe-me lhe vê de perto, lhe puxar até a mim, sentir a sua respiração e roubar um beijo seu. Poxa que saudade de você
que saudade de ter como antes, que saudade de está embaraçado nos seus braços, que saudade de sentir seu corpo sobre o meu, que saudade de bailar na silhueta da sua intimidade.
Eu não posso me conformar, com essa dúvida, não posso me conformar com as nossas noites que eram tão quentes feitos o dia na sua maior força, ter se transformado em noites além de torrenciais, frias e cheias de amarguras eu daria tudo de mim para ter as noites que antes tínhamos, eu arriscaria a minha vida para sentir o seu corpo embalado no meu, não consigo deixa de querer você pra saciar a minha alma, não consigo ser eu sem você em mim.
Será que essa turbulência vai passar, até guando o meu coração andará em contramão por causa desse amor que consome a alma. Até quando estarei laçado pelo laço da angústia, poxa eu te quero também meu amor, será que você não se recorda mais, dos nossos abraços, das nossas juras, será que fui tão ruim pra você assim a ponto de não querer me dá pelo menos a chance de tentar lhe reconquista como antes, será que o seu clamor têm lapsos de memoria ou será que fui despejado dos cômodos de sua alma, será que não posso tentar morar pelo menos em um único cômodo do palácio do seu coração?
Estou trinte e me afogando em um mar de será.
Não me resta mais nada a fazer, por que já fiz de tudo, já te provei que tenho saudades de tudo que há em você, já te falei que o meu amor por você não é somente uma historia, não é somente um mito vivo e muito menos um conto de alegrar ou de ensinar, mais o meu amor por você é uma semente que foi tirada das recamaras do céu, e tudo que nos é valioso tentamos dá o real valor merece porem muitas vezes metemos os nossos pés pelas mãos e fazemos tudo errado. Poxa eu que queria lhe dá o céu de presente, queria lhe vestir com o azul do mar e lhe dá as estrela por confetes, logo eu que queria que aquelas noites jamais se acabassem, noites em que as pontas dos meus dedos se perdiam nas cachoeiras dos seus cabelos encaracolados, eu não posso e nem tenho como esquecer disso tudo, e lhe digo com sem medo de errar que: ainda que a loucura assalte o meu cérebro ou ainda que os meus olhos não possam ver mais a luz do sol e nem o rutilar da estrelas que foram chamuscadas no céu, mesmo que estivesse como um morto imóvel, assaltado pelo discernimento humano, bastava o som da sua voz chegar aos meus ouvidos viciador pelos gemidos dos seus lábio ou quem sabe o teu cheiro de mulher feminina ao entrar em contato com as minhas narinas, eu lhe reconheceria na hora e meu lábios automaticamente diria:
te amo meu amor, te amo.
Leva-me pra casa, me de novamente o seu colo, me deixa ser seu novamente e me de você de volta pra mim, me de seu amor e tome o meu e o guarde nas recamaras das suas doçuras, e se o será ainda estiver vivo no seu coração como uma áspide que está pronta à da um bote feroz e certeiro, então nada mais posso fazer, a não ser esperar e torcer para que o seu coração ferido possa olhar para mim com um olhar compassivo e quem sabe se lembrar do quanto fomos felizes.
H .S
O conselheiro Henrique Silva, uma mão que não te abandona.
Uma pergunta que deveria ser respondida antes de qualquer envolvimento... É amor ou medo de ficar só?'
Nesse exato momento tive a sensação que amar nunca é demais só que o amor fica tão bem guardado dentro de mim, como uma coisa muito valiosa e é com toda a minha certeza. Quando o sentimento do amor vem atona ele não se mostra frágil, nem gracioso, nem singular.
O amor é totalmente plural e inestimável. Seja o amor a Deus, o amor ao próximo, o amor à família, o amor a religião.
O amor move tudo, é intenso, é ímpar e plural ao mesmo tempo. É a ressignificação da alma, da vida, da morte, do corpo e também do espírito.
Nunca é tarde para se dizer "Eu te amo". Aprendi a usar esta pequena frase de tanta polêmica universal e hoje posso me apropriar da mesma em sã consciência.
O que quer que eu escreva não pode descrever,o meu coração está cheio de algo que nem sei dizer,é inexplicável o que passa no meu coração,ansiedade,amor ou apenas ilusão,quem é ela que meche com os meus sentimentos?não sei, é um ponto de interrogação,não conheço seu cheiro nem o gosto do seu beijo,é proibido gostar de alguém assim?onde será que isso vai chegar?não era pra me apegar mas me apeguei,disfarçar amor,dizendo que é amizade é difícil eu sei,é pecado amar? o que fazer não sei!!! mas se o amor for um pecado,continuo sendo pecador,e nessa loucura da vida,vou vivendo agora com mais uma interrogação,sem saber o que fazer em tal situação,sigo em corda bamba esperando que alguém me pegue quando eu cair,e quando eu cair e me levantar,que olhos sera que vai estar lá,será Deus a me julgar ou um amor para recordar.
