Se Voce Chora eu Choro
Carta que você nunca vai ler
Oi.
Eu não sei exatamente por que estou escrevendo isso agora, talvez seja só mais uma dessas noites em que tudo volta. E você... sempre volta também. Não com uma mensagem ou uma ligação — isso seria simples demais pra alguém como você. Mas volta no vento, no cheiro de rua molhada depois do calor, em músicas que não tinham nada a ver com você até começarem a ter.
Eu penso muito naquele tempo. Não sei nem se posso chamar de “nós”, porque “nós” nunca aconteceu de verdade. Mas me lembro de tudo como se tivesse acontecido. O jeito que você sorria de lado, como quem carrega segredos demais no bolso. Aqueles dias longos em que eu fingia que era só casual, quando na verdade eu queria o mundo com você. E você? Você só queria passar.
Você chegou sem prometer nada, e mesmo assim eu me entreguei como se tivesse ouvido juras. Fui todo presença, enquanto você era ausência em forma de gente. Você dizia que não era pra durar, mas eu fechei os olhos e pedi em silêncio pra que o tempo congelasse. Idiota, eu sei.
Tinha sol, sal, lençóis bagunçados e despedidas sem data. Era bonito, sim, mas era uma beleza frágil — daquelas que quebram fácil se a gente aperta demais. E eu apertei. Segurei tudo com tanta força que acabou escorrendo pelos dedos. No fim, ficou só o gosto agridoce do quase. O que a gente viveu foi um talvez disfarçado de certeza.
Hoje eu sigo em frente, mas não totalmente. Ainda passo por lugares esperando te ver. Ainda escuto músicas que você nunca ouviu, mas que me lembram você. E às vezes me pergunto: será que você pensa em mim também? Ou fui só uma estação qualquer no seu caminho?
De qualquer forma, isso é só um desabafo.
Você nunca vai ler.
Mas eu precisava escrever.
Você chegou na minha vida como um furacão, revirando tudo que eu pensava que era impossível de se movimentar, o problema é que não ficou pra me ajudar a organizar a bagunça,e quando vi, levou meu coração e deixou apenas a destruição.
Não se culpe, nem se compadeça de mim. A vida é feita de escolhas. Eu escolhi você... Escolhi morar com você... Escolhi me demitir... Escolhi te dar um voto de confiança... Te escolherei mil vezes, até o dia que eu não tenha mais razão para te escolher.
Num dia cinzento e frio eu comecei amar você porquê ali eu descobri o real sentido de ser aquecido pelos teus abraços com sabor de cobertor no meio da neve.
Se você soubesse…
Eu costumava ser sozinho.
Foi quando, sem querer, eu esbarrei nos teus olhos profundos, lindos,
e cheios de coisas que eu nunca consegui decifrar.
E mal sabia eu tudo o que eles já tinham visto…
e tudo o que ainda fariam ver.
Pode parecer clichê, talvez seja mesmo.
Mas foi ali, naquele primeiro olhar, que eu me apaixonei.
Foi ali que conheci uma parte doce do mundo.
Uma parte que tinha teu nome.
E os nossos caminhos se cruzaram como se fosse por acaso.
Mas a verdade é que, desde então,
nada mais foi por acaso.
Eu me vi em você.
Você sempre acreditando no melhor, cheio de fé, cheio de luz.
E eu tentando não me apagar por completo.
Você sonhava e corria atrás.
E eu sonhava e me perdia.
Porque passava tempo demais cuidando dos outros,
tentando agradar e se esquecendo de mim.
A maior prova de amor que eu te dei
foi estar ao seu lado em tudo.
Nos dias bons, nos dias ruins,
nos dias em que nem eu sabia onde tava a minha força.
O amor é isso, né?
A gente sacrifica uma parte da gente
pra ver o outro bem.
E foi isso que eu fiz.
Eu me sacrifiquei. Por você.
Mas você tinha vergonha de mim.
Talvez por sermos tão diferentes.
Ou talvez porque você ainda não tava pronto pra me amar do lado de fora.
