Frases de Schopenhauer

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A virtude da modéstia é, decerto, uma invenção considerável para velhacos, pois, em conformidade com ela, cada um tem de falar de si mesmo como se fosse um deles, o que coloca todos magnificamente no mesmo nível, uma vez que produz a impressão de que não há absolutamente nada além de velhacos.

A glória que se tornará póstera assemelha-se a um carvalho que cresce bem lentamente a partir da sua semente; a glória fácil, efémera, assemelha-se às plantas anuais, que crescem rapidamente, e a glória falsa parece-se com a erva daninha, que nasce num piscar de olhos e que nos apressamos a arrancar.

O maior grilhão do homem é acreditar que nunca esteve agrilhoado.

Uma vez, teve de aguentar a companhia de uma mulher muito falante, que contou em detalhes como sofria no casamento. O filósofo ouviu paciente e quando a mulher perguntou se ele a entendia, respondeu: — Não, mas entendo seu marido.

Geralmente é a perda que nos ensina o valor das coisas.

Um homem moral pode manter seu código moral em um mundo imoral?

A tarde é a velhice do dia. Cada dia é uma pequena vida, e cada pôr do Sol uma pequena morte.

Sem resistência, não há progresso. Sem sombras, não há luz.

Para ver como a vida é curta é preciso antes viver bastante.

Por acaso você acha que a luz somente existe enquanto a está vendo? Não, é você que não existiria se a luz não o visse.

O ódio constitui de longe o prazer mais insistente; os homens amam às pressas, mas detestam longamente.

Quando suspeitamos que alguém mente, devemos fazer-nos de crentes: ele então torna-se ousado, mente com mais intensidade e se entrega.

É em ninharias e quando está desatento que o homem revela seu caráter.

Cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é.

A sólida base de nossa visão do mundo e também o grau de sua profundidade são formados na infância. Essa visão é depois elaborada e aperfeiçoada, mas, na essência, não se altera.

A compaixão é a base da moralidade.

A vida é tão curta, problemática e passageira que nem mesmo para isso chega a compensar envolver-nos em maiores esforços.

Uma filosofia cujas páginas não abranjam os extremos das lágrimas, choro e ranger de dentes e o fragor pavoroso do homícidio social recíproco e universal não é absolutamente uma filosofia.

Cada um fará sua própria história e esperará que esta seja capaz de trazer a verdade à luz.

Os caprichos nascem da imposição da vontade sobre o conhecimento.