A mulher é metafísica
"A mulher deseja o impossível; desejar o impossível é sua grande beleza".
Somos criadas ouvindo histórias de princesas, contos de fadas com príncipes e frases como: “foram felizes para sempre”. Brincamos com nossas Barbies e seus corpos perfeitos, suas roupas sexys e seu marido sarado com carro conversível. Nossa infância é um laboratório funcionando para nos transformar em indivíduos com uma capacidade extrema de distorcer realidades, de mergulhar em conceitos ilusórios sobre nosso futuro, de sonhar com o impossível e de querermos ser perfeitas.
Não é a panelinha o brinquedo preferido da menina, nem a boneca que faz xixi na fraldinha, é a princesa com sua coroa, seu reinado e seu vestido rosa todo pomposo ou a Barbie com seu cabelão loiro, cintura desumana sem órgãos internos e seus saltos altos.
Crescemos e nos tornamos mulheres dos mais variados tipos e personalidades, todas produtos desse laboratório humano que é o mundo atual, mundo desleal onde disputamos tudo a todo momento. Somos o que buscamos e o que buscamos é o resultado dos nossos sonhos, enraizados em nossas almas pelas doutrinas infantis. Buscamos a perfeição para termos em troca tudo aquilo que nos foi prometido na infância, o nosso "reinado".
A realidade vem como tropeços na vida da jovem mulher, numa fase de transição é necessário transpormos aqueles sonhos infindáveis por objetivos reais e concretos, é uma guerra e essa luta contra o vazio justifica nossa missão de entrega, entrega à realidade. Dura é a vida adulta da jovem que insiste em não abrir mão desse mundo de fantasia e se entregar ao mundo real.
Porém nossa sucumbência à realidade é incompleta, não somos reais, somos sonhadoras, fomos concebidas por Deus para sermos seres com instinto de moldar a realidade, de cuidar, de apontar a esperança e de trazer o caminho, somos dóceis por natureza, afáveis e pacíficas, defendemos nossos filhos com toda nossa força, possuímos o dom de aconselhar, de apaziguar e um sentido extra-sensorial de captarmos as coisas Servimos nossos maridos e lutamos pela igualdade entre os homens, somos guerreiras cheias de coragem, coragem movida pelo amor. Somos soberanas para amar, dominamos nossos sentimentos e enlaçamos o medo, para que nada nos desvie do caminho em busca do nosso objetivo.
O mundo desleal insiste em nos pregar peças. As relações humanas modernas formaram uma sociedade falida. Os antigos sonhos de formarmos nossos tão desejados laços matrimoniais estão dando lugar ao sonho de sermos musas perfeitas, super-mulheres com formas sedutoras, cabelos esticados, diplomas estrangeiros, salários elevados e bebês de proveta (de preferência com traços físicos escolhido a dedo nos Bancos de esperma). Tentam nos convencer a trocar nossos sonhos legítimos por sonhos falsificados, sonhos fúteis embrulhados em capas sedutoras, sonhos que nunca fizeram parte da nossa natureza instrícita.
Carreiras promissoras resultantes de jornadas pesadas de trabalho, a liberdade sexual onde nós que escolhemos quem vamos seduzir, a busca sagaz por mutilar nossa natureza própria para atingir um corpo como o da mulher da vez da TV, nossa cultura carnal que faz de nós bundas ambulantes acopladas a um corpo pensante (que muitas vezes "fala demais"), a rivalidade esdrúxula estabelecida entre as mulheres como inimigas disputando o melhor "pedaço de carne", nossa cultura "sado-light" que nos educa a fugir de certos alimentos com se fossem um veneno letal capaz de matar ao criar uma gordurinha a mais! Somos como soldados treinados a abandonar certos prazeres e a lutar com armas poderosas contra as forças naturais do corpo feminino como a celulite ou o acumulo de gordura, elementos que fazem parte da nossa natureza biológica. Esses fenômenos modernos afrontam mulheres comuns, as velhas sonhadoras que se tornam cada vez mais minoria com o passar do tempo.
