Se eu Tivesse Asas
Hoje é um daqueles dias em que eu não quero rir, brincar, ler, conversar ou me estressar. A única coisa que eu quero é colocar as minhas músicas preferidas pra tocar, fechar os olhos e não ter com o que me preocupar.
"Eu tenho saudade de mil coisas e todas essas mil coisas sempre caem na mesma única coisa de que eu tenho tanta saudade.
Eu tenho saudade de tudo.
Não é um sentimento egoísta e muito menos possessivo. É apenas uma saudadezinha. Gostosa, tranqüila, bonita, saudável, de longe."
"Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte do dia e de mim é a maneira como você sorri."
"Meu cupido deve ter mal de parkinson."
"Fernanda aguarda pacientemente pelo seu príncipe encantado, enquanto plebeus passam pela sua vida mas ela, com medo da realidade, continua os expulsando da história."
Eu sei, eu deveria beber. Mas pra quê? Pra achar essas pessoas legais? Pra suportar o insuportável? Sou cínica demais pra dar esse gostinho ao mundo.
Eu era uma menina, quando saí desta casa, há quatro meses. Por que não me disse que havia perigo entre os homens? Por que a senhora não me avisou?
As damas sabem contra o que ficar prevenidas, porque leem novelas que lhes falam desses truques; eu, porém, nunca tive ocasião de ler dessa maneira, e a senhora não me ajudou.
Eu quero não sentir. Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica. Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça. E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Mas tudo meio que por osmose. Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer. Quero não sentir mais porra nenhuma.
Se regar demais eu morro. Se regar de menos eu morro. Se regar na medida eu morro de tédio porque não nasci pra flor.
E eu sempre digo que posso ter uma solidão medonha, mas sempre vai haver um vasinho de flores num canto. A gente pode enfeitar a amargura.
Eu do Sol 
Hoje a janela me ofereceu uma paisagem 
Ofereceu-me o pôr do sol 
muitos, eu sei, em meu lugar seriam capazes de poetar 
de escrever em tintas coloridas ou belas palavras 
O cenário que se apresentava ante minha janela 
Eu, eu porém estava neutro 
eu havia visto aquilo antes 
muitos exaltaram o lilás-avermelhado do céu 
teceriam espíritos iluminados das nuvens 
ressuscitando formas 
Ontem, eu teceria também, mas hoje estou neutro 
sem forças, somente existindo 
ontem, eu disse, que lindo azul eu sou 
que lilás-avermelhado eu posso ver 
eu posso, eu posso ver 
pois a natureza é incolor 
Natureza morta 
somente átomos em profusão dominam 
o que percebemos erradamente como formas numa gestalt 
que no fundo não há nada de belo 
é só você, você, você 
os poetas descritivos estão redondamente enganados 
ao invés de exaltar a beleza da natureza falsa 
deveriam dedicar odes a si próprios 
exaltando nosso eu 
que sem dúvida é maravilhoso e incrível 
pois é com esse mecanismo complexo que nos leva 
a perceber tais fotografias 
O pôr do sol 
Eu me ponho às 6 horas na Bahia e às 7 no Rio 
Eu sou o céu com andorinhas 
Eu sou o mar com seus peixes 
Eu sou o mundo inteiro 
assim piso no lugar que cheguei 
aqui está minha ode que faria ontem 
Eu sou o sol 
que belo lilás estou, que faço aqui, porque me ponho 
criatura cheia de porquês e vivo e gracioso cérebro 
que linda massa acinzentada, oh 
máquina poderosa, força de energias mil 
faze-me crer que estou vivo 
que existo nesse Brasil 
Ô mago do cosmos, poderoso mais que Alexandre 
poderoso mais que eu possa conceber ou imaginar 
entre tu e as tripas aparentemente parecidas 
diferes em criação desde tempos já idos 
Oh, massa molecular 
eu sou o azul lilás que essa janela me trás
Eu estou aqui, deixando a vida me guiar, não é por falta de aprendizado que eu estou fazendo isso, ao contrário, aprendi até demais.
Por um lado eu quero esquecê-la, mas por outro lado eu sei que ela é a única nesse mundo que vai me fazer feliz.
Não, eu não queria o homem perfeito que eu idealizei não, eu só queria um homem de verdade. Um homem que namora de verdade, que ama de verdade, que tenta de verdade, que encara a vida de verdade, que sofre de verdade, que tem saudade de verdade, que tem dor de verdade, que é humano de verdade.
Quando me apaixonei por você eu te entreguei meu coração. Agora, sou refém do teu amor. Não vivo longe de você. Não te afaste de mim.
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