Se eu Fosse Algum Rei
A distância
Assim como o sol
Anseia para se libertar
do horizonte eu anseio
por você aqui”
Nossas vidas se completam
Como a lua e o céu,
Falamos através do olhar
Sorrimos com o coração
Sonhamos acordados
a triste comédia da vida,
A distância.
Espelho dos Olhos
Hoje sonhei com você,
No começo, foi lindo — eu pude ver.
Estávamos à beira de um lago,
Com peixes nadando e patos ao lado.
Ao fundo, um quintal enorme, uma horta florida,
E pelas frestas da cerca um pouco caída,
Cachorros e crianças, sem pressa, em sua vida.
Tudo parecia pleno, perfeito,
Aquele sentimento bom, apertando o peito.
Apaixonei-me por você, sem jeito.
Olhei seu rosto, seu olhar contente,
Mas, no reflexo, vi que eu estava ausente —
Outra pessoa ainda estava presente.
Estes sonhos são seus, eu cheguei de repente.
Por isso, mesmo com essa paixão latente,
Contrariando meu coração, que sente,
Vou te deixar livre, para que sigas em frente,
Segurando outra mão, calmamente.
Não será fácil, sabíamos que não,
Mas quem sabe, algum dia, em outro momento,
Nossos destinos, hoje em contramão,
Se cruzem de novo, em um só sentimento.
Deus me trouxe aqui para te dizer: levante a cabeça. Eu não perdi o controle; eu sustento o globo Terra nas palmas das minhas mãos. O que é essa luta, o que é essa dor, o que são essas circunstâncias diante da minha grandeza?
Eu nunca fui dado a escrever o que realmente penso, não por falta de clareza, mas porque percebo a hipocrisia que habita em mim. Mesmo ciente dos meus erros, sou teimoso e, muitas vezes, abandono meus princípios, abraçando o que é falho. Assim, afirmo: a verdadeira luta do homem é manter-se firme, até que chegue o último dia de sua jornada.
Em telas de sonho, eu me vejo
Refletido em histórias alheias
Personagens que vivem e morrem
E em mim, emoções despertam
Filmes que me fazem questionar
Sobre a vida, o amor e o tempo
Impermanência em cada cena
E a beleza do efêmero
Identifico-me em momentos
E depois, não mais me vejo
Novas histórias, novos personagens
E eu, em constante transformação
A vida imita a arte, ou vice-versa?
Em ambos, a verdade se esconde
Em cada frame, uma lição
Sobre o que é ser humano.
Me deixa quebrar em mil pedaços
Cada um deles sangra, o que restou
Sou só eu, perdidos nos espaços
O mal que eu faço é só o que sobrou
Não esconde teus olhos, vê minha dor
O peito aberto, gritando à toa
Sou um naufrágio buscando calor
Mas só encontro o fim pra me afogar
O fim é o silêncio, o abismo que me chama
É o vazio que consome, e eu não reclamo
É o último suspiro, o apagão da chama
Me deixem desvanecer, eu já não me embalo
Deixa o silêncio me explicar
Eu não quero cura, só quero acabar
Me deixa morrer sem me falar
O que dói em mim é só pra apagar
Sou o desastre que implora pra chegar
Me deixa sumir, deixa destruir
Sempre sem hesitar em brilhar
O brilho que chega sem matar
Irei até me excluir
Fico me perguntando: como é possível sentir falta de algo que eu nunca experimentei?Talvez seja o fascínio pelo desconhecido, pelas infinitas possibilidades que a vida nos esconde.
E mesmo sabendo que são apenas fantasias, não consigo deixar de senti-las como verdadeiras. O que me leva a crer que, talvez, não sejam as experiências que definem o que sentimos,mas sim a profundidade com que nós a desejamos.
Desejo Infinito sobre o anseio de amar e ser amado eternamente
Eu queria conquistar teu coração,
E encontrar em ti, meu porto, minha razão.
Queria ser teu riso, tua alegria,
A cor que pinta os traços do teu dia.
Quem me dera, eu fosse o centro da tua atenção,
O brilho dos teus olhos, tua inspiração.
Se um desejo me fosse então concedido,
Seria estar contigo, em paz, sem um só gemido.
Não quero viver na solidão, à tua espera,
Essa dor que o tempo tece e desespera.
Mas me arrepio, ao som da tua voz,
Um eco que acende e entorpece a sós.
Oh, se pudesse, amor, ser tua eternidade,
Teus passos, teu sonho, tua felicidade.
Amor....somente eu acho que seja,só pra não ademitir que o seja,por que toda vez que a vejo meu sonhos querem se realizar e meu dia fica irradiante e feliz e nossas diferenças e erros não passam por minha mente nem se quer por um instante,pois de frente pra voçe cada instantte é mágico e belo fazendo-me ver em ti apenas amor.
Paternidade
Quando mesmo eu que saí da adolescência?
De repente passei a ansiar cuidar e amar.
Quando mesmo que comprar lápis de cor pra alguém se tornou mais prazeroso que estrear um kit da Faber Castell?
Qual a força desse amor?
Até onde podemos ser levados por ele?
Como doí a distância…
Outrora não entendia as repreensões e proibições.
Hoje?
Bem…
São tantos perigos lá fora.
O maior desejo no momento é ser melhor que antes e poder ensinar o que não foi aprendido;
Enterrar o orgulho e o ego e assumir como estou cheio de erros.
De repente me curvar para dar um abraço se tornou minha cura.
Você não me fala da sua vida. Então eu posso pensar o que eu quiser.
E por favor... não me fale da sua vida.
Eu já matei e já morri várias vezes por causa da dependência emocional Matei meus sonhos, desejos e vontades; deixando de lado meu amor próprio e minha dignidade!
Essa é a realidade que muitos dependentes emocionais vivem atualmente: presos em suas próprias emoções! Se eu tivesse encontrado alguém que me oferecesse apoio teria poupado muitas noites em claro e muito sofrimento. Recupere o que é seu por direito: sua dignidade!
que eu nunca perca
o encanto pelas coisas simples.
que as flores que se abrem todos os dias continuem a fazer os meus olhos brilharem.
que eu corra pra ver cada vez que piscam as luzes de Natal.
que o nascer e pôr do sol sempre me pareçam uma pintura diferente e que as suas cores me impressionem.
que o céu sempre me impressione.
que o mar sempre me impressione.
que os livros sempre me impressionem.
que meus romances favoritos nunca percam a graça.
quero ler e reler a mesma trope diversas vezes e me envolver cada vez mais nelas.
que eu escreva e continue sentindo meu coração vibrar ao colocar ideias no papel.
que nunca nos falte o brilho.
que nunca nos falte o brilho.
que nunca nos falte o brilho.
não esqueça que a mesma coisa pode acontecer mil vezes, mas um detalhe sempre a torna diferente.
a cada novo detalhe, uma nova euforia.
que o belo se torne corriqueiro,
mas nunca banal.
é meu?
esse aqui dentro de mim que chamo de "eu"
será que sempre fui eu?
ou só uma construção que outro "eu" escreveu?
o que é realmente meu?
essa alegria, essa dor, o aquela versão que ja morreu?
não sei...
só sei que no fim, fui eu que fiquei
no fim, eu me amei
no fim, só eu sei...
tudo que passei...
quando fracassei
quando novas partes acrescentei
mas agora, olho pra mim e vejo esse breu
esse escuro onde nenhuma versão sobreviveu
não sei qual sou eu
ou se algum desses sentimentos ja foi meu...
