Ruth Rocha Amor
O conhecimento compartilhado é a melhor maneira de multiplicar a inspiração e fazer as equipes produzirem mais e melhor.
A evolução constante é o que me faz feliz. Subir a montanha é, para mim, tão realizador quanto atingir ao topo.
Montanhas não podem ser vencidas à força. É preciso conquistá-las com inteligência, paciência e capacidade para escolher o momento certo de parar ou seguir em frente. Estratégia, preparo e timing são as chaves para uma escalada. Com os negócios é a mesma coisa.
Limites e metas – estranhamente esses dois conceitos são mais íntimos das pessoas na nossa sociedade do que liberdade e propósito, que deveriam ser o motor para realizarmos mais e melhor.
O tempo e o esforço rumo ao topo da carreira executiva são medidos em anos, não em dias. Assim, conforme o processo de subida fica diluído, muita gente perde o foco na necessidade de se manter evoluindo.
Como sempre acontece com os muros, chega um dia que a sua existência perde o sentido, porque faz parte da natureza humana sempre querer ver o que há do outro lado.
“LEMBRANÇAS DA FAZENDA”
Hoje me lembrei da serra onde eu nasci,
Fez lembrar das histórias das visagens,
Causos a causos detalhados dos mais velhos,
Recordando desses contos que ouvia, me perdi;
Eita Dona “Matinta Pereira” mãe mata que mora ali,
Era uma tal de assombração que leva as crianças;
Sem piedade, raptadas de suas casas,
Só Deus sabe quão grande foi o medo que senti;
Não recebia gente em casa à noite, nem se podia partir,
A noite a mata era assombração para todo lado,
Cobra grande, boto d´água, saci Pererê,
O maior dentre eles era o gigante Mapinguari;
Eu pensava: Deus me livre se tudo isso se reunir?
Um sarau na floresta dos seres lendários apavorantes,
Festejando e assombrando as noites tão brilhantes,
Imaginando, coitado de povo que mora ali;
Mas no cantar do galo via a luz do sol surgir,
À medida que o dia clareava,
O desespero assim passava,
Sentindo o cheiro do que café que ia sair;
As galinhas chegando na varanda daqui,
É um corre-corre pra todo lado,
O galo que não cria os pintos vem apressado,
Para comer da quirela esparramada bem ali;
Incrível essas lendas, de dia não existiam por ali,
Só sobrava tempo para trabalhar o dia todo,
Planta, colhe, arranca, corta e roça o mato
Na cidade a comida não é melhor do a daqui;
Todo dia eu oro ao Pai do Céu grato a pedir,
Senhor meu Deus fui homem do campo,
Na cidade hoje tiro o meu sustento, mas eu ainda sonho,
Viver feliz do jeito matuto, como lá, na fazenda onde eu nasci!
Deutes Rocha Oliveira, 10-11-2021
Desculpa, cego estou
Mas escuto ainda vocês
Tento me esforçar
Mas tudo me desmotiva
Pois morto já estou
Só me falta aceitar.
Tempos ruins criam pessoas boas. Pessoas boas criam pessoas folgadas e pessoas folgadas criam tempos ruins.
Podemos pensar nos filósofos como operários de uma grande máquina de resolver questões. Essa máquina tem como combustível a curiosidade humana. A máquina é a filosofia.
Todos os dias.
“Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou [...]” – Tempo Perdido, Legião Urbana.
De maneira deveras breve e antecipada, observamos que o tempo está se esvaindo, ou passando, como preferir... de maneira rápida. Muitas vezes nos questionamos se estamos vivendo da maneira “correta”, de acordo com a sociedade ou como o nosso coração manda, desta forma nos encontramos em um grande dilema, viver para nós ou para as expectativas das pessoas?
Há algum tempo vivíamos em meio ao caos em larga escala, que foi instaurado pela pandemia e agravado pelas crises sociopolíticas espalhadas pelo globo, e em quanto tempo isso ocorreu? Em menos de quatro meses já estávamos no “fogo cruzado” nos fazendo a seguinte pergunta: onde isso vai parar? E hoje, ainda estamos com os mesmos problemas, com as mesmas situações, todavia não estamos lidando com as adversidades externas, mas com as profundezas do nosso próprio ser.
As pessoas e os problemas que nos cercam, muito apontam para nós e tentam nos direcionar para algo, porém, ao mesmo tempo o nosso coração e a nossa alma “gritam” pelas nossas próprias vontades, que muitas vezes são contrariadas. Acabamos vivendo para os outros e esquecendo do nosso próprio ser. Segundo Sartre, fomos condenados a ser livres, mas, ainda estamos nessa “audiência” lutando contra o “júri” que propõe o contrário, viver de acordo com o que terceiros acham.
No trecho, “Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou [...]”, apesar de ser uma música, de certa forma, romântica, explicita ao público que o tempo está passando rápido e está se perdendo de maneira constante e intensa, e quando menos percebemos, “nada” vivemos. E o que isso tem a ver com as nossas vontades diante o direcionamento de terceiros? Tudo.
O tempo passa e se perde no cosmos do universo e quando nos deparamos com esse fato, nos contestamos de maneira ineficaz. Temos “flashbacks” de nossas escolhas e ações, e acabamos percebendo que quase sempre, vivemos para os outros e não para nós. Sempre estando frustrados e ansiosos, mas nunca iniciando a mudança.
Devemos rebuscar a nossa própria natureza e viver os nossos sonhos, nossas metas e a própria trajetória, que ouçamos as dicas e os conselhos, mas que não os levemos como escolhas que poderão nos frustrar por ir contra os nossos ideais e planos. O politicamente e moralmente correto já se foi há muito tempo, que vivamos o hoje de acordo com nossas próprias vontades ideais, princípios e conceitos, pois somente nós enfrentaremos e sentiremos na pele com os resultados.
“ A nossa própria vontade nos levará a destinos incomparáveis”
- Flavio Rocha.