Essa corrupção dos valores femininos entra em choque com nossa natureza pacata e sonhadora, como resultado nos tornamos frustradas, deprimidas, vazias e o que é pior, carentes. A carência é a maior culpada pelos erros femininos nas mais diversas proporções, é pela carência que muitas mulheres adotam hábitos alimentares compulsivos, é pela carência que muitas acabam adulterando ou sucumbentes ao sexo libertino e promíscuo. É pela carência que muitas engravidam propositalmente para prender um homem, é pela carência que gastamos fortunas nas lojas, é pela carência que aceitamos comportamentos masculinos intoleráveis, é pela carência que adquirimos o medo da solidão, é pela carência que nos dispomos a abrir mão de nossos planos, e por ai vai. A lista nunca acaba, fazemos os mais variados e criativos erros por carência, sem contar os apelos por livros de auto-ajuda, gurus espirituais, remédios psiquiátricos e o "porte ilegal de armas letais" como decotes, mini-saias e roupas transparentes (qual é o problema? hoje em dia até noiva casa assim!). Mulher carente é igual cachorro macho quando gruda na nossa perna contorcendo esbaforidos: é inconveniente, constrangedor, incomoda e chega a dar pena, mas ninguém suporta!
Somos metafísica, não somos realidade nem estamos disputando uma maratona de beleza, sedução ou poder. Precisamos entender que não podemos abandonar nossa essência porque fomos perfeitamente feitas pelo criador de todas as coisas, foi Ele quem nos moldou dessa forma, para sonharmos, buscarmos e sermos: coração, não carne, compaixão, não poder, amor, não disputa, união, não sexo.
Posso garantir que é bem melhor se abastecer dos sonhos que estão enraizados na nossa alma, mesmo que passemos pela mais diversas frustrações, do que trocá-los por uma realidade efêmera, crua e vazia. Sonhar é buscar atingir aquilo que move o seu coração, é o que mantém nossa alma viva, se ele acabar ela morre e o que sobra é perecível e se estragar apodrece e fede.
Meus sonhos não estão em homens, em salários, em palácios, ou em aparências, estão naquilo que faz parte da minha natureza, estão nos meus chamados, nas minhas buscas e convicções, a espera pela realização dos meus sonhos está nos meus sorrisos e minhas frustrações estão nas minhas lágrimas (por isso choro tão pouco).
O amor exige muita coragem e persistência, por isso não é para os covardes e fracos é para os fortes e valentes, características próprias de nós mulheres, guerreiras que seguem contrárias a direção que o mundo vem tomando, trazendo no colo nosso maior tesouro, o amor.
A náusea
11 de dezembro de 2012
O Estado de S.Paulo
O grande Cole Porter tem uma letra de música que diz: "Conflicting questions rise around my brain/ Should I order cyanide or order champagne?" ("Questões conflitantes rondam minha cabeça/ devo pedir cianureto ou champanha?")
Sinto-me assim, como articulista. Para que escrever? Nada adianta, nada. E como meu trabalho é ver o mal do mundo, um dia a depressão bate. A náusea - não a do Sartre, mas a minha. Não aguento mais ver a cara do Lula, o homem que não sabe de nada, talvez nem conheça a Rosemary, não aguento mais ver o Sarney mandando no País, transformando-nos num grande "Maranhão", com o PT no bolso do jaquetão de teflon, enquanto comunistas e fascistas discutem para ver quem é mais de "esquerda" ou de "direita", com o Estado loteado por pelegos sem emprego, não suporto a dúvida impotente dos tucanos sem projeto; não dá mais para ouvir quantos campos de futebol foram destruídos por mês nas queimadas da Amazônia, enquanto ecochatos correm nus na Europa, fazendo ridículos protestos contra o efeito estufa; não aguento mais contar quantos foram assassinados por dia, com secretários de segurança falando em "forças-tarefas" diante de presídios que nem conseguem bloquear celulares, não suporto a polêmica nacionalismo-pelego x liberalismo tucano, tenho enjoo de vagabundos inúteis falando em "utopias", bispos dizendo bobagens sobre economia, acadêmicos decepcionados com os 'cumpanheiros' sindicalistas, mas secretamente fiéis à velha esquerda, que só pensa em acabar com a mídia livre, tremo ao ver a República tratada no passado, nostalgias masoquistas de tortura, indenizações para moleques, heranças malditas, ossadas do Araguaia e nenhuma reforma no Estado paralítico e patrimonialista, não tolero mais a falta de imaginação ideológica dos homens de bem, comparada com a imaginação dos canalhas, o que nos leva à retórica de impossibilidades como nosso destino fatal e vejo que a única coisa que acontece é que não acontece nada, apesar dos bilhões em propaganda para acharmos que algo acontece. Odeio a dúvida de Dilma, querendo fazer uma política modernizante, mas batendo cabeça para o PT, esse partido peronista de direita.
