Se Alguem Fala mal de outra
Nunca consegui desejar o mal de uma forma calculada a alguém, ainda que tal pessoa tivesse provocado em mim das maiores tristezas do mundo, sempre acreditei que a vida acabaria por encarregar-se dela.
A minha raiva, tal como de uma criança tem prazo de validade, zango, choro, esbravejo, mas assim que passa algum tempo tento limpar o meu coração de toda mágoa, e arranjo formas de seguir.
Sempre tive um coração meio mole. Um coração que alegra-se por pequenos gestos, que prende-se a detalhes que só eu vejo, que acredita na mudança das pessoas, e que quando se entrega atira-se.
Nunca soube ser metade de nada nem de ninguém, quando estou estou, e quando não estou não estou.
Nunca soube viver uma meia-vida.
Daí que quando entro em uma vida não ofereço apenas o meu melhor, mas sim o meu tudo.
E tudo que você planta, você colhe... Não falo do mal só, não. Falo do bem que a gente faz a alguém sem interesse algum. Falo da atenção que a gente dedica; da bondade que a gente pratica; da ajuda que a gente dá sem obrigações... sem malícias, sem cobranças, sem engano. Do amor que a gente oferece, da fidelidade do carinho, da gentileza, isto um dia volta a nos encontrar do mesmo jeitinho que nos dispomos a doar sem almejar aplausos. Ainda consigo ver isto em pequenos gestos.
Cada vez que alguém cometa uma falta contra ti, medite sobre que conceito do mal ou do bem tinha ao cometer dita falta. Porque, uma vez que tenhas examinado isso, terás compaixão dele e nem te surpreenderás, nem te irritarás com ele. Já que compreenderás tu também o mesmo conceito do bem que ele, ou outro similar. Em consequência, é preciso que lhe perdoemos. Mas ainda se não chegues a compartilhar com seu conceito do bem e do mal, serás mais facilmente benévolo com seu extravio.
Se menina meche no cabelo, é patricinha. Usa shorts curto, é puta. Fala palavrão, é mal educada. Se ri alto, quer chamar atenção. Se é ruim nos esportes, é zoada. Se tirou uma nota baixa, é burra. Se tirou nota boa, é nerd. Se beija é galinha e se não beija, tá se fazendo de difícil. Posso falar uma coisa? Vai tomar no cu se você pensa assim. Autor desconhecido
Quando eu compro o mundo fica melhor; o mundo é melhor. E depois deixa de ser. Aí eu compro outra vez.
Leio histórias e parábolas budistas.
TALVEZ.
Uma fala de um fazendeiro que acorda e descobre que seu cavalo fugiu.
Os vizinhos vêm e dizem:
-Que pena. Que azar terrível!
O fazendeiro responde:
-Talvez.
No dia seguinte, o cavalo retorna com mais alguns cavalos. Os vizinhos dão os parabéns ao fazendeiro pela mudança na sorte.
-Talvez - diz o fazendeiro.
Quando seu filho tenta montar um dos cavalos novos, quebra a perna, e os vizinhos se condoem.
-Talvez - diz o fazendeiro.
E no dia seguinte, quando autoridades vêm alistar o filho - e não o levam por causa da perna quebrada - Todo mundo fica feliz.
-Talvez - diz o vizinho.
Já ouvi histórias assim antes. São lindas em sua simplicidade e entrega ao Universo. Imagino se eu poderia me apegar a algo de tamanho desapego. Não sei. Talvez.
Quanto ao amor por outra pessoa, sou radical: ou é tudo ou é nada, não aceito migalhas. Ninguém merece ser amado pela metade...
"A vida é feita de pequenas idas e vindas...E para cada coisa que levamos, há outra coisa que deixamos para trás."
Quem busca na liberdade outra coisa que não ela própria, foi feito para servir. A Liberdade tem um fim em si mesma.
(...) uma acrimônia no vazio é tão perigosa quanto a outra e isto lhe cola ao âmago; e quando estiver na sua frente ela ficará totalmente tomada, sobretudo com a sexualidade, a coisa vai rápido - se quiser terminar essa história, talvez seja possível sem desastre, mas não sem barulho e será preciso muita dureza: diminuir lentamente a paixão nas cartas e dar um adeus frio.
tentei tirar você da minha cabeça pensar em outra coisa qualquer, tentei retomar a minha vida como era antes, mais tudo isso foi trabalho perdido, e quase uma missão impossível um labirinto com todas as saídas fechadas quanto mais eu tento sair mais eu me perco em você...
Acaso
No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.
A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.
Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.
Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar,
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!
Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Por que todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?
Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal ...
Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.
Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto...
Nota: Esse pensamento vem sendo repassado como sendo de diversos autores, entre eles Oscar Wilde ou Marcos Lara Resende. No entanto trata-se de um trecho adaptado do texto “Crônica para os Amigos” de Sérgio Antunes de Freitas, publicado em 23 de setembro de 2003.
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