Saudades do Amigo de Infancia
SONETO EM SUSPIROS
Quando a saudade aparece
O tempo no tempo regressa
A dor no peito feri em prece
Misericórdia, roga promessa
Toda lágrima chorada, refece
A motivação é o que interessa
Se tristura ou júbilo, houvesse
É nela que a razão se expressa
E sempre se sabe, não esquece
Torna eternidade, na alma fenece
Pois, o vazio dói reto na saudade
E a solidão, pra ausência confessa
Suspiros, uivos, numa tal remessa
Que põe jogada ao léu a serenidade
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
SONETO VAZIO
Meu cerrado, distante dos amores
Que me vê chorar no teu chão árido
Singrando entre cascalhos, e flores
Em uivos de dor no peito afluído
Em tal saudade, que tira os vigores
Da alma solitária e coração ferido
Imersos na tristura e pesares tutores
Da falta do afeto no passado perdido
Aqui na soleira do cerrado, temores
Com um assustado olhar esvaído
Olhando o horizonte que exala odores
De um velho sonhador de sonho diluído
Na solidão de secos sabores, incolores
Duma nostalgia, aqui pelo vazio fruído
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
SONETO MAL TRAÇADO
Nestas linhas mal traçadas
Um soneto quer ser parido
De longe ouço seu gemido
Parece mágoas anunciadas
Ainda nestas linhas, alarido
Das angústias acumuladas
Das ilusões das dores criadas
E neste soneto assim diluído
São de partidas ou chegadas
Cheios de um poetar sofrido
E todas da saudade derivadas
Perdido ainda na rima, crido
Em doçuras a serem citadas
Pois, o amor ao bem é unido
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Estar enamorado faz poetar aos amores...
Em cada trova flores...
Besuntando a poesia com odores.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO INDIGNADO
Estes do profundo da indignação
Escritos com o verso suado
Saem dos gemidos do coração
Em tosco lamento articulado
A quem, senão a ti, oh emoção
Objeto do sentido privado
Pode escorrer pela devoção
Dum amor para ti devotado
E se notares são tão rebuscado
Aqui perfilado num certo cuidado
Do afeto que foi centro dos pesares
Saiba que neste indgnado soneto
A ânsia, a lágrima aqui no cerrado
Jamais será reza em teus altares
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Se tento recordar, choro nas emoções
Se tento me conter, não sei me achar
Se tento ponderar, me firo em aguilhões
E assim, sou e nada sou, neste caminhar
Vou indo, paro, e novamente caminhando
Na busca te ser e ter o antigo e novo olhar
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
E se notares são tão rebuscado
Aqui perfilado num certo cuidado
Do afeto que foi centro dos pesares
Saiba que neste indgnado soneto
A ânsia, a lágrima aqui no cerrado
Jamais será reza em teus altares
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Tento escrever e só tem rima inocente
num papalvo poetar, sem a tal magia
e no complexo o inopinado ausente
Vendo que da mesmice ele não sairia
fico no comum e do belo pendente
e assim me conformo com sua amorfia
SONETO EM FRUSTRAÇÃO
Eu queria compor um soneto diferente
daqueles com harmonia na melodia
que nenhum outro já o tenha na poesia
onde ele possa ser o pódio da gente
Assim quero a inspiração com energia
e que no tempo possa ser ingente
tão e tanto que seja bem inteligente
e a todos reconhecido como ousadia
Tento escrever e só tem rima inocente
num papalvo poetar, sem a tal magia
e no complexo o inopinado ausente
Vendo que da mesmice ele não sairia
fico no comum e do belo pendente
e assim me conformo com sua amorfia
Luciano Spagnol
Julho, 2016, final
EXILADO
Quem jogou na minh'alma essa solidão
Que brada angústia com gosto amargo
E à ardente boa ventura causa embargo
Encarcerando está ânsia no meu coração
Quem com mãos frementes teve encargo
De incinerar com silêncio toda a emoção
Se o amor no viver necessita de sedução
E o fado no ter sorte quer este desencargo
Assim, como então sair duma maldição
Oh! Doce e pura felicidade, de olhar argo
Observe, e neste exílio me traga solução
Ah! Desventurado e vil desígnio letargo
Que me vê nesta temerosa e fria prisão
E me algema sem qualquer desembargo
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Amor eterno do meu amor
Minh'alma gêmea desvelada
És a benção do Pai criador
A aliança ao afeto desejada
Esperança e carinho coesor
Bem maior, meu tudo no nada
Nesta trova, lhe trago flor...
