Ruth Rocha Amor

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O tempo que os jovens de hoje perdem dormindo faltará no futuro.

Queria ser uma borboleta.

Azul céu, rosa e violeta.

Livre, leve, solta

Vaguear devagar

fantasiar

devanear

voar, voar, voar

Sem nada com que me preocupar.

Sair por aí

Borboleteando

Flutuando

Vivendo

Sem precisar sair correndo

Com verdade

Com intensidade

Dia após dia…

Ser meu própio guia.

Saudades do meu tempo de criança. Que a única dor, seria dor de barriga. Que as lágrimas, seriam de manha. Que o amor, seria apenas minha mãe. Que o temor, seria do bicho papão. Não havia nada com que me preocupar, apenas brincava, comia e dormia. Mas criança é boba, quer crescer, e não sabe que crescer dói. Que as dores são inúmeras. Que as lágrimas não secam. Que o amor… Amor? Que amor? vamos falar então de temor. Temor do amor, do futuro, dos pensamentos, das dúvidas, de si própio. As responsabilidades cosomem. O tempo destrói. O silêncio corrói. O que há de atrativo em crescer? Bom mesmo é ser criança. Porque criança, tem esperança.

Beijos, desejos

alucinações e paixões

meu corpo é como pimenta

que esquenta

que arde

que queima

desejando teu corpo

pesando sobre o meu

Tudo que quero agora

é um beijo seu.

Vais me pertencer

vais me ter

e vais ser o homem

mais feliz do mundo.

Quero tirar teu sossego, fazer teu corpo estremecer, enlouquecer, de tanto prazer. Vais sentir o meu calor e com tanto fervor vais implorar por mais. Eu não vou te deixar em paz, vou te fazer cair em meus encantos, e por todos os cantos vias lembrar de nós dois. E toda vez que lembrares, será como a primeira vez. Vou ganhar esse jogo, e teu corpo vai queimar feito fogo. Não adianta dizer que não, você já está na minha mão.

Hoje eu não quero nada. Nem beijos nem abraços.
Quero apenas ficar sozinha, curtir minha dor e materializá-la em versos.
Versos sem cor, sem brilho, porque é assim que estou agora.

Tudo que era estampado, agora está desbotado
tudo acabou, tudo se foi
Minhas poesias mudaram de cor
agora está tudo tão cinza, tão sombrio
porque deixastes minha vida nesse vazio?

Você me tira do sério com este mistério descrito em teus olhos. Com esse teu jeito me deixa dengosa, maliciosa, sedenta por teus lábios que me esquentam e me fazem sonhar. Sonhar que o amor pode acontecer e enfim permanecer entrelaçados por todo viver. Cuida de mim que eu cuido de você, eu te prometo meus melhores beijos, meus melhores abraços, meus melhores amassos. Rente à sua pele minha respiração vai sempre estar pra te conquistar e te fazer me desejar ser tua mulher pro que der e vier. Você me fez sorrir novamente e eu simplesmente adoro ficar com você, e de forma alguma eu quero te perder.

Relacionamentos são assim, uma hora você adora, em outra você odeia, mas eu só sei de uma coisa: que eu quero que esteja longe de mim o estar longe dele, porque eu choro, me desespero e me pergunto se as perguntas estão certas, mas eu amo, sonho, supero, aprendo, enfim, eu vivo!

Pelo pisado do pé
Ninguém diz:
É negro é branco
A pele dista
Mas é só um manto.

O branco tem no olho um preto
No do preto tem um branco
A pele dista
Mas é só um manto.

TEIA

Escolho ao acaso uma folha branca
Mas que podia ser verde, ou de outra cor.
A intenção é escrever o poema
E que ele saia nítido como esta cor oportuna.
E escrevo, faço intercalações,
Faço a palavra que mais se adequou, distante,
E ponho um risco ligando-a ao nome.
Comecei por chamar saudade
Mas vi que o sentimento era outro,
E o nome obrigado teria
Que não se chamar saudade.
No meio da página a poesia quase enfeite,
Derramo café e espero secarem as idéias.
Ponho um preposto, entre o sentido e o fim,
E pra quem vem lendo de lá,
A alfândega perde o pedágio
E a poesia ganha outro ditame.

O lápis por descontrole pára.
E a poesia silenciou, quando afluíam
As falas, as almas, os encostos.
Aí me deito delgado, de cara pra cima,
E do teto a aranha tece sua nova roupagem,
O acabamento impecável
Que, se lembrasse, usaria na poesia.
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naeno* com reservas

"Choro de flauta, de bandolim, choro de olho, dentro de mim.
A lua brilha tão distante, meu amor. A lua toca o coração de um tocador"

