Schopenhauer

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Schopenhauer (1788-1860) foi um filósofo alemão do século XIX, fez parte de um grupo de filósofos considerados pessimistas.

Nem todos os loucos ou burros são fanáticos, mas todos os fanáticos são loucos ou burros.

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAUER, A., Dores do Mundo, Edigraf, 1960

Em presença de imbecis e loucos, há somente um caminho para mostrarmos nossa inteligência: não falar com eles.

Arquitetura é música congelada.

Arthur Schopenhauer

Nota: autoria não confirmada, frase também atribuída a Goethe

Não diga a um amigo nada que você esconderia de um inimigo.

Os primeiros quarenta anos de vida nos dão o texto: os trinta seguintes, o comentário.

Desconsiderar é ganhar consideração.

No fundo, apenas os pensamentos próprios são verdadeiros e têm vida, pois somente eles são entendidos de modo autêntico e completo. Pensamentos alheios, lidos, são como sobras da refeição de outra pessoa, ou como as roupas deixadas por um hóspede na casa.

Seria bom comprar livros se pudéssemos comprar também o tempo para lê-los, mas, em geral, se confunde a compra de livros com a apropriação de seu conteúdo.

Vontade: impulso cego, escuro e vigoroso, sem justiça nem sentido.

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAEUR, A., O Mundo como Vontade e Representação, 1819

Gosto da minha solidão, mas você se surpreenderia com o tamanho dela.

A soma de barulho que uma pessoa pode suportar está na razão inversa de sua capacidade mental.

As cenas de nossa vida são como imagens em um mosaico tosco; vistas de perto, não produzem efeitos – devem ser vistas à distância para ser possível discernir sua beleza. Assim, conquistar algo que desejamos significa descobrir quão vazio e inútil este algo é; estamos sempre vivendo na expectativa de coisas melhores, enquanto, ao mesmo tempo, comumente nos arrependemos e desejamos aquilo que pertence ao passado. Aceitamos o presente como algo que é apenas temporário e o consideramos como um meio para atingir nosso objetivo. Deste modo, se olharem para trás no fim de suas vidas, a maior parte das pessoas perceberá que viveram-nas ad interim [provisoriamente]: ficarão surpresas ao descobrir que aquilo que deixaram passar despercebido e sem proveito era precisamente sua vida – isto é, a vida na expectativa da qual passaram todo o seu tempo. Então se pode dizer que o homem, via de regra, é enganado pela esperança até dançar nos braços da morte!

Novamente, há a insaciabilidade de cada vontade individual; toda vez que é satisfeita um novo desejo é engendrado, e não há fim para seus desejos eternamente insaciáveis.

Isso acontece porque a Vontade, tomada em si mesma, é a soberana de todos os mundos: como tudo lhe pertence, não se satisfaz com uma parcela de qualquer coisa, mas apenas como o todo, o qual, entretanto, é infinito. Devemos elevar nossa compaixão quando consideramos quão minúscula a Vontade – essa soberana do mundo – torna-se quando toma a forma de um indivíduo; normalmente apenas o que basta para manter o corpo. Por isso o homem é tão miserável.

Se é certo que um Deus fez este mundo, não queria eu ser esse Deus: as dores do mundo dilacerariam meu coração.

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAEUR, A., A Vontade de Amar, Humus

A simplicidade representa o último degrau da sabedoria.

O Homem - Um boneco

Às vezes converso com os homens do mesmo modo como as crianças conversam com seus bonecos: embora ele saiba que o boneco não a compreende, usando uma visão agradável e consciente, consegue divertir-se com a comunicação.

Uma pessoa de raros dons intelectuais, obrigada a fazer um trabalho apenas útil, é como um jarro valioso, com as mais lindas pinturas, usado como pote de cozinha.

Erra muito menos quem, com olhar sombrio, considera esse mundo uma espécie de inferno e, portanto, só se preocupa em conseguir um recanto à prova de fogo.

O médico vê o homem em toda a sua fraqueza; o jurista o vê em toda a sua maldade; o teólogo, em toda a sua imbecilidade.

As grandes dores fazem com que as menores mal sejam sentidas e, na falta das grandes, até o menor desgosto nos atormenta.

Um insulto supera qualquer argumento.

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAEUR, A., A Arte de Insultar