Se Voce Chora eu Choro
Não fazia muita lógica continuar vivendo, mas eu não podia perdê-lo assim de vez, não conscientemente.
Eu estava permanentemente proibida para lembrar. Estava em uma situação chave, tinha duas opções: ou lembrava e sofria ou esquecia e vivia. Optei pela primeira, pois sem ele eu não podia viver.
Eu sei que não o amava tanto quanto passava, mas amava-o quanto podia, o quanto era permitido, além do que o meu torpor me permitia.
"Não é tão fácil construir afinidades com alguém, amor. Existe um caminho, uma conquista. Eu e você estamos criando o nosso mundo. Temos coisas que gostariamos de fazer juntos. Momentos em que não precisamos dizer nada um para o outro e o mundo acontece.
Eu pensava que seria diferente. Mas não me vejo querendo tomar para mim suas horas mais importantes e felizes. Para mim, não importa. Se algo faz você feliz, me faz também e pronto. Não quero medalhas em mim, mas sorrisos em você. Mesmo que eu não os veja o tempo todo.Também construo mundos com outras pessoas. E é bom que seja assim. Tenho com a Tâ um mundo de imagens cotidianas. Com a Jacque, um mundo de segredos e passos. Com a Sissa, humor e silêncios. Com cada um que me cerca construo um ou vários pequenos mundos onde não vemos o tempo passar – e então a vida parece fazer sentido.
O que me deixa feliz e me tira sorrisos todos os dias - aqueles que a gente olha pro nada, mas um nada somente pros outros, pois o fato de você estar contido nos meus pensamentos faz disso tudo... o meu tudo - é o fato de criarmos o nosso mundo várias vezes. E me disseram: Fica atenta Ana, quando acontece de encontrar a cada dia mais mundos com alguém, costuma ser amor.
E como de costume é amor.
O meu amor por você.
E como já disse em vezes incontáveis: amo tudo, todo, hoje, ontem, sempre!"
Eu quero ser seu anjo,
Só pra te ver andar.
Se hoje eu não tenho asas,
Foi de tanto voar...
À procura de alguém pra me acompanhar.
Sou um grande ator eu sei, enfrento tudo sorrindo, mas quem ve como estou por fora, não sabe o que estou sentindo.
Se em algum momento, me fosse dada uma única chance de dizer algo ao mundo, eu diria: AME O AMOR, POR FAVOR!
Eu desço a ladeira de salto 15.E se ele arrebentar eu desço na ponta do pé.Mais nunca desço do salto!
Para que tentar se descrever
Se palavras não conseguem dizer o que realmente importa?
Eu poderia colocar mil adjetivos me caracterizando
Mas será que eu estaria dizendo a verdade?
Será que eu conseguiria realmente me descrever?
As pessoas acham que podem nos classificar utilizando palavras
Mas eu acho isso impossível
Não consigo imaginar algo tão perfeito
Tão bem escrito que consiga detalhar a complexidade que é o ser humano
Às vezes uma palavra mal colocada
Mal interpretada
Acaba com a vida de uma pessoa
E se isso realmente pode acontecer
Por que se arriscar tentando caracterizar alguém?
Nós nunca vamos conhecer uma pessoa por completo
Se só estivermos a fim de achar palavras que se pareça com ela
Palavras que nada mais serão do que simples adjetivos
Palavras que nunca vão conseguir mostrar a alguém o que realmente somos
Palavras, que apesar de serem lindas quando bem utilizadas, continuam sendo apenas palavras
E tentar descrever uma pessoa através de palavras é impossível
Pois uma pessoa é muito mais complexa que uma palavra
E uma palavra jamais terá o significado de uma pessoa
E do que ela realmente é
Sonhei Contigo
Numa noite eu tive um sonho
Que eram nós dois num encontro perdido
Ela sorria e eu olhava.
E quanto mais me aproximava, mais eu nela
me ajuntava.
Cocha, com cocha...