No coração, ofereço morada!
Luciano Spagnol
cerrado goiano
Que vá [...]
Que o fado me conduza no saber
e assim, então me faça entender
que o bem não está em todos
e também, nem todo abraço
no amor é laço...
SONETO ATORMENTADO
Fere o silêncio da áspera madrugada
no cerrado, um árido vento plangente
que golpeia minha alma ali presente
com saudade em mácula mal curada
Busco iludir-me que o zunido em toada
nada mais seja que ilusão descontente
daquela que põe angústias na gente
para deixar solitário e a ventura calada
E o vento insiste, persiste e não desiste
cortando a paz da noite com ruído triste
avivando a dor em suspiro redundante
Se soubesse quanta nostalgia desgarra
o vento teria dó e não seria tão fanfarra
e muito menos nesta solidão tão falante
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
DEVOÇÃO
Tenho na parede do quarto, em devoção
O Sagrado Coração, numa oval moldura
Antiga e familiar, que eleva a estrutura
Expondo a minha fé em beata oração
Ali deposito e abriga a crença em brandura
Onde as mágoas são postas em redenção
E o bem e a paz invadem todo o coração
Em louvores, em confiança e eterna jura
E neste afeto sensato, exato é a paixão
Por quem por nós trouxe amor e ternura
Na simplicidade e na grandeza do perdão
E na diária cura, quem é de Deus criatura
Feliz permanece, no destino, na comunhão
Pois, nesta verdade, habita a real ventura
Luciano Spagnol
Início de julho, 2016
Cerrado goiano
No dia em que sozinho, sinto solidão
o meu poetar só, poeta solitário
um novo poema saído do porão
da alma, num ermo cenário
da imaginação em evazão.
Então, debruçado no vazio temerária
da concepção,
a retraída inspiração, versa unitário...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
CASCALHOS
Pelos cascalhos do cerrado
Caminhei pela sequiosa luz
Hoje me resta temor calado
Na saudade que me conduz
Pelas tronqueiras de ser feliz
Passei por vagalume alado
Quis ser sábio e nunca juiz
Do amor por mim poetado
E no que me resta, vou além
Porém, o afeto levo também
Pois, ele no peito me seduz
Como não querer a mudança?
Se as dores são de esperança
E na alma se é um aprendiz...
Luciano Spagnol
Agosto, 2016
Cerrado goiano
Ronda (soneto)
Esta noite com a lua vou confidenciar
As minhas lembranças mais secretas
Numa vigia nas memórias prediletas
Que na vida me fizeram assim sonhar
Nestes eflúvios aos sons de trombetas
Do crepúsculo do cerrado, quero poetar
Nos braços da emoção, então devanear
Em suspiros, delírios em cores violetas
Sim, serão sensações na alma a enlear
De um amar nos jardins das borboletas
Das ilusões, assim, ter vontade de voltar
E aí, então, neste cenário de profetas
Quero nesta ronda poder eternizar
O soneto: em linhas, curvas e retas
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
O amor opõe ao que o desprezo dizeis
pois, palavras reles dissolvem-se no ar.
Pra que no afeto tenhais o que quereis
conjugue no presente o verbo amar...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Sai o dia, vem à noite no cerrado
treva fria, palia o sol na cor bisonte
breve e leve, tão encantado, é fonte
num manto real no tempo dourado
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
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