Sinto a tua Dor
Hoje estou sentindo meu coração de um forma estranha, ele está doendo e retraído, não por doença. Mas sim por está afundado em um sentimento não desejado por muitos, a tristeza. Pela tristeza de novamente decepcionar quem amo.
Não sei o motivo, nem se essa dor passará. Sei que o único remédio é o seu sorriso.
Minha vida é a colcha de retalhos que consegui fazer. Tecidos nobres que se transformaram em panos de chão, panos de chão que fiz tornassem seda pura. Nas necessidades diárias, nas necessidades de minha alma, a qualidade do pano nunca foi importante. Era importante que absorvessem da melhor possível o que fosse bom a meu crescimento e que tivesse a capacidade de não absorver o que era desnecessário. A colcha não se finda, não permite reparos nas emendas. No entanto, sabedora que tudo foi aprendizado, olho para minha colcha, minha vida com muita gratidão. Amo, sinto, perdoo e agradeço. Esta é a minha vida. Nina Lee Magalhães
Não deixe que matem seus sonhos. Os sonhos são seus. Os riscos são seus. As decisões são suas.Não admita a si mesmo terceirizar o que é exclusivamente seu. Nina Lee Magalhães
Colhi no teu beijo
o doce desejo e a inspiração,
retoquei meu desenho
pensei no sentido da vida
abri as portas do meu coração!
acordei bem travesso
dos sonhos pelo avesso
dessa minha fértil imaginação.
te pensar todo dia
seja na dor ou alegria,
desse momento tão singelo
do meu eu tão sincero
dedicando em palavras meu amor
em frases e refrão.
De olhos penetrantes,
de toques marcantes
de possibilidades delirantes,
esse é meu contentamento
que os dias voem com o vento
e chegue logo a hora de te ver,
de fazer real esse pensamento bom!
Enquanto isso vou ao banho
pra esfriar um pouco os ânimos,
pois é intenso e tão estranho
esse nosso gostar sem tamanho
sem besteiras,sem engano
simplesmente amando, o amor!
Cicatrizando feridas com o tempo
e ostentando sorrisos atentos
subordinando a tristeza
para levar embora a maldade
e deixar apenas o que cabe
no nosso abraço,
debaixo dos lençóis
a sós,
matando a saudade
até tarde,
amanhecendo
entardecendo
anoitecendo
meia luz
luz inteira
satisfazendo a vontade
matando a saudade
convidando a intensidade
e o calor que invade
o gosto
o corpo
a metade
de dois inteiros
a cumplicidade
de inteiros
de verdade
entre nós
a sós
outra vez,
de novo
e novamente,
com novos olhares
e sorriso nos dentes
sempre presente
nessa nossa submissão
atração,
evolução
e desejo,
do beijo
no queixo
na mão
em contramão
a minha mão
toca teu rosto
e minha barba roça
no pescoço
me faço bom moço
no almoço
pois entre nós
a sós
somos quem somos
e o que quisermos ser
o meu ser
o teu ser
juntos
perto
quietos
braços
abraços
nos laços
do amanhecer
com você
cansados
amados
vamos dormir.
Desculpa as linhas tortas, onde escreveram que um lobo derrotado como eu não merece ter a vitória nos braços.
Tantas vezes o dia amanheceu gracejando e ainda assim terminou pesando o travesseiro de tanto chorar. Tantas vezes surgiu o sol sorrindo e ainda assim a noite gritou no céu, um grito vazio, e foi o choro mais triste do mundo. Tantas vezes a manhã foi gostosa e ainda assim o crepúsculo foi sombrio.
Eu peso o peso da vida de quinhentos homens armados. Meus olhos são da cardinalidade do planeta vezes sete. Minha voz ressoa nas esquinas da lua como um trovão seco. Eu nunca tive amor, e nunca terei...
Vejo o vento passar, como quem leva flores para seu verdadeiro amor. Ouço a chuva bater como quem defende a própria vida. Sinto o frio se alojar em minha pele como quem necessita de um abrigo.
Não sou pura o suficiente para perdoar, mas preciso que alguém me perdoe. Não quero ser vista nem por um raio de luz. Quero ser inalcançável como uma estrela. Mas diferente dela, sem o brilho. Uma estrela morta, me chame assim...
Tentar ressuscitar uma borboleta que está morta há mais de um século é trabalho para Deus e no momento Ele está ocupado cuidando de Miguel, é o que tenho pedido há algum tempo...
Na ponta dos pés eu me abrigo até no abismo mais próximo. O medo do silêncio, não tenho mais. Mas algo me diz que se não ouvir a voz que preciso adentrarei um vale que me destruirá, e ainda assim me deixar com vida, apenas para sentir a dor de estar estilhaçada como um vidro que corta nuvens.
Vou me encravar no solo mais intenso do oceano. O prazer de olhar para o nada se acabou, mas com ele a solidão não se foi... Um raio invisível me atingindo de minuto em minuto. Saiba que ainda respiro, mas já deixei de viver.
A mente não pensa mais, a pele fala o que a boca não consegue. Os olhos choram para noite, trancados dentro de tanta dor que não se cabe no quarto e é preciso fugir pela janela. O mundo não costuma ser mais meu, agora ele é apenas um mundo qualquer me engolindo de todas as maneiras quando acordo sem um sol.
Lágrimas são respostas expostas na face quando não há mais palavras ou gestos para expressar a invasão de emoções que permeia e fragiliza a alma do ser humano.
