Semana da Pátria

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A pátria não é ninguem, são todos.

A política não vive de salvador da pátria. A política vive de engrenagens, de diálogos, de convivência dentro do ambiente que se faça política de fato.

Ai, pobre pátria!
Mal ousa conhecer-se. Nem podemos
Chamar-lhe mãe, que é, antes, sepultura;
Onde ninguém se vê sorrir, exceto
Quem não sabe o que faz…

William Shakespeare
Em Macbeth, ato IV, cena III

Até ontem, a nossa missão era fundar a república; hoje, o nosso supremo dever perante a pátria e o mundo é conservá-la e engrandecê- la.

Marechal Deodoro da Fonseca
FONSECA, M. D. Mensagem dirigida ao Congresso Nacional em 15/11/1890. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1890.
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Nada nos poderá preocupar, se decidirmos firmar o coração no desejo da verdadeira Pátria: o Senhor nos conduzirá com a sua graça e impelirá a barca com bom vento para tão claras margens.

Nos anos 60 fui considerado um inimigo de Deus e da Pátria, um bandido terrível. Hoje diriam que eu sou apenas um saudosista das esquerdas.

Paulo Freire
Isto é Paulo Freire. Folha de S.Paulo, 3 maio 1997.

Minha religião é o amor, minha pátria é o mundo e minha raça é a humanidade.

CLAMOR

Em nome da Farda
Dedicamo-nos à Pátria,
Curvamo-nos ao Governo,
Obedecemos a Corporação,
Servimos a Sociedade,
Submetemo-nos à Imprensa,
Ausentamo-nos de Nossa Família...

Em nome da Segurança
A Pátria nos ostenta,
O Governo nos mantém,
A Corporação nos empenha,
A Sociedade nos cobra,
A Imprensa nos expõe,
Nossa Família nos lamenta...

Em nome da Honra
Clamamos:
Pátria, nos fortaleça!
Governo, nos valide!
Corporação, nos defenda!
Sociedade, nos apoie!
Imprensa, nos dignifique!
Nossa Família, não nos esqueça...

Somos a pátria do compadrio, do coronelismo, do nepotismo, da burocracia gigantesca e ineficiente, da falta de cidadania, de uma política tradicional podre, do jeitinho mais rasteiro. (...) Claro que existe um outro lado, telúrico, da terra, do corpo do Brasil, que eu amo, a energia geológica e geográfica. E também certos aspectos do povo brasileiro, suas cores e sons, o lance do futebol. Mas o Brasil institucional é brabo.

O Brasil acostumou-se a ser um país de salvadores da pátria, de soluções milagrosas, isso é típico de uma monarquia. Mas numa democracia republicana quem resolve nossos problemas somos nós.

Pátria minha

A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.

Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.

Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias, pátria minha
Tão pobrinha!

Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação e o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!

Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.

Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...

Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!

Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.

Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.

Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamen
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!

Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade me vem de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.

Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.

Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama…
Vinicius de Moraes."

Vinicius de Moraes
Antologia Poética

Uma pátria onde não há trabalho, não ha esperança no dia do amanhã, essa pátria não existe. Porque a pátria é trabalho.

Quando todos os políticos aprenderem a amar sua pátria, lutarão assim para a mudança de um país.

⁠O que você quer? Que eu fique em casa? Quem vai lutar por esse país? Você?

⁠Essa luta é nossa. (...) São lutas justas de um povo com uma aspiração legítima de decidir o seu destino.

⁠Deus quer ao seu lado os bascos bons. Mas cabe a nós a missão cristã de defender nossa identidade, e portanto, nossa cultura, e acima de tudo, nossa língua. Porque se ela desaparecer, me diga, quem rezará a Deus em basco? Quem cantará em basco? Eu respondo. Ninguém.

⁠Aqueles que nos maltratam logo falam de democracia. A democracia deles! A que nos oprime como povo.

⁠Rosa Alegria, Alecrim.

"Arlequim está chorando pelo amor da Colombina, no meio da multidão..."

Alegria, Arlequim, alegria!
A tarde não é o fim;
Ainda é dia!
E a flor de fato existe...
Embora seja mero alecrim.
Não vale a pena ficar triste.
Viver é mesmo assim:
Quando se quer rosa,
Acha-se o alecrim...
Portanto, alegria, Arlequim, alegria,
Que um dia...
Tudo tem seu fim.
Quiçá o mundo nem seja ruim.
Pode-se até na vida,
Descobrir que a flor que mais era querida,
Nem mesmo era a rosa,
Mas sim,
Uma flor de alecrim.

Inserida por homeropatria

⁠Centro da Cidade

Caminham sérios como penitentes de batina,
Que tipo de grito espalha toda minha gente?
O mesmo do pedinte solitário seguindo sua sina?
Ou o choro lancinante de qualquer indigente?

Há um grande espaço vazio entre cada esquina,
Que se povoa de pedaços de ilusão ingenuamente,
Num doce olhar grisalho ou no sorriso da menina,
Que se aperta no trem lotado sofregamente.

Então, fatigada e inerme a cidade sua...
Passam-se as horas, o tempo, a vida e até a rua
Cujo nome se perdeu na ladeira da memória.

Prédios, sonhos, monumentos... tudo é história.
Quando o velho farol da praça se abre de repente,
Automóveis, motos, almas partem velozmente.

H Patria
1984 Janeiro.

Inserida por homeropatria

⁠Rico.

Dono da maior riqueza, nada no mundo tem dor.
Todo o tempo, todas as horas, dedicadas ao amor.
Ali tudo há a abundância e tudo se sacia.
Além do ouro, do amor e da alegria.

Nem se espera que venha o calor,
Pois sempre haverá um vasto cobertor,
Nem se espera que venha o dia.
Porque antes já nasce a harmonia.

Não se aguarda nada nem se prende,
Aos pequenos inusitados laços de toda gente.
Não se perde nem se arrepende.

Segue vivo pleno e indulgente.
m ser puro que não se vende.
Uma felicidade absoluta de estar contente.

Hpatria

Inserida por homeropatria