Saudade do meu Homem
O mundo prossegue,
Difere-se dele meu sentimento
O coração que te entregue
Se presencia alvacento.
O reflexo de meu olhar
Entrega também este vazio
O amor que viste pairar
Chora ao infinito um rio.
Hoje já é outro dia
Hoje já é tarde meu querido
Hoje já não sinto saudades
Hoje já não amo mais você
Mas...
...Ontem era dia
Ontem não era tarde
Ontem sentia saudades
Ontem te amei como nunca
Mas...nessa brecha de tempo resta-me
Memórias daquele tempo em que o tempo parava.
mudo: à quando o que escrevo não surta efeito e nada posso fazer, salvo calar-me , vejo em meu silêncio algo bastante ensurdecedor pedindo para que eu não desista de quem quer que seja e isto é o que impede que eu fique mudo.
A porta da Igreja De São Gonçalo está fechada.
Não poderei adorar o Meu Jesus tão cedo. Lá terei de esperar e desesperar.
Toca o sino. São 12h30.
Há silêncio no adro da Igreja.
Onde estão as crianças?
Vejo um cão a chafurdar na terra. Mais ninguém.
Alguns carros apressados cujos condutores conversam amenamente.
É Domingo. O dia do Senhor – 17 de Julho de 2022 – Festa do Santíssimo Sacramento na Igreja de São Gonçalo, no Funchal.
Por detrás de mim, mulheres chorosas com coroas-de-Henrique visitam os seus entes queridos que dormem em paz na “Quinta dos Calados”, a quinta que ninguém gosta de lá pernoitar e os que lá habitam jamais poderão sair com o seu próprio pé.
À minha frente, contemplo o azul do mar no horizonte.
Escrevo a lápis com apoio de uma capa de elásticos semidura que contém os meus currículos. Levo-os sempre comigo na esperança de obter um emprego anunciado numa simples vitrine.
Nunca obtive qualquer resposta dos mesmos…certamente, irão para o recetáculo de lixo mais próximo…quem diria?! Depositado numa vasilha onde se reúnem coisas provenientes de diferentes origens. Ali, estou eu, sepultada, profissionalmente e academicamente.
Mais uma badalada. São 13h.
Silêncio sepulcral.
Despeço-me do tempo com um até breve.
"Você é meu belo deslumbrar de insanidade, na alvorada do amanhecer que um dia se tornará real. Como o sol nascente a cada dia, como o amanhã inevitável, uma singularidade que, mesmo que eu não possa compreender totalmente, existe de forma tão perfeita e única que sua beleza é de uma complexidade infinita e admirável."
Fandango Quilombola
O meu sangue é
Quilombo Fandango,
é por isso que eu canto,
sigo dançando
este Fandango Quilombola
e faço questão
de esquecer até da hora.
Nunca desdenhe o meu amor porque ele é fogo
e paixão como espada fumegante salientando
os desejos do coração;
Ponte
Na Cuia faço do meu
Mate a famosa Ponte,
Ninguém pode ficar
o tempo todo sozinho,
Caso não compensar
o caminho de volta
está bem preparado,
porque para tudo
na vida requer cuidado.
Sei que é meio assustador viajar no meu universo
mas depois que se enxerga o novo, nada mais assusta...
O meu Albatroz voa, livre, nunca perdido.
E a única coisa que lamento
É que não tenha voado comigo.
Vem cá ser meu problema, verão no meu poema. Me quero só pra ti.
Peão Pobre
Do meu Mate
esculpo um Peão Pobre
na minha Cuia,
Porque pobre mesmo
é achar que ser peão é ser pobre,
Na verdade ser peão
é ser um nobre que sabe ser livre.
O meu desejo faz o amor por ti crescer à medida do teu, assim, a vontade enorme de derrubar obstáculos colossais para a satisfação deste desejo de querer no teu segredo entrar e habitar.
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