Saudade de Prima
A saudade muito me maltrata
Daquela mulher q' tanto amei
Não sei por que aquela ingrata
Me deixou se só amor eu lhe dei.
Não alimente saudade,de quem só estava de passagem,não vale apena ocupar pensamentos por quem não acrescentou sorriso a teus dias.
Ah, meu amor não tem idade
Se eu pudesse te abraçar
Da felicidade
E para matar a saudade, agora
Quero do seu lado eternamente estar
Sentindo-o que és um nascer a toda hora.
Pena que a saudade, na maioria das vezes seja fruto de um arrependimento; de uma oportunidade que se teve de dizer Eu te Amo, mas o orgulho falou mais alto.
Depois que tudo terminar, de nada adiantam as lembranças, a saudade, a vontade.
Depois que tudo acabar, nenhum arrependimento, nem implorar por mais um único momento fará tudo voltar.
Depois, de nada adianta remoer o que não foi feito, o que não foi dito, o carinho não realizado, os momentos não vividos, o tempo perdido.
Depois, só resta mesmo conviver com todas as oportunidades perdidas e que jamais, por nada voltarão.
Por isso, não espere o "depois". A vida acontece agora! Tudo precisa ser apreciado, aproveitado, nesse instante. Quando o "depois" chegar, nada mais vai adiantar.
Depois, é tarde demais!
VIVE EM MIM UMA SAUDADE
Encarcerado no peito sentimentos imersos
Não vejo a inspiração que um dia pude ter
Já não tenho forças pra refazer meus versos
Pouco a pouco, eu sinto a aflição me vencer
Sou um pensamento vazio e sonho infértil
No alvor, sou noite desperta e duro fardo
Sussurra sensações escuras na alma frágil
Onde a poética já não é mais deste bardo
Minha poesia cansada, versos em pranto
O talvez cinzento, em vão, e tão infinito
Aflito. Esgotou em mim qualquer encanto
Preciso de razão, de motivo, uma vontade
Pra ter e haver aquele sentido mais bonito
Devoluto, pois, vive em mim uma saudade...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/09/2021, 18’43” – Araguari, MG
RECOMEÇO
Não há tempo de suspirar saudade
Tenho muito à sentir, querer ainda
Prosas na ventura, quimera infinda
Pois, no amor eu tenho imensidade
Toda sensação é mais e bem vinda!
Em cada emoção uma sublimidade
Felicidade do coração com vontade
Há tanto afeto e tanta ternura linda
Já andejei em dezenas de direções
Tropiquei em vacilos e nos senões
Tive a solidão, e a lição da vaidade
E, agora com o sentimento consolado
Vivo o momento, não mais o passado
A saudade, decorrida, a deixo de lado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31, outubro, 2021, 08’40” – Araguari, MG
É impressionante a falta de educação dessa tal de saudade. Aparece sem avisar, fica tempo demais e quando vai embora insiste em deixar tudo bagunçado.
Ame e honre a sua mãe enquanto ainda a tem, pois saudade nenhuma será motivo suficiente para trazê-la de volta.
saudade de amor
a saudade não nos engana
sua chegada
faminta e soberana
só trás dores gigantes
no vinho carraspana
amantes mais que antes
achamorrados
indesejados
carente
e assim, sofrente
de dentes cerrados
não mais que de repente
já de olhos vergados
mira o mundo à frente
e se põe novamente enamorado
e nesta ciranda de querer e opor
num coração sulcado
se tem a saudade de amor
Luciano Spagnol
Bloco da saudade
Lá vai o tempo, lá vai
Na mão confete e serpentina
Junto a nostalgia com ele sai
Vão os pierrôs e colombianas
De mãos dadas pela cidade
É bloco, vai menino vai menina
Um dia de folião, outro saudade
Agora olheiro... Vai também o amor
Pelas ladeiras da mocidade
Se perde, se acha, puro suor
Toca o agogô, cuíca, berimbau
Peço passagem ao condutor
Quarta feira não é mais o final
Já passou, passou minha folia de carnaval
Luciano Spagnol
A saudade está impressa
Nas lembranças do mar
A vida com a sua pressa
As levou do meu sonhar
As trouxe cá pro cerrado
Estribou no galho torto
O fado pelo fado versado
Fazendo aqui de meu porto
Luciano Spagnol
A lembrança da mãe ausente é antídoto para a saudade do amor perdido. Assim, se fazendo sempre presente.
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