Se quer ser Amado Ame

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Entender o que deve ser feito é fácil. Levantar da cadeira e fazer... isso é o que separa quem meramente deseja de quem realiza desejos.

No culto da beleza não há nada de são. Esse culto é esplêndido de mais para ser são.

Verdades sustentadas por motivos irracionais podem ser mais nocivas do que erros bem pensados.

Amar é ver-se como um outro ser nos vê, é estar apaixonado pela nossa imagem deformada e sublimada.

Não é bom ser criança: bom é, quando somos velhos, pensar em quando éramos crianças.

O primeiro passo em direção ao sucesso é dado quando você se recusa a ser prisioneiro do ambiente no qual você inicialmente se encontra.

É fácil ser-se bom quando se está apaixonado.

A arte é a mão direita da natureza. A última só nos deu o ser, mas a primeira tornou-nos homens.

É possível ser jovem sem ter dinheiro, mas não se pode ser velho sem ele.

Sinto-me feliz por não ser homem, porque, se o fosse, teria de casar com uma mulher.

A política... há muito tempo deixou de ser ciência do bom governo e, em vez disso, tornou-se arte da conquista e da conservação do poder.

As ideias não são para guardar; alguma coisa tem que ser feito com elas.

Ser-se adulto é estar sozinho.

Poucas pessoas conseguem ser felizes, a menos que odeiem alguém.

É possível guardar na mente um milhão de fatos e ainda assim ser totalmente sem educação.

A sensatez não convém em todas as ocasiões; às vezes é necessário ser um pouco louco com os loucos.

Uma das vantagens deste mundo é que podemos odiar e ser odiados sem sequer nos conhecermos.

O acaso é o maior romancista do mundo; para se ser fecundo, basta estudá-lo.

Elogio da Sombra

A velhice (tal é o nome que os outros lhe dão)
pode ser o tempo de nossa felicidade.
O animal morreu ou quase morreu.
Restam o homem e sua alma.
Vivo entre formas luminosas e vagas
que não são ainda a escuridão.
Buenos Aires,
que antes se espalhava em subúrbios
em direção à planície incessante,
voltou a ser La Recoleta, o Retiro,
as imprecisas ruas do Once
e as precárias casas velhas
que ainda chamamos o Sul.
Sempre em minha vida foram demasiadas as coisas;
Demócrito de Abdera arrancou os próprios olhos para pensar;
o tempo foi meu Demócrito.
Esta penumbra é lenta e não dói;
flui por um manso declive
e se parece à eternidade.
Meus amigos não têm rosto,
as mulheres são aquilo que foram há tantos anos,
as esquinas podem ser outras,
não há letras nas páginas dos livros.
Tudo isso deveria atemorizar-me,
mas é um deleite, um retorno.
Das gerações dos textos que há na terra
só terei lido uns poucos,
os que continuo lendo na memória,
lendo e transformando.
Do Sul, do Leste, do Oeste, do Norte
convergem os caminhos que me trouxeram
a meu secreto centro.
Esses caminhos foram ecos e passos,
mulheres, homens, agonias, ressurreições,
dias e noites,
entressonhos e sonhos,
cada ínfimo instante do ontem
e dos ontens do mundo,
a firme espada do dinamarquês e a lua do persa,
os atos dos mortos,
o compartilhado amor, as palavras,
Emerson e a neve e tantas coisas.
Agora posso esquecê-las. Chego a meu centro,
a minha álgebra e minha chave,
a meu espelho.
Breve saberei quem sou.

Todas as grandes verdades começam por ser blasfémias.