Não aturo a dúvida ridícula que assola a reflexão política: paralisia x voluntarismo, processo x solução, continuidade x ruptura; deprimo quando vejo a militância dos ignorantes, a burrice com fome de sentido, balas perdidas sempre acertando em crianças, imagens do Rio São Francisco com obras paradas e secas sem fim, o trem-bala de bilhões atropelando escolas e hospitais falidos, filas de doentes no SUS, caixas de banco abertas à dinamite, declarações de pobres conformados com sua desgraça na TV; tenho engulhos ao ver a mísera liberdade como produto de mercado, êxtases volúveis de 'descolados' dentro de um chiqueirinho de irrelevâncias, buscando ideais como a bunda perfeita, bundas ambiciosas querendo subir na vida, bundas com vida própria, mais importantes que suas donas, odeio recordes sexuais, próteses de silicone, pênis voadores, sucesso sem trabalho, a troca do mérito pela fama, não suporto mais anúncio de cerveja com louras burras, abomino mulheres divididas entre a 'piranhagem' e a 'peruice', repugnam-me os sorrisos luminosos de celebridades bregas, passos de ganso de manequim, notícias sobre quem come quem, horroriza-me sermos um bando de patetas de consumo, rebolando em shoppings assaltados, enquanto os homens-bomba explodem no Oriente e Ocidente, desovando cadáveres na Palestina e em Ramos, ônibus em fogo no Jacarezinho e Heliópolis, a cara dos boçais do Hamas querendo jogar Israel no mar e o repulsivo Bibi invadindo a Cisjordânia, o assassino pescoçudo Assad eliminando o próprio povo, enquanto formigueiros de fiéis bárbaros no Islã recitam o Alcorão com os rabos para cima, xiitas sangrando, sunitas chorando, tudo no tão mal começado século 21, século 8.º para eles ainda, não aguento ver que a pior violência é nosso convívio cético com a violência, o mal banalizado e o bem como um charme burguês, não quero mais ouvir falar de "globalização", enquanto meninos miseráveis fazem malabarismo nos sinais de trânsito, cariocas de porre falam de política e paulistas de porre falam de mercado, museus pós-modernos em forma de retorcidos bombardeios em vez da leveza perdida de Niemeyer, espaços culturais sem arte nenhuma para botar dentro, a não ser sinistras instalações com sangue de porco ou latinhas de cocô de picaretas vestidos de "contemporâneos", não aguento chuvas em São Paulo e desabamentos no Rio, enquanto a Igreja Universal constrói templos de mármore com dinheiro arrancado dos ignorantes sem pagar Imposto de Renda, festas de celebridades com cascata de camarão, matéria paga com casais em bodas de prata, políticos se defendendo de roubalheira falando em "honra ilibada", conselhos de ética formado por ladrões, suplentes cabeludos e suplentes carecas ocultando os crimes, anúncios de celulares que fazem de tudo, até "boquete"; dá-me repulsa ver mulheres-bomba tirando foto com os filhinhos antes de explodir e subir aos céus dos imbecis, odeio o prazer suicida com que falamos sem agir sobre o derretimento das calotas polares, polêmicas sobre casamento gay, racismo pedindo leis contra o racismo, odeio a pedofilia perdoada na Igreja, vomito ao ver aquele rato do Irã falando que não houve Holocausto, cercados pelas caras barbudas da boçal sabedoria de aiatolás, repugnam-me as bochechas da Cristina Kirchner destruindo a Argentina, a barriga fascista do Chávez, Maluf negando nossa existência, eternamente impune, confrange-me o papa rezando contra a violência com seus olhinhos violentos, não suporto Cúpulas do G20 lamentando a miséria para nada, tenho medo de tudo, inclusive da minha renitente depressão, estou de saco cheio de mim mesmo, desta minha esperançazinha démodé e iluminista de articulista do "bem", impotente diante do cinismo vencedor de criminosos políticos.
Daí, faço minha a dúvida de Cole Porter: devo pedir ao garçom uma pílula de cianureto ou uma "flute" de champagne rosé?
A felicidade é passageira.
Ela pode querer descer a qualquer momento.
Porém, só condutor pode deixa-la desembarcar.
Quando o exagerado engordar, pode matar!...
Muito engordar mata, acredita prima;
Não só a ti, como a teu namorado;
Bastando-te a ti caíres-lhe em cima;
Pra veres abafado, o tal coitado!
Reduz um pouquito, esse teu comer;
Enquanto assim tão magrinha estiveres;
Não vá, dar-se esse tão mau acontecer;
Sem tu, sequer teres vistas, pra veres!
Vamos tentar comer, mas com mais calma;
Pra que ele, a nosso corpo, tão não ponha;
Tão gordo, que nem com ele; possamos!...
Porque o por cá comermos, mais que a palma;
Poderá trazer-nos tanta vergonha;
Que nem de a nós nos vermos, mais gostamos.
Com a prudência, de quem tem tendência para engordar;
