Shakespeare sobre o Amor Soneto 7

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⁠SONETO #5
SONETO DO SER AMADO

Do perfume das rosas, comigo
Sinto no Olimpo dos cuidados
Do zelo prazeroso imediato
Do amor entre íntimo e amigo.

O ato de doar tem o seu destino
Debaixo dos lençóis e na rua
Quem contigo não falava, vira sua.
Admirador secreto vira predestino.

Ser acariciado, minha alma suscita
Sente a vontade de beijos carnais
De longe, a distância não aguenta.

Quem sabe, de paixão um pouco mais
A atividade amorosa sustenta,
O que o sofrer não se conquista.

Inserida por luizfelipelimasilva3

⁠SONETO #3
ESTETICISTA FACIAL

Moça bela, secretária me atendendo
Na sua mesa, logo de manhã bem cedo
Antes de tudo, maquiagem completa
Seu nome é Marcela bela, lábios violeta.

Ninfa das plumas rosas e sutis regalias
Me inspirei olhando a ti que me avalias
Meus documentos, minha três por quatro
Tua singularidade feito lua deixa rastro.

Marcela, esmeralda desejada por Brás
Cubas, luxuosa no brilho e com batom.
Modelo da estética artística, que trás

A arte como um soneto agudo semitom
Nos azulejos da moda, fugaz nas letras
Feita escansão para se admirar o bom.

Inserida por luizfelipelimasilva3

⁠Soneto do "Acaso Eterno"

⁠Mais do que beleza em virtudes
Quando, mais que a doce fala,
O olhar forte que abala,
Vem com sutileza em atitudes

E se são tantos predicados
Aos quais estamos nós sujeitos,
Só se entende, então, defeitos,
Os sujeitos, próprios mal dedicados.

Se ouvimos um brado de independência
Numa voz quente e retumbante,
Lembremos logo as tais virtudes

Pois são tão belas quanto inconstantes.
São um brilho intenso de consciência
Das suas belas inquietudes!

Inserida por Smurilo

⁠Soneto : Amo-te

Amo-te tanto quanto o alfabeto em linha
Vou de letra em letra buscar teu sentido
Mesmo que de ti nunca tenha ouvido
Que o amor que te tenho, tu também me tinha

Amo-te mais do que uma simples fala
E um dicionário cheio não me bastaria
Pois o amor que sinto não se explicaria
Então na tua presença minha boca se cala

Amo-te no hoje e no amanhã infinito
Como amo a vida e também a morte
Vejo teu sorriso tão meigo e bonito

Ter você comigo seria ter muita sorte
Mas a mim mesmo, tenho tanto dito
Que talvez o que eu sinta, a ti não importe

Inserida por Welerson

⁠Soneto : Fúnebres Atos

Meu corpo empalado à forma exangue
Nos rubros altares que oram em meu nome
Saciai tua sede com uma gota do meu sangue
E com a minha carne saciai tua fome

Faleço aos conceitos carnais que me atrevo
Meu corpo, de minha alma desune
Minhas últimas palavras aqui escrevo
Pois da morte, nunca fui imune

E aguardo a chegada do oportuno martírio
Ao assinar com sangue no finado contrato
À minha sepultura adorna o lírio

E parto desta vida onde os dias foram ingratos
Deixo meus versos de puro delírio
E despeço-me deste mundo em fúnebres atos

Inserida por Welerson

⁠Soneto : Calor

Calor que agride esta terra amada
Que racha o solo em tamanho braseiro
Calor ardente em torrão brasileiro
Calor que ferve a pólvora armada

Calor que parte, obra natural da vida
Mas também calor que tanto produzimos
Calor das queimadas, do que consumimos
Calor da poluição, dos dejetos da lida

Calor do sulcro ao núcleo terrestre
Calor da terra, calor da fenda
Talvez um dia a humanidade aprenda

Que o calor que mata o campestre
Também pode matar a nossa gente
E talvez neste dia não seja mais quente

Inserida por Welerson

⁠Soneto : Odores Mortais

Flores pelos campos vastos coloridos
Dum florescer tão lindo que mostra vaidade
Relembra dos adornos que trazem saudade
Naqueles campos tão vastos floridos

Seu perfume exala tantas emoções
Rosas rubras que sangram sentidos
De odores vastos, todos tão sortidos
Que fazem alogia e comparações

