Saber Cuidar - Leonardo Boff

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Ruflando às letras o poema
exibe suas palavras
a ideia pesca na água
da rima o ponto
que narra / agarra
mexe a mente à isca
na água...
mente clara / mergulha
o poema ao ponto
narra / agarra




(Leonardo Mesquita)

Como peixes correm na água
palavras correm num poema
pensamento acima
ocorrem versos livres na rede
correm pra cena

No tecido dessas frases
sobre a haste desses versos
a poesia tremula inquieta
a bandeira da leitura
no poema que mais
esse vento completa




(Leonardo Mesquita)

Pelas palavras o homem sonha
Pelas palavras é possível alcançar
Pelas palavras se deixa pra lá
Pelas palavras se chora
Pelas palavras alguém encontra.
Pelas palavras volta-se a sorrir
Pelas palavras lembramos
Pelas palavras não julgo
Pelas palavras vou a tantos lugares
Pelas palavras fui lembrado
Pelas palavras formou opinião
Pelas palavras se pegou na passado
Pelas palavras chegou ao destino
Pelas palavras levou a mais
Pelas palavras não voltou a trás
Pelas palavras pensou bem
Pelas palavras foi necessário
Pelas palavras matou a charada
Pelas palavras entregou tudo
Pelas palavras fossou a barra
Pelas palavras tá bem quisto
Pelas palavras precisa desabafar
Pelas palavras esperava mais
Pelas palavras comprou a ideia
Pelas palavras não vai
Pelas palavras está tranquilo
Pelas palavras prestou atenção
Pelas palavras olhou...
Pelas palavras se ouve o que a boca cala

Inspiração

Se distraiu, na nave da mente, olhou
e não viu mais o pensamento, batendo cabeça no branco da confiança... amassando às palavras que não são
as mesmas da loja da surpresa da
língua, agora então? é o jeito martelar
o poema com versos da própria
cachola depois do prejuízo de bater
pestana e a frase não ter na mão...

Inspiração

Se distraiu, na nave da mente, olhou
e não viu mais o pensamento, batendo cabeça no branco da confiança... amassando às palavras que não são
as mesmas da loja da surpresa da
língua, agora então? é o jeito martelar
o poema com versos da própria
cachola depois do prejuízo de bater
pestana e a frase não ter na mão...

É preciso plantar o primeiro verso
Regá-lo com a mágica do segundo
Expondo-o ao ritmo do terceiro
Escrever o quarto rompendo o solo

Ao ritmo da mágica que penetra
O solo recebe palavras poéticas
Fortalecendo o tronco que bebe
Do truque de esperar desenvolver

A autoria que do cultivo de pensar
Vai regando de verso a verso
Sabendo o que dizer nessa de plantar


Floresce a conclusão e o perfume
Do estilo pega palavras travesso
Como fruto dessa lida e come

A poesia precisa do poeta para pega-la
com palavras
como a água precisa de algo
para conte-la,
se não fosse a tinta da caneta
a poesia seria desperdiçada
despalavrada no não
e não declamada
saciando o imaginar
que pede conclusão
contida em cada letra
preciosa em um poema
é só vim e pegar um declamar
e ser

Mude uma palavra de um poema alheio
Cultivando-a em versos próprio
Ponha-a para tomar olhares


Regue-a compartilhado


Quando olhares neles pousares
Leve pelo açúcar que há
Levará na orelha


Versos


Mude palavras


Cultivando...


Salve a poesia incendiando o pensar


Esse grito queimando
Pede iluminar


Cultivar palavras
Para educar


E não arrancar do
Coração a moral da história


Vai xandão salva a Amazônia


Plant/ e boca é tigela e açaí


(Leonardo Mesquita)

Pousando uma após outra o bando de letras formam a frase
migrando de outras palavras
chegam a estas imagens
cada letra enche o papo
provocando um fértil
imaginar; essas letras
tomaram essas palavras
teceram seus ninhos
colocaram seus ovos
e em rápida leitura
pintam no rosto
um bando




(Leonardo Mesquita)

Sufocou a língua para não lê as palavras
que entende que não lhe possa chegar por
tal coração, o mugango mudo do orgulho
rouba seu rosto do assunto e as palavras
encontra tal língua sempre de porta fechada...
Se a língua não conversa com os olhos
palavras não entram na casa e o ouvir não
se arruma para a festa do coração...
O rosto de quem ama reflete à presença
do amado. Ouvir é um lugar onde a
língua encontra sempre aberta a porta
do coração então palavras cumprem sua
função — beber da realidade do lê
que desce do monte.


(Leonardo Mesquita)

Vou gazear o que o sistema quer de mim, vou escrever poesia.

Letras são formiguinhas elas carregam palavras pro poema armazenando uma cena, elas cortam pra atenção pra poesia pra força que tem uma palavra
garregando todo um contexto.
Essas operárias levam o olhar curioso
palavras adentro na imaginação do sujeito num poema profundo desse jeito
todo isso ocorrendo na galáxia da voz atenta e o peso da cena leve leve
tais operárias tiram de letra.

Um poema bom mesmo
não fica na frase
cai na boca, se prende na mente
freia a gente
reaviva marcas, tem a bala de prata...
nisso a gente se amarra
se armar e, atirar na calma
sem perder o alvo
com a palavra certa
parar o leitor no poema da gente...

“Entre incontáveis possibilidades de extinção, a vida surge como graça improvável. Se existimos, é porque há sentido; se há sentido, é para vivermos o melhor de nós.” – Leonardo Azevedo.

“Há nos dias de chuva um convite à introspecção: memórias se intensificam e as fronteiras entre passado, presente e futuro tornam-se permeáveis, diluindo-as numa única torrente de emoções.” - Leonardo Azevedo.

Melhor é sofrer no deserto, mas sair curado, do que viver em fartura e conforto, mas guiado pelo pecado.

A vida é uma prova que ninguém estudou, mas todos são rigorosamente avaliados.

As pessoas julgam a verdade de Deus pela percepção de resultados imediatos, mas tudo na vida depende de tempo e fé. De que vale estudar por décadas se não for pela fé de conquistar um bom emprego?

“No fim, o genuíno se revela: a grandeza sempre reside nos pequenos gestos que a alma reconhece como eternos.” – Leonardo Azevedo.