Você não era assumido.
Eu só podia ir pra sua casa depois da meia-noite
e tinha que ir embora antes do sol nascer.
Quantas vezes eu caminhei de volta pra casa no frio, na chuva,
com o coração molhado
e os pés cansados de esperar por um espaço na tua vida.
E foi aí que eu percebi.
Por mais que eu te amasse,
eu não estava confortável nessa relação.
Porque eu te amava
mas me sentia escondido.
Foi então que eu errei.
E não vou me justificar.
Só digo que talvez tenha sido uma tentativa de entender se o problema era eu.
Se alguém mais também teria vergonha de mim.
E eu conheci alguém.
Alguém que me quis perto.
Me mostrou sem medo.
Me levou pra viajar,
me apresentou pra família.
E mesmo assim,
tudo o que eu queria era viver aquilo com você.
Mas você tinha vergonha de mim.
Sabe de uma coisa?
Se eu soubesse que as nossas vidas nunca mais seriam as mesmas,
do quanto tudo isso iria doer,
eu preferia nem ter saído de casa naquele dia.
Preferia nunca ter te conhecido.
Porque hoje
a gente não estaria aqui, assim.
Um longe do outro.
Um vazio que não se preenche.
Uma saudade que não tem pra onde voltar.
E a única coisa que restou
foi o silêncio do que a gente quase foi.
Acordes na Maré
Você partiu feito onda que some,
deixou na areia seu rastro e seu nome.
E eu fico aqui, rindo entre soluços,
lembrando teus acordes, teus passos astutos.
Tocava violão com alma de sol,
cada nota tua era um farol.
Na beira da praia, de pés na espuma,
cantava pra vida, cantava pra lua.
O luto chegou, sim, sem pedir licença,
mas não apagou tua doce presença.
Ela mora no vento que embaraça o cabelo,
nas canções que tocam no fim de janeiro.
Saudade? Tenho. É parte de mim.
Mas também é sorriso, memória e jardim.
Teu riso ainda dança no som das marés,
e tua batida vibra nos meus pés.
Hoje, sento sozinho na areia molhada,
o mar me consola, a noite é pintada.
Tuas músicas vivem nas ondas que vêm —
cada acorde me diz: “Tô contigo, tá bem?”
POEMINHA PUERIL
quão difícil é conjugar
o verbo namorar
falta - Eu
falta - Nós
você pode me ajudar?
Carta de reencontro
Ei…
Eu sei que você andou se sentindo pequeno.
Que teve dias em que levantar da cama já foi um ato heroico.
Que teve madrugadas em que você deitou inteiro, e acordou em pedaços.
Mas você não ficou no chão.
Você cuidou do que podia cuidar.
Deu amor. Foi verdadeiro. Fez o melhor.
E mesmo sem retorno, mesmo no silêncio, você permaneceu inteiro.
Você não deixou que a mágoa te engolisse — mesmo quando ela veio com fome.
E olha só pra você agora…
Você tá se reconstruindo.
No detalhe. No dia após dia.
Você tá lendo, escrevendo, criando, se fortalecendo.
Você tá malhando não só o corpo, mas a alma.
Tá escolhendo viver, mesmo quando o mundo parece cinza.
Isso… é lindo.
É força.
É você se reencontrando.
Então hoje, nesse dia em que a saudade aperta e o mundo parece girar em torno de casais, eu quero te lembrar:
Você não é o amor que perdeu.
Você é o amor que carrega.
O amor que ofereceu.
O amor que ainda vive em você, mesmo que do lado de fora esteja tudo em silêncio.
Se alguém não soube receber isso, foi uma limitação deles.
Não uma falha sua.
Hoje, se abraça.
Se olha no espelho e diz: “Eu sou o lar que procurei no outro.”
Você é o lugar seguro.
Você é amor inteiro.
E um dia, alguém que também for inteiro vai reconhecer isso e vai ficar.
Mas até lá, fica com você.
Porque você se basta.
Porque você é mais do que suficiente.