Comparando à vida que é bela e única
Servindo de adorno às mais raras túnicas
Que vestem os membros dos meios reais

Mas aqueles campos tão vastos floridos
Murcham com o ar que aqui é poluído
E os seus odores se tornam mortais

Inserida por Welerson

⁠Soneto : Asas Da Morte

Sigo em ritual fúnebre queimando em brasas
No fogo ardente que me queima vivo
Meu coração sustenta seu lado abrasivo
Enquanto meu corpo mergulha em águas rasas

Afogando-me aos poucos, num rio sangrento
Um mar de ódio que dos meus olhos vaza
Neste mar talvez que minha alma jaza
E segue em seu íntimo sem sentimento

Talvez por um tempo eu mesmo me conforte
Com a dor que enfrento em minha consciência
Ou somente viva crendo na ciência

Que talvez um dia eu possa voar distante
Enquanto meu lamento segue tão constante
Voarei nas asas desta nefasta morte

Inserida por Welerson

⁠Soneto : Linda

Linda, teus paladares são meigos
Eles tanto me falam
Mas os meus sendo leigos
Em sua presença se calam

Teus olhos são claros
Os meus são escuros
E teus lábios são muros
Eu quero cruzá-los

Tua boca é tão doce
Tem gosto de mel
Tu és a mais linda rosa

E tua aparência é como se fosse
A mais radiante estrela formosa
Que habita o mais profundo do céu

Inserida por Welerson

⁠Soneto de janeiro

Então, janeiro, primeiro do ano
E, assim, caminha dia pós dia
A sorte na sua inquieta valeria
Agridoce magia, de fatal plano
O destino palpita tão soprano
Num canto de tristura, alegria
E, seguindo, cheio de fantasia
Faz-se vida, e o tempo decano

Indo, que se vai, caminhando
Fatos, estórias, n’alma flamas
Com um horizonte passageiro
Sentido, então, vai passando
Fugaz, vigente, em chamas
Alvorecendo mais um janeiro...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 janeiro, 2024, 14’12” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto do sonhar

Queria dizer que foi engano , mas seria mentira
Lembrar de você e uma sina que adiqueri
Que bom que esse pensamento me inspira
Desculpa se te esquecer ainda não consegui

Sei que sou muito chato na minha insistência
Não quero e não vou parecer um louco passional
Às vezes me perturba a sua satisfatória resistência
É que a saudade muitas vezes me faz tanto mal

Mas prometo a você que não deixarei que me domine
Nem transparecerei nenhum sentimento doentio
Esse sentimento que faz parte da minha alma

Rogo a Deus que Sua vontade e verdade determine
O melhor percurso a seguir sem qualquer extravio
Desejo que receba meu sentimento com toda calma...

Inserida por Hally1978

⁠Soneto da Eternidade

Em cada passo, escrevo a minha história,
Gravando marcas pelo chão da vida,
Se o tempo apaga rastros na memória,
Meu nome fica, voz jamais contida.

Não busco glórias vãs que o vento leva,
Mas sim legado feito em chama ardente,
Quebrando as sombras, rasgo a noite em treva,
Pois sou farol em mar de alma descrente.

Se a morte um dia vier me desafiar,
Que leve o corpo, nunca o que forjei,
Pois quem constrói com fé há de ficar.

E assim, quando outros lerem o que eu sei,
Serei eterno em tudo o que criar,
E em cada mente livre, viverei.

Inserida por joemarro

Consulta Poética.

Bom, pelos seus relatos…
receito um soneto aos amores solitários
dipirona não resolveria o caso
então comecemos pelo dicionário

Vejamos… perdido? não, está aqui.
Quem sabe… Isolado? talvez, está só, também.
E se… Sim, esse! Poesia, a melhor definição
chama o médico que acabou o plantão.

E atrás da receita tem meu cartão
me chame se precisar… quem sabe
de instruções para sua nova criação
até mais, assinado: Paixão.

Inserida por Zeta

⁠Soneto a Railene
Renova-se minh’alma em vosso vulto,
Ó luz formosa, olhar de doce alento,
Que, sendo simples, torna-se absoluto
E em mim derrama amor e encantamento.
Vossa morena tez, qual ouro oculto,
É chama que consome o pensamento;
Vosso corpo gentil, tão livre e culto,
É meu desejo e meu contentamento.
Se é vedado o amor que vos dedico,
Não há, porém, poder que o desfaleça,
Pois nele encontro o lume e o perigo.
Railene, vós sois minha fortaleza,
E ainda que me falte o bem mais rico,
Basta-me a vossa voz por natureza.

