Se eu Pudesse Pegar todos seus Problemas

Cerca de 334640 frases e pensamentos: Se eu Pudesse Pegar todos seus Problemas

Todos os grandes homens saem da classe média.

É curioso ver que quase todos os homens de grande valor têm maneiras simples; e que quase sempre as maneiras simples são tomadas como indício de pouco valor.

As ideias belas e verdadeiras pertencem a todos.

Estamos todos um pouco estranhos. E a vida é um pouco estranha. E quando encontramos alguém cuja estranheza é compatível com a nossa, nós nos juntamos a essa pessoa e caímos nessa esquisitice mutuamente satisfatória a que chamamos de verdadeiro amor.

Todos os grandes homens são dotados de intuição: um verdadeiro chefe não necessita de testes psicológicos nem de informações para escolher os seus colaboradores.

Todos reclamam da sua falta de memória, mas ninguém se queixa da sua falta de senso.

Nem todos para os quais o cão late são ladrões.

Não é verdade que a morte é / o pior de todos os males; / é um alívio para os mortais / que estão cansados de sofrer.

Somos todos campos de batalha, nos quais se digladiam deuses.

Todos os grandes males que os homens causam uns aos outros, por força de certas intenções, desejos, opiniões ou princípios religiosos, são devidos por igual à existência, pois que nascem da ignorância, que é a carência da sabedoria.

As leis morais são as regras de um jogo no qual todos fazem batota, e isto desde que o mundo é mundo.

A morte não é um mal: porque liberta o homem de todos os males, e ao mesmo tempo que os bens tira-lhe os desejos. A velhice é o pior dos males: porque priva o homem de todos os prazeres, deixando-lhe deles todos os apetites; e traz consigo todas as dores. Não obstante, os homens temem a morte e desejam a velhice.

Deus mandou que não nos julguemos uns aos outros, porque todos somos cegos e ignorantes quanto ao que vai no coração.

Cheguei demasiado tarde
e já todos se tinham ido embora
restavam paeis velhos, vidas mortas,
identidade, sujidade, eternidade.

Comeram o meu corpo e
beberam o meu sangue; e, pelo caminho, a minha biblioteca;
e escreveram a minha Obra Completa;
sobro, desapossado, eu.

Resta-me ver televisão,
votar, passear o cão
(a cidadania!). Prosa também podia,
e lentidão, mas algo (talvez o coração) desacertaria.

Pôr-me aos tiros na cara como Chamfort?
Dar em aforista ou ainda pior?
Mudar de cidade? Desabitar-me?
Posmodernizar-me? Experienciar-me?

Com que palavras e sem que palavras?
Os substantivos rareiam, os verbos vagueiam
por salões vazios e incendiados
entregando-se a guionistas e aparentados.

Cheira excessivamente a morte por aqui
como no fim de uma batalha cansada
de feridas antigas, e eu sobrevivi
do lado errado e pela razão errada.

“Que dia? Que olhar?”
(Beckett, “Dias felizes”)
Que feridas? Que estanda-
te? Que alheias cicatrizes?

Estou diante de uma porta (de uma forma)
com o – como dizer? – coração
(um sítio sem lugar, uma situação)
cheio de palavras últimas e discórdia.

A poesia é a linguagem natural de todos os cultos.

Para que todos os homens possam ser ensinados a dizer a verdade, é necessário que todos aprendam igualmente a ouvi-la.

Todos reclamam reformas, mas ninguém se quer reformar.

Nada é feliz sob todos os aspectos.

Há que, na medida do possível, prestar favores a todos: quantas vezes não precisamos de quem é menos do que nós.

Não há pessoa que não ame a liberdade, mas quem é justo exige-a para todos, quem é injusto, apenas para si mesmo.