Sinto a tua Dor
O tempo passou, a saudade apertou. O tempo passou, a dor se curou. O tempo passou, uma verdade ensinou: somos todos passageiros do tempo.
Sobre meu rosto cansado afadigado, o céu, cúmplice da minha dor, esconde as lágrimas que o mundo não pode enxergar.
Não mendigues pensamentos aflitos ao me ver quieto,
meu silêncio não é dor, é contemplação,
Não estou sofrendo nem lamento a dádiva vivida, reflito a grandeza de Deus,
vendo as nuvens desenharem o céu em oração.
✨ Seu sorriso é mais forte do que qualquer dor.
Mesmo ferida, ele ilumina.
Mesmo cansada, ele resiste.
Não apague essa luz que mora em você.
Porque às vezes, é o seu sorriso
que salva o dia de alguém…
e um dia, vai salvar o seu também. 🌻💫
Depois da tormenta, não se lastima o que foi dor, nem se foge da realidade que ensinou a verdade vivida.
“A alma endurecida pela dor não se dobra; ela se arma. Quem entende a guerra interior sabe que o maior inimigo está no espelho, e que só o aço da mente pode quebrar suas correntes. É no caos que o general encontra seu trono.”
— Purificação
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“A dor é a linguagem dos fracos, mas o silêncio dos fortes. Não reclame da tempestade; seja o furacão que ela teme. Nas trincheiras da alma, os estoicos forjaram a coragem que o mundo ainda não aprendeu a reconhecer.”
— Purificação
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INTERROGADO
Ninguém amou! Os meus dias vão passando
Nos meus sonhos, na minha dor, na vida
Das escolhas da minh'alma já perdida
Entre as essências do amor! Interrogando
A toda a gente o que sou, que vou criando
Força nos meus braços na subida
Da estrada, nos espinhos, nas feridas
Do mal que aos caminhos vou ganhando!
De humano torturado entre as trevas
Nada me ganha, um coração inatingível,
A pulsar entorpecido, e ninguém leva...
Quem me sorriu a esta vida? Quem chorou?
Quem por mim já reluziu o impossível?
Nem entre os meus sonhos, ninguém amou!
Nem tudo o que parece amor é vínculo.
Quando o afeto é uma encenação, a dor é o único sentimento verdadeiro.
A dor corta.
Mais fria que o gelo, mais afiada que uma katana.
Não chega com ternura, nem com piedade.
É indesejada como a visita inesperada de um parente distante, aquela que ninguém quer receber.
Ela desnorteia, faz tremer de raiva só por existir,
e, paradoxalmente, agradeço por sua presença profunda.
Não a entendo, nem a expulso.
Mas sinto sua força e sei: ainda estou viva.
A dor é ambígua;
vazia e completa,
forte e frágil,
louca e sã,
eterna e fugaz,
calma e tempestade,
causa e remédio,
amiga e inimiga,
indesejada, porém essencial.
E a ela eu agradeço.
Porque só me levanto após a queda;
como pérolas que nascem da ostra que sofre,
porque só aprendo quando sinto.
A dor não é amiga, mas tampouco inimiga.
É a mestra silenciosa que me ensina a ignorá-la,
e, ao mesmo tempo, a conviver.
"A dor que vesti"
Não posso deixar a dor ir embora.
Ela é a única coisa que ficou.
Então aprendi a moldá-la —
como um ferreiro em silêncio forja o que precisa para continuar.
Com o ferro chamado dor, construí uma armadura.
Fria. Pesada.
E um escudo, para suportar os golpes invisíveis que o mundo me dá todos os dias.
Mas nunca uma espada.
Eu não quero atacar ninguém.
Só sobreviver.
A epilepsia é minha cicatriz.
Não é ferida aberta o tempo todo,
mas é como uma rachadura em vidro grosso:
invisível para muitos, mas que pode se partir a qualquer momento.
As crises vêm como tempestades sem aviso.
E os olhares —
ah, os olhares…
esses são como lâminas finas que cortam sem sangrar por fora.
Desprezo disfarçado.
Pena mal escondida.
Tratamentos que me diminuem até eu esquecer que tenho altura.
E então eu abaixo a cabeça.
Não por respeito,
mas por vergonha de existir do jeito que sou.
No trabalho, nos sonhos, em casa —
tudo me lembra que eu sou "o epiléptico".
Como se fosse só isso.
Como se minha história, meu valor, minha essência…
tivessem sido apagados por uma palavra.
E cada nova crise, cada nova conversa que me reduz a uma condição,
é mais uma luta.
Mais uma ferida que cicatriza, mas nunca desaparece.
Eu continuo aqui, vestindo a dor.
Vivendo como um zumbi com armadura.
Sem espada, sem raiva, sem guerra.
Só com o cansaço de existir assim.
Mas ainda existindo.
Não vejo a fé na necessidade, no medo ou na dor, mas na gratidão. É difícil falar de fé se você não sentir, é muito mais difícil sentir se você não se doar, é mais fácil acreditar no que se pode tocar, este é o motivo da fé ser intocável.
Amor não envelhece porque não tem idade, medo, inveja ou dor. É uma questão de intensidade, equilíbrio e harmonia, aparece sempre nos melhores momentos da vida.