Inserida por Jhonkennedy

⁠"SONETO DA REPARAÇÃO"

Tentei, eu, reparar o acontecido
e consertar os erros do passado
mas acho que eu estava equivocado
e o que passou, passou! Fui, pois, vencido!

O tempo encarregou-se em ver lavado
os meus percalços, falhas, o ocorrido,
e viu-me o tanto que já padecido
no espaço do remorso consumado.

Reparação se fez sem minha ajuda
quando a poesia pura, aqui desnuda,
juntou-se a ele pra falar de amor…

O acontecido, reparar bem quis
pra ser, um pouco mais aqui, feliz
mas, para tal, o tempo é que é senhor!

⁠Soneto da Escuridão

Talvez eu deva sumir para estrelas,
De tanto mal consentimento, não hei
De amargurar. Talvez, por centelhas,
A solidão seja dádiva — e sei.

Talvez eu nunca deva, em outro mundo,
Existir. De tão único, falhei.
Por isso, não chores — afundo,
Não sei o que houve, nem o que serei.

Possa estar viva, mas eu traga.
Possa estar morta — neu adega.
Possa existir vestígios da escuridão.

Intensa, à noite ou no pleno dia.
O sol é o exemplo mais claro, então,
Da mais pura e fiel melancolia.

Inserida por WalyssonLima

⁠SONETO 01 - QUEDA LIVRE
Além de Si

Quando dei por mim
Já não era mais eu...
Tudo onde via ser meu
Faziam partes do fim.

O amor que outrora fora tudo,
Agora não mais restava um pouco.
Momentos marcados como loucos
E eufóricos foram apenas absurdos.

Um todo por metades desiguais,
Ou fragmentos de uma parte.
Pois o meu desejo foi a arte
Que preencheu esse vazio demais.

Agora estou eu cá sem ver o que há aqui...
Por doar-se demais além de si.

Inserida por LucasCandido

/⁠SONETO 02 - QUEDA LIVRE
Acima do Véu

Prometi a ti a vida que falei.
Rasguei os músculos dormentes,
Queimei a pele no sol quente
E até as lágrimas, enxuguei.

Mergulhei fundo na vida para ter o mundo.
Segundos duraram anos longe de você.
Profundos tormentos senti para vencer
E no fim vejo somente sorrisos imundos.

Quisera eu poder alcançar o céu
Sem precisar ver acima do véu.
Estaria você a me iludir com vagas esperanças.

Agora frágil e jogado ao léu,
Vivendo amargo feito fel,
Como poderia eu ainda ter confiança?

Inserida por LucasCandido

⁠Quis faróis, tens que visam Salvador,
Vai-se soneto branco chamuscado;
Falais aos caranguejos e saguis,
Imitantes atores às marés, areias,

Num traquear desolado Atlântico:
Vens lufada abrangente e Carioca;
Branda a lufar — se nós lufássemos
— que sejais samba, roda de pagode.

Baianos cativados contemplam
As areias, caranguejos na ciranda,
Até saguis em marés. A elite levanta

E sai do Monte Pascoal a ver samba:
— Que fazeis esses? Longe; aqui na Bahia?
—Esses, acampar-se-ão no Farol da Barra.

Inserida por JHWesp

⁠Soneto à Morte do Conde Orgaz -

Lá longe, mais além, onde não vejo ninguém,
existe um préstito funéreo
a que minh'Alma se prende, porque contém,
um profundo olhar etéreo ...

Vão muitos a sepultar, entre lúgubres caminhos,
D. Gonzallo de Tolledo, Senhor da Vila de Orgaz.
"Óh morte, quando é que também me vestes...?" Assim diz, o Poeta-Conde, Senhor da vila de Monsaraz!

E em hora derradeira ouve-se uma voz sem Paz:
Não há ninguém que me conforte,
oiço ainda o Vento chorar trágico e forte!

E tanta gente se vê nos funebres chorões do seu caminho
a abrir com lágrimas de morte, um qualquer destino,
para aquele que foi outrora o Conde de Orgaz!



(Soneto que nasce da belissima Tela do Pintor El Greco em que o tema principal é a morte e enterro do Conde Orgaz.)

Inserida por Eliot