Braço, com braço...
Língua com língua.
Nesse embolado só o tempo não passava.
Amanheci suado, atordoado apavorado.
E disse comigo mesmo.
Deus me dê logo ela, pois outro sonho desse morro de amor por ela.
Não sou o que sou,
sim o que não fui.
O eu inatingível
que não me deixei ser.
Um ser - não me fiz.
Seria...não fosse a dor
em desfazer o que ja sou.
Serei...e agora,
o que me é pra ser:
Todas as sobras de mim!
Ah se minha palavras fizessem eco! eu as levaria mais de uma vez a onde eu queria que elas fossem...
Se eu pudesse viver uma vida em um dia, eu viveria todos os dias uma vida
Eu sou o tudo ou sou o nada
Não penso no que passou e nem acredito que o amanhã será melhor que o agora
Sou triste ou sou feliz
Não me contento em apenas ser o que sou, por isso sigo indo e procurando descobrir o que posso ainda ser
Sou Tempestade ou Estiagem tudo depende do tempo e momento.
Não me contento com pedaços de histórias, com finais tristes, com meios sorrisos
Não me contento em trabalhar pouco, em dançar pouco, em sorrir pouco e em viver uma vida sem sentido.
Não acredito no sucesso sem Luta, na fortuna sem trabalho, na conquista sem o pagamento de um preço.
Sim, sou os extremos.
Sou segredo oculto
Sou criadora e criatura
Associo a amizade ao amor incondicional, por isso aos meus amigos eu dedico todos o meu amor, lealdade, parceria, em suma, não economizo meu ser. Eu me dôo na minha totalidade e desejo que meus amigos sejam felizes, só para que eu possa me sentir feliz com a felicidade deles.
Quando amo, posso levar o ser amado aos céus ou ao inferno, mas certamente a experiência do meu amor será única, por que sou intensa e não me contento em amar pela metade.
Sou um mar calmo, mas que em um rompante de fúria pode afogar tudo que ama.
Definitivamente nunca serei o meio termo, o mais ou menos, serei muito mais ou muito menos.
Sou idealista, prefiro morrer por uma causa que acredito ser justa a ter que viver uma vida medíocre e sem sentido. Sim, se eu tivesse que escolher entre morrer como um heroína ou viver como uma covarde, certamente eu morreria em pé, porém, jamais viveria ajoelhada.
Não raras vezes fujo de mim e esqueço quem sou, mas a noite com sua voz doce, sussura no meu ouvido, fala que é exatamente quando eu fujo de mim e esqueço quem sou é que me permito ser
outubro
Eu não queria levar nada, carregar nada, lembrar nada.
Preferi não me despedir, despedidas costumam ser melancólicas e explicativas, e de todas as coisas que eu fugia com a minha decisão, as principais eram a melancolia e as explicações que implicavam aquela vida..
Juntei dinheiro, peguei uma mochila, nem grande demais pra não chamar a atenção, nem pequena demais pra não faltar espaço pro que eu precisaria dali pra frente. Selecionei a bagagem: poucas mudas de roupas, três fotografias, uma carta, um rascunho de resposta, dois livros, um mapa rabiscado e fiquei indecisa sobre os pingentes: um mamãe me dera, o outro fora dela.. Resolvi levar os dois.
Botei a mochila, enfiei o boné na cabeça, meu pai sempre disse que eu botava aquele boné quando queria aprontar alguma, talvez o velho não estivesse tão errado assim. Deixei um bilhete no espelho do banheiro:
"Não sei quando tu volta, mas sei o que vai pensar sobre isso.
Um dia, talvez, entenda que não é fraqueza, é liberdade,
mas eu não tenho grandes esperenças quanto a isso.
