So o Tempo pode Entender um grande Amor

⁠Feridas expostas, atraem moscas. Cuidado, podem contaminar o teu coração.

⁠Meu silêncio é mais barulhento que meu grito.

Em vez de ajudar, seu orgulho está te derrubando. Faz você achar que pode mais do que é humanamente possível.

Seu cérebro minúsculo de réptil nunca entenderia o poder da amizade humana.

⁠Sonhamos com um tempo de qualidade, e renunciamos ao tempo para aproveitar o tempo com os recursos adquiridos pela entrega desse tempo, e no final descobrimos que tudo que precisamos é de mais tempo.

Depois de uma grande dor, precisa-se de um tempo pra se recompor. É preciso estar bem, pra se olhar no espelho e ver refletir o que te dói. Isso mesmo, a dor acalma, se transforma, mas sempre que nos despirmos da força e olharmos no espelho, podemos ver suas cicatrizes.

Espero Henry, sem saber dele, me perguntando se está bem. É duro ser quem fica.

Ta ficando tudo escuro.
Frio, e triste.

⁠Às vezes, me pergunto se essa disposição, essa esperança, impede que o milagre aconteça. Mas não tenho escolha. Ele vem, e eu estou aqui.

Cada rejeição, cada decepção trouxe você aqui. Para este momento. Não deixe que nada a distraia.

O pensamento não se submete a cárceres
Nem o sentimento à tabela periódica
E a poesia, coitada, não é versada em lógica.
Só os poetas, estes tontos, dizem
o que precisam dizer...

N'allez pas trop vite.
(não vá tão rápido)

Me cansei de ficar mudo
Sem tentar
Sem falar
Mas não posso deixar tudo
Como está
Como está, você?
Tô vivendo por viver
Tô cansada de chorar
Não sei mais o que fazer
Você tem que me ajudar
Tá difícil esquecer
Impossível não lembrar você
E você, como está?
Com o fim do nosso amor
Eu também tô por aí
Eu não sei pra onde eu vou
Quantas noites sem dormir
Alivia a minha dor
E me faça, por favor
Sorrir
Vem pros meus braços
Meu amor, meu acalanto
Leva esse pranto pra bem longe
de nós dois
Não deixe nada pra depois
É a saudade que me diz
Que ainda é tempo pra viver feliz

⁠Não guardes para amanhã, porque te podes olvidar, acrescenta mais uns dias, terás tempo pra recordar!

⁠Nas asas da arribaçã
Voa ligeiro janeiro
O pai de toda manhã.

⁠Fevereiro sem contexto
Morto Deus absorto
E bissexto.

⁠Março vestido de arlequim
Ama e esquece ser marte
Tocando bandolim.

⁠Sinta o gosto sutil
Da fruta inda verde
Nas mulheres de abril.

⁠Vem junho e diz
É tempo de espigas
De seiva e raiz.

⁠Julho é romã
Flor da flor
Vermelha manhã.