E porque esse caminho que você tá trilhando — por mais solitário que pareça agora — vai te levar pra um lugar de paz.
Você não tá perdido.
Você tá voltando pra casa.
E essa casa…
É você. 🕯️
De mim, para o meu próprio eu.
Pʀɪᴍᴇɪʀᴏ Aᴍᴏʀ
Como eu queria ter dividido
os cabelos brancos e os silêncios
com você.
Ver o tempo sorrir em suas rugas,
sentir que o mundo lá fora podia girar —
mas o nosso ritmo era só nosso.
Ainda escuto seu riso
nas manhãs que não têm pressa,
aquela paz de saber:
estávamos onde devíamos estar.
Mesmo estando longe,
você segue envelhecendo dentro de mim.
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
Não fui eu que criei expectativas sozinha.
Foi você que acendeu a esperança, falou bonito, me procurou, me envolveu.
Foi você que plantou a dúvida e depois fugiu da responsabilidade.
O meu erro não foi sentir, foi confiar.
E mesmo assim, sigo em paz — porque quem é inteiro não precisa de migalhas.
Não consigo caber nos limites que você supõe que eu seja e esteja. Não consigo caber no seu amor. E eu não sinto muito.
Até na próxima vida.
eu vi o tempo passar,
sobrevivi á perto de você
eu não ficar.
eu namorei suas fotos
pensando o que eu diria
nos meus votos.
e nossa despedida
poderia ter sido
mais dolorida.
mas você me disse:
— até a próxima vida —
Me manda
áudio sorrindo,
me fala do seu dia,
manda sua música favorita.
De você, eu só quero
coisas que não se guarda
numa galeria de fotos.
O tempo.
Eu queria ter o poder de parar o tempo.
Tempo em que você sorria com qualquer,
Bobeira que eu dizia.
Eu queria poder parar o tempo.
NO tempo que só minha companhia,
Bastava e os meus braços,
Te reconfortava.
Mas infelizmente eu não tenho.
Esse poder de parar e voltar,
O tempo, mas você segue firme em.
Meus pensamentos. E eu fico.
Pensando em um poder voltar,
A esses momentos em que o tempo.
Fez-nos afastar.
C.N
Eu fogo, você gasolina. Nós nos queimamos e nos atraímos com intensidade.
Você desperta a pessoa adormecida em mim, que queima, arde, machuca.
Nós nos machucamos, eu te incendeio.
Queria queimar, fazer fumaça, explodir e danificar tudo com você.
Mas sinto que, meu fogo pode ficar brando e não seremos tão intensos mais.
Meu fogo oscila, depende do clima e do dia, mas ainda sim, machuca e deixa marcas.
Você sempre gasolina, que pode ajudar mas também queimar, pode se alterar e deixar manchas.
Será que um dia vamos queimar eternamente ou simplesmente vamos nos repelir, para não causar estrago?
Sobre formas de ser e expressar sentimentos.
"Amor, eu entendo o que você sente… e queria muito que tudo fosse mais espontâneo mesmo. Mas sabe, cada pessoa vê o mundo de um jeito — na PNL a gente chama isso de ‘mapa de mundo’. O meu é mais quieto, mais contido… o seu é mais intenso, mais aberto. E tá tudo bem. A gente só expressa de formas diferentes. Isso não muda o que eu sinto, só mostra que somos dois jeitos lindos de amar."
"Longe de Mim" Eu te amo — disso, eu sei.
Mas me pergunto… e você?
O que fez por nós?
Preferiu o silêncio, a distância, os seus próprios caminhos.
Escolheu estar longe…
Diz que sente amor, mas vive como quem não quer estar perto.
Fala de sentimento, mas não mostra presença.
E o que é o amor, se não presença?
Você se ocupa com tudo, menos com o que importa.
E ainda assim, repete: "eu te amo".
Mas amar não é só dizer, é ficar.
É cuidar. É escolher o outro, mesmo nos dias comuns.
Esse amor que você diz ter…
Parece mais um eco do passado do que algo que vive hoje.
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