Ainda, com amor,
L. "
E saí, nunca me senti tão feliz em sentir a brisa das seis da manhã, os primeiros raios de sol de primavera me invandiam por inteira e me permiti um sorriso, fazia tanto tempo, já tinha esquecido a sensação... Não qualquer sorriso, sorrir a gente sorri todos os dias, mas sorrir pra alma também, sorrir com o corpo inteiro, sentir os pulmões se enxerem e a expressão do rosto iluminar-se, isso sim, é um sorriso. Pensei então no que seria agora, nem tinha me passado pela cabeça que eu não tinha nada planejado, engraçado como essas coisas acontecem. Quando eu era criança e fugia de casa (dava a volta no quarteirão, passava a tarde embaixo de um banco e comia um CQ na praça, a noitinha voltava correndo pra casa), passava meses desenhando mapas e contabilizando minha mesada, pra ver o que dava pra fazer. Hoje, com 19 anos, eu não pensei em nada, me dei alta da semi-vida e escolhi viver, simples assim.
Mesmo sem querer, lembrei da Fer, não era justo ir embora assim e não dizer nada nem pra ela, e de qualquer forma, sabia que dela ninguém ouviria uma palavra. Peguei o celular, mas hesitei por um instante, o que eu queria dizer não dava pra expressar pro telefone, mudei a rota e segui até a casa dela. Fazia dois anos que a Fer dividia a casa com quatro colegas de faculdade, o irmão dela, uma guria e dois amigos. Era um chalézinho simpático, com um pátio grandão e duas árvores que me deixavam encantada, já pensei várias vezes em me mudar pra lá também, mas nunca fui muito social, e a idéia de dividir o banheiro com cinco pessoas, é, não mesmo.
Toquei o interfone, um dos meninos que moravam lá era técnico em eletrônica, o chalé era todo equipado com coisas exageradas, mas que davam um toque de personalidade pro lugar.
- Quem? - uma voz sonolenta atendeu. Reconheci imediatamente o tom, era o Biel, irmão da Fer. Me dei conta que eram seis e vinte da manhã, e que a maioria dos estudantes normais estudavam só depois das oito, me dei conta também, do misto de sentimentos que eu senti ao ouvir aquela voz. Balbuciei alguma coisa e fiquei totalmente sem jeito.
- Biel? A.. a Fer "tái"?
- Cara, que horas são? Bah, eu nem sei da Fer, não abri os olhos ainda.. "Guentaí" que eu vou ver. - com um estalido ele desligou o interfone. Passou alguns instantes, alguns passos no parquet do chalé, a chave girou na fechadura, esperei ver a Fer com o seu pijama amarelo que rendeu altas piadas entre a gente, mas ao invés dela veio o Biel com uma caneca de chocolate.
- Bom dia senhorita-surpreendente - disse ele com um sorriso e ergueu outra caneca na minha direção.
- Não.. Biel.. eu realmente preciso falar com a Fer, não dá tempo.. agora, não.
Todo esse embaraço não era de graça, eu e o Biel sempre tivemos uma relação... engraçada, no mínimo! Sem falar que eu só queria ver a Fer e ir embora, não queria que mais ninguém me visse, ninguém pra me tentar convencer a mudar de idéia, não que eu corresse esse risco, sabia exatamente o que queria, ou pelo menos, o que eu não queria. E o Biel sempre teve aquele jeito, de me fazer falar tudo o que eu tava pensando, sem muito esforço. Pra falar a verdade, era natural, quando tomava por conta, já tinha falado tudo que eu não admitia nem pra mim mesma.
- Ei, ei, calma aí, pequena! Parece até que tá fugindo.. - ele se manteve sorrindo e com a caneca no ar.
"Parece que tá fugindo, comentáriozinho sem vergonha esse."
Aceitei a caneca, não tinha mesmo planos, essa era a vantagem, essa era a grande mudança, o que fazia tudo ter sentido, sem explicação alguma.. Nada de planejar, nada de saber, estava no ínicio do dia do primeiro mês do resto da minha nova vida..
Mesmo que eu nunca te toque, quero que saiba que sempre vou te amar; porque antes de te tocar, ja te sentia em mim ...
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