DEUS

Deus o ser invisível que se põe entre nós e os nossos olhos
Uma nascente borbulhante que levanta a areia da profundidade
Um silêncio que se ouve com a quietude do coração
Olhos atentos que nos conta um a um na escuridão
Que a todos se revela pela bonificação de acréscimo do seu amor
Um rebento que chora ao ver-Se sair de suas próprias entranhas
E que em nós se acomoda calmamente, comendo e dormindo
Dos mesmos hábitos dos quais já somos costumeiros fazer.
Deus que se perpetua a cada momento, desses momentos começos,
E que não se finda, mas que se renova todos os dias, nas manhãs
Que ele mesmo traz com o zelo por haver criado.
Deus que na sua magnitude, infinitude, criou um fim imprevisível,
Que a nenhum cabe conhecer. Só o começo, só o meio.
Porque o fim, disto de Deus, foi criar-nos uma perfeita obra
Na complexidade de seres humanos. Amados por Ele incondicional.
Deus, que torna-nos infinitos, porque, em viver e morrer
Somos cativos dos seus olhos,
Que viver não é morrer, mas consubstanciar-se Nele,
E de uma entrega, quase sempre dificultosa, por não sermos
De sua mesma matéria. Relutamos às vezes acreditar Nele
Que vemos, sem precisar dormir para sonhar. Porque Deus
Não é sonho que se conte. E se alguém pensou assim.
Verdadeiramente O viu, e em vendo-O, voltou confuso
Da procura. Que pode ser longa, demorada e curta,
Porque Ele depende de nossa fé, de nosso acreditar dormindo.
E enquanto dormimos Deus, vela nosso sonho
Com o zelo do artista que aprecia as minúcias agora percebidas,
Na obra que criou. E que quanto mais olha mais fica orgulhoso.
Deus é assim, um presente que se abre todo dia e não se amontoa
Sobre nossa cama, porque a cada dia só temos um, o mesmo,
Deus inigualável, Deus inavaliável, Deus que se dá mais!..
Muito mais, distando consideravelmente, do que recebe de nós.
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naeno*comreserva

RUAS AFLUENTES

Ruas da minha cidade
São para elas que o rio acena
Em suas passagens tortas
Procissão dentro da caatinga
Cheio de água, de saudade
Pois sabe que a cada ponto
A volta se é mais improvável
E sua espera é certeza.
Do mar de outras cidades
Que não acena às suas ruas
Molha as suas encostas,
E nunca foi passageiro
Sempre ele vai, ele volta.
Um tubarão de espreita
Que engole o rio, sem pena
O rio que deixou saudades
Que à borda dele passaram.
Rio de minha cidade
Para ele as ruas acenam
Em pontos tão esperados
Que um gesto dista do outro
Que passa afogado em saudade.
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Naeno* com reservas

"Sou o que se pode chamar um nome. Indescritível. Um baixo retrato. Um pai, um filho, um espírito. Nunca um santo."

AMAR

Amar é fogo de onde se tira brasas.
Amar é um desejo de ser despejado
Acenar aflito à condução já atrasada.
Amar é pender de um lado,
E do outro desapoiar-se
Amar é dose, tirada da boca aberta
É ímpar, o primeiro numero.
Amar é dar a cara dos dois lados,
A moeda que não cai em pé.
Amar é armazenar amor,
Amar é algo provocador
Que não se contém, como dor,
Uma vontade de ser doador,
De sangue de amor e flor.
Amar é da primeira pessoa,
É transitivo a ela, e só.
Amar é querer conjugar, colar ou meter-se,
Dentro e fora.
Fora e dentro, é amar.
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Naemo*com reservas

O TEU OLHAR

O tu olhar tem a mansidão do dia
Nas derradeiras horas do poente
Amarelando o céu de repente
À beira do abismo de uma note fria.

As horas passam vagarosamente
Em teu olhar onde mora a nostalgia
De um fim de tarde pleno de poesia
No qual o sol recolhe-se cautelosamente.

Em teu olhar agoniza o segredo
Que o silêncio esconde e guarda do teu medo.
Como se o resguardasse sua própria sorte.

São teus olhos ternamente enamorados
Carinhosos, tristes, brilhantes e apaixonados
Que inventam até esta paisagem forte.

DIVAGAÇÕES

Ah, esta vida sestrosa,
Em que tocaia me espera,
No tanto que ela é medrosa,
Não dá um passo sem a escora.
Que sou eu, sua confiança e o esteio.
Veja o disparate: a agonia,
Em vez de uma aliada,
Ela se perde no dia,
De noite eu deixo ela de fora
E morro mas nada dela eu imploro.
Nem que arrede o pé,
Nem que inútil deite,
Num pano que eu largo armado,
Longe da porta do quarto,
Até que o dia amanheça.

Vida tão maliciosa!
Fala pra todos de fora,
Que é ingratidão o que lhe faço,
E nem me pega na mão.
Só que elas tem seus dias,
E eu tenho só, minhas noites,
Isso na vida é tão bom,
Não viver só de açoites.
O dia pra ela é dado,
E a noite pra mim é ludo.
Eu chamo a ela de ausência,
E ela me chama de escuro.

Com certo tempo a gente se acostuma, vai levando, a gente vai vivendo. Por isso queira o bem, do contrario você se acostuma, vai levando, vai vivendo com aquilo que te faz mal.

Como Sou

Sou, como sou, poeta
Vivo numa linha reta
Num paralelo de mim.
Vou, como sou, sozinho
Um rio que não se encontra
Que faz a curva no estio
E se deságua na sombra.

E eu sou igual a outros
Atordoados, despertos.
Que vêem o céu refletido
E acham a lua perto.
Sou como uma saudade
Carícias na minha idade.
Eu gosto do pranto
De ver chorar.

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