Se eu Tivesse Asas
Somos pó,
quando não do nosso chão,
Somos do chão das esquinas.
Quando não das cinzas
Somos purpurina.
Somos das estrelas...
E vê-las,
nos tornamos pó de ouro,
(ainda que de tolo).
E tolos,
nos deixamos nos tomar com dolo,
Pelo pó da cafeína...
Projetei no outro o espelho da minha alma, e na sua voz busquei a resposta que acalma:
Diga-me, quem sou eu? — pergunta que reclama, ser eu, senão o eco que no outro se inflama.
Quem é você além da profissão
Um dos maiores dramas da vida é o desconhecimento, por parte das pessoas, sobre quem elas são: se definem pelo que fazem. Quando perguntadas sobre quem elas são respondem com suas profissões – advogada, médico, professor, engenheiro, dona de casa, mãe – mas não sabem, de fato, quem são. A grande questão é que a parte fundamental do autoconhecimento e das melhores escolhas a fazermos para nós dependem de sabermos quem nós somos para além das profissões e papeis que momentaneamente desenvolvemos na vida. (Marta Almeida: 08/07/2025)
Precisamos aprender a ver a nós mesmos como nosso próprio lar, pois somos o único lugar onde vivemos por toda a nossa vida.
Não permita que a sociedade dite o seu desejo, deseje apenas o que seu eu encontre sentido desejar.
Jesus o Cristo em sua individuação no deserto do saara falava com seu ego(Falso Eu/Sextra/Acusador/Opositor/Inimigo/diabo) em seus pensamentos verbalizando que iria sofrer para fortalecer sua energia psíquica e a não cair na tentação dos fariseus em Israel para ser o Messias dos Judeus.
Quando nos rendemos a Deus, o Criador, e a Cristo, a Palavra encarnada, nos rendemos ao amor criativo e, portanto, somos criativos e realizados. Cantamos a caminho de nossas tarefas, obrigações e responsabilidades.
O “eu” não é anulado quando se entrega. É intensificado: um extra é acrescentado a tudo o que fazemos, dizemos e somos, um extra Divino.
O vínculo afetivo construído na mais tenra espontaneidade configura o alicerce para a percepção genuína do eu e do outro.
Lisboetas, não me sigam que eu não sigo Lisboa;
De Lisboa trago no peito os estudantes e suas histórias que deslocados como eu, de outras zonas do país, de outros países, de diversas áreas de estudo, em Lisboa a dada altura se encontraram e conviveram - amei, aprendi; Mas esses estudantes que tal como eu procuravam apoio, algum conforto, algum convívio, escapar um pouco ao seu isolamento nesta cidade fria,... - não era por acaso o nosso encontro - traziam consigo também muita dor, alguns simplesmente regressaram a suas terras natais, outros simplesmente não o podiam fazer por várias razões, ali permaneciam por anos, os estudos deixavam de ser a sua razão de estar em Lisboa, a sua ligação às Universidades servia muito mais como necessidade para ter visto e permanecer neste país - em muitos casos já nem tinham pátria e noutros tinham uma pátria em guerra, além de outros motivos; o meu foi ter sido ostracizada desde os 18 anos por membros da minha família, a minha razão de permanecer em Lisboa prendeu-se com o facto de ter servido mais a outros do que a mim própria . interesse nas matérias? como ter consciência disto e manter as notas e rigor pelo qual sempre me havia pautado?...
Eu, outros que como eu se reuniram em Lisboa, não era Lisboa que queríamos, era a nossa casa, a nossa família, o nosso país, e que o nosso país permitisse estudar, viver, continuar a crescer e a fazer crescer o povo a que de facto pertencemos um dia. Agora passear em Lisboa nada me diz, já não encontro lá as caras amigas ou pelo menos as com que mais convivia, nem sequer era expectável, estava implícito que entre nós eramos livres de estar ou não, de falar ou não, de aparecer ou desaparecer, de dizer o que pensávamos ou não,..; apenas havia uma regra, também implícita, o respeito.
No primeiro dia que a Lisboa cheguei chorei agarrada as paredes da rua da escola politécnica, não era meu hábito chorar, muito menos no meio da rua, mas chorei compulsivamente como um bebe, não querendo ficar, não podendo evitar de ficar; fiquei...até hoje.
Tudo é vazio para mim em Lisboa, desde há muito.
Tudo esvaziou gente e gente em Lisboa.
Não são as suas ruas que deram significado a Lisboa, outras terras, outras cidades, são as pessoas. Querem manter o turismo, querem mudar o povo que lhes deu a sua originalidade, estão a despir esta cidade e aos olhos de todos querem vender aos turistas a Lisboa de outra ora; pode durar uns anos, e depois cessa e enquanto isso a cidade já foi vendida; não sendo Lisboa, não sendo uma terra, sendo apenas uma pessoa, se por todos os meios me despojarem de mim própria, deixo de ser quem sou, tal como Lisboa ou outra terra ou pessoa; ao me despojarem de mim, ganharam uns anos para comprar e vender o que querem, depois também cessa, mas já cá não estou mesmo que o meu corpo permaneça, fica aqui o meu testemunho enquanto ainda há algo de mim em mim própria que não me tiraram.
Não me sigam lisboetas, eu não sigo Lisboa!
Posso escrever palavras, frases motivacionais;
Posso escrever pequenas poesias;
Posso falar de dor, de amor, de vida, de morte;
Posso ser resiliente;
Posso ser intempestiva;
Posso ser competitiva ou ser apenas condescendente...
Na verdade, já não sei bem o que quero e o que posso, na verdade já não sei bem o que espero ou não, de mim, do outro;
Desta forma a convicção, a comunicação, a escrita, a conversa, o sorriso, a expressão, fica tolhida e sem rumo, nem tão pouco com vontade de o ter.
Façam assim, sejam sempre melhores em tudo do que eu.
Obrigada 👍🏼
“Lo confesso“ (soneto)
Os versos de amor que não lhe cantei
Aquele poema tão terno que não o fiz
Por achar que era sabido o que te dei
E que todo meu sentido lhe era servis
Passei pela saudade e de ti não serei
Vi que foi mesmice, pois teu olhar diz
Mas em cada verso no versar te porei
Registrando o quanto, então, te quis!
Mas agora é tarde, apenas sensação
Não mais sinto uma delirante paixão
Revelo-te sem quaisquer nostalgias
Leia-me com os olhos do sentimento
Pois, são confissões sem sofrimento
Que deixei abafadas noutrora poesias.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 julho 2025, 20’09” – Araguari, MG
Eu sou Deus em ação! Mas, eu não sou Deus em toda a sua magnífica proporção, sou apenas uma gotícula na palma da sua magnânima mão, assim como nas suas açoes. As Ações Dele, eu estou aqui por Ele e para Ele, Deus em minhas ação e eu atua pelo amor Dele por mim e por todos com quem tenha contato. Eu empreguino-me de Deus, por suas Ações em mim, sou Grata
Sou uma árvore centenária, que brota em um corpo de menino. Minha alma é um livro antigo, cheio de histórias, cheio de sabedoria. Meus olhos são dois poços de água profunda, onde o tempo se reflete, onde a eternidade habita.
Sou um homem que já viveu mil vidas, e ainda assim, sou um menino que brinca com o universo. Minha presença é um silêncio que fala, um vazio que está cheio de significado. Eu sou o resultado de todas as minhas vidas, e ainda assim, sou um mistério para mim mesmo.
Eu sou um enigma, um labirinto, onde a verdade se esconde e a mentira se revela. Mas eu não tenho medo do desconhecido, porque eu sei que sou o guardião de meu próprio destino.
Eu sou um rio que flui sem parar, mas que ainda assim, é profundo e tranquilo. Minha superfície é lisa e brilhante, mas minhas águas são turbulentas, cheias de correntes e redemoinhos. Eu sou um vulcão que dorme, mas que pode acordar a qualquer momento.
Minha vida é um tapete ricamente tecido, com fios de alegria e tristeza. Eu sou um poeta que escreve com o coração, e que canta com a alma. Eu sou um homem que ama profundamente, e que pode detestar com a mesma intensidade. Eu sou um ser humano, com todas as minhas contradições, e ainda assim, sou um mistério para mim mesmo. Mas eu não tenho medo de mim, porque eu sei que sou um ser em evolução.
Eu sou um rio que flui, um vulcão que dorme, um poeta que escreve, um homem que ama. E eu continuo a fluir, a dormir, a escrever, a amar, a viver. E quando eu finalmente chegar ao fim do meu caminho, eu saberei que vivi, que amei, que escrevi. E que deixei um pedaço de mim mesmo, no coração de todos que conheci. E assim, eu me tornarei imortal, um eco que permanecerá para sempre. Um eco de amor, de poesia, de vida. E eu serei feliz, porque vivi.
(“O velho jovem de mil vidas”, de Douglas Duarte de Almeida)
Deixa eu te amar com todas as forças do meu coração?
Te amar como você nunca foi amado antes.
Se você permitir, não vou soltar sua mão nunca, e estarei contigo em todos os momentos da sua vida.
Serei a tua força, tua coragem, teu apoio.
Deixa eu te amar como você nunca foi amado antes?
Sim, eu desconheço a felicidade.
Diante do dilúvio de sentimentos que me atingiu inesperadamente — sem ao menos ter tido tempo de aprender a nadar — a felicidade não veio entre eles.
Absolutamente nada que minha mente é capaz de visualizar me leva a um ápice de felicidade.
Nada deste mundo me faz sentir em casa. Em absolutamente lugar nenhum — nem mesmo na casa que dizem que posso chamar de lar.
Simplesmente, não sinto que pertenço a este lugar.
Porque, se um lar é onde nos sentimos felizes e confortáveis, então nada que presenciei, ou que sei que existe neste mundo, me levou a tanto.
Se a minha felicidade existe…
Ela não é dessa realidade.
Talvez hoje eu morra
Talvez hoje eu morra — e o mundo siga,
sem notar o silêncio da minha partida.
O sol nascerá com a mesma coragem,
e o tempo seguirá sem pressa ou miragem.
Talvez hoje eu morra — e ninguém veja,
a lágrima oculta, a alma que almeja
um último abraço, uma palavra guardada,
um perdão não dito, uma dor calada.
Talvez hoje eu morra — e em minha ausência,
fiquem perguntas, vazios, ausência.
Fiquem poemas sem fim, versos sem dono,
um copo pela metade, um sonho sem sono.
Talvez hoje eu morra — e no fim de tudo,
encontre em Deus o silêncio mais mudo,
a resposta que em vida busquei, aflito,
nos becos do peito, no chão do infinito.
Talvez hoje eu morra — ou talvez não,
mas já deixo escrito, do fundo do chão:
se eu partir, que seja com paz no olhar,
pois viver também é saber descansar.
E se hoje eu morrer — só peço, enfim,
não chorem por mim, nem pelo meu fim.
Guardem apenas o que fui de verdade:
um sopro, um suspiro, um eco de saudade.
Patrono: Mateus Sebastião